Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Opinião: "O "politicamente correto" fará estragos a nossa sociedade e com a mente de seus adeptos"




O "Politicamente Correto", um monstro que começa a devorar seus criadores



Para entender a questão, primeiro vamos ao show de horrores contido no relato abaixo, que poderia perfeitamente ser chamado de "O curioso caso de Luisa/Helena/Heloisa/Luis":

Lua Sophie 4 May at 11:49 · LESBOFOBIA E SILENCIAMENTO DE MULHERES NO EME. Algumas moças já fizeram relatos ao voltarem do EME ontem a noite, eu cheguei tão exausta psicologicamente que não consegui escrever sobre, mas vamos lá.

O EME deveria ser um espaço acolhedor e seguro para as mulheres que lá estavam presentes, eu imaginei que seria um espaço trans-inclusivo, e foi. Havia um homem, que vive como homem, que é lido como homem socialmente, e que usava barba até chegar no evento, e que decidiu, após chegar no evento que era mulher-trans e lésbica. Quando eu cheguei ao evento, eu não vi essa pessoa, algumas mulheres me procuraram dizendo "tem um homem aqui! isso é absurdo" até que eu o vi. Ao chegar lá, ele tirou a barba, e decidiu que o nome dele era Helena, depois parece que ele não gostou do nome e mudou o nome pra Luisa, depois pra Heloisa, e enfim, as amigas dele o chamavam de Luis. Muitas mulheres lésbicas que estavam comigo estavam desconfortáveis com a situação, depois descobrimos que a saia que ele usava era de uma moça do próprio alojamento que havia emprestado, pois fora dali, Luisa/Helena/Heloisa/Luis não usava saia, nem batom, fora dali Luisa/Helena/Heloisa/Luis era um homem branco, classe média, universitário que namorava uma menina, que estava presente no evento, porem até então não sabiamos que esse homem se dizia lésbica, as coisas foram aparecendo conforme o tempo foi passando la dentro.

Muitas mulheres com que eu tive contato lá dentro, expuseram seu desconforto, mas tinham MEDO de falarem qualquer coisa e parecerem preconceituosas, algumas se sentiram culpadas por se sentirem desconfortáveis dentro do banheiro aonde 1.000 mulheres tomavam banho e trocavam de roupa e deveriam se sentir seguras, porque Luisa/Helena/Heloisa/Luis estava lá dentro, tomando banho com elas, trocando de roupa com elas. Mulheres heterossexuais também se sentiram invadidas e expostas, mulheres lésbicas se sentiram coagidas, e ridicularizadas com aquela situação. Durante o evento eu e algumas feministas radicais discutimos o quão problemático era aquilo.

Eu queria ressaltar, que ao chegarmos no evento, eu e minha noiva estávamos arrumando nossas coisas, e uma moça da organização do EME veio até ela, supondo que ela era trans - o que eu achei absurdo, ela não é obrigada a performar feminilidade, ela é lésbica, ela NÃO é trans- e disse que havia um banheiro EXCLUSIVO para trans, e explicou pra ela como ela faria pra usa-lo. Haviam cerca de 10 pessoas trans no evento, inclusive um "homem-trans" que nasceu como mulher, foi socializado como mulher, e corria risco de ser estuprada tanto quanto as outras mulheres do evento, e essas pessoas usaram o banheiro exclusivo para elas, pessoas aparentemente transicionadas, enquanto Luisa/Helena/Luis o homem que estava com uma saia emprestada de uma das companheiras do evento, e que fez a barba somente ao chegar ao evento, insistia em usar o mesmo banheiro e alojamento que as outras mulheres do evento (por que será né?) enfim.

Ouve um sarau na noite de sabado 2/05/2015 aonde esse homem estava presente, e de repente quando vimos ele estava beijando uma mulher lá dentro, não foi um selinho, não foi um simples beijo, ele estava beijando ela loucamente, aquilo foi desesperador para A MAIORIA DAS MULHERES, mulheres que eu nem conhecia se revoltaram, mulheres que estavam no mesmo alojamento, que trocaram de roupa na frente desse homem, se sentiram invadidas, nós lésbicas, e feministas radicais tentamos intervir de forma pacífica, cantando alto, pra que todas soubessem que aquilo não iria passar em branco, e Luisa/Helena/Heloisa/Luis, RIU da nossa cara, quando isso aconteceu, rolou um conflito, e algumas moças vieram conversar conosco, não quiseram nos ouvir, disseram que ele sofria mais que todas nós, que ele era "lesbica" e que a gente devia parar com o preconteito e transfobia, mulheres lésbicas se desesperaram, choraram, gritaram com toda força que aquilo ali era lesbofobia, que dizer que existe falo-lésbico é cultura de estupro, é discurso que propaga a violência, que estavamos nos sentindo com medo, coagidas, não quiseram ouvir, não quiseram ouvir !!! Afinal, um homem que decidiu se identificar como mulher dentro do evento, sofria mais que todas nós.

Durante esse conflito dentro do Sarau, VARIAS, VARIAS, VARIAS mulheres vieram até nós, lésbicas,feministas radicais, feministas partidárias, feministas anarquistas, feministas que seguem correntes divergentes ao feminismo radical prestar apoio, dizer que tambem não concordavam com aquilo,, e quando vimos eramos cerca de 50 mulheres expondo o medo e o desconforto com esse homem. 50 mulheres mostraram sua indignação com aquilo, a maioria era lésbica, 50 MULHERES FORAM IGNORADAS E SILENCIADAS.

Uma moça foi ameaçada no banheiro, por outra mulher que estava defendendo Luisa/Helena/Heloisa/Luis. Uma mulher negra e lésbica foi chamada de desumana. Mandaram eu, e mais algumas compas lésbicas "irmos tomar no cú".

Conseguimos nos organizar politicamente, fomos pra fora do sarau, e fizemos uma plenária, expomos o quanto estávamos coagidas ali dentro, expomos que nos sentimos invadidas e decidimos que faríamos uma intervenção no dia seguinte, domingo 03/05/2015. Chamamos a organização do evento, e uma das organizadoras nos disse que teríamos um espaço pra falar, que queria por escrito um texto, pautando o desconforto daquelas mulheres, para que ela pudesse levar pra mesa do EME, e que nós teríamos local de fala.

Nós ficamos a madrugada inteira discutindo, e tendo cuidado em como elaboraríamos esse texto, durante a madrugada algumas meninas foram dormir, eu, Andressa e Fernanda ficamos até as 7 da manhã concluindo os textos, fizemos um texto geral, que englobava todas as mulheres, e fizemos um texto falando sobre a lesbofobia e a cultura de estupro que tava rolando. Nós não dormimos, nós estávamos exaustas, mas não podíamos deixar que aquilo passasse em branco, que mais uma vez lésbicas fossem silenciadas e agredidas num espaço que deveria ser feminista. De manhã, todas nós nos reunimos de novo, revisamos os textos de forma coletiva, procuramos a organização pra mostrar, conforme o combinado, e mais uma vez prometeram um local de fala para nós.

Depois de toda a organização ler os textos, decidiram que supostamente não teria mais plenária, os ônibus das companheiras envolvidas na nossa auto-organização, decidiram sair mais cedo. Fomos silenciadas, mais uma vez. 50 mulheres que tiveram coragem de expor seu medo, foram silenciadas, sendo a maioria lésbica, eu tenho certeza que haviam mais mulheres desconfortáveis e não tinham coragem de falar. Chegaram relatos até nós de mulheres que não estavam conosco, mas que pediram "pelo amor de deus" pra que não falássemos nada, porque não queriam ser vistas como preconceituosas.

O medo é a arma do patriarcado, UM homem, silenciou 50 mulheres, precisou de UM homem, pra que 50 mulheres, a maioria sendo lésbica se sentisse com medo, e tivesse a necessidade de nos organizarmos num evento para que ele fosse retirado de lá, 50 mulheres unidas, não conseguiram tirar UM HOMEM de um espaço FEMINISTA. UM homem, colocou a vida e a segurança de 1.000 mulheres em risco.

Colocar a culpa da situação no patriarcado é tão ridículo que fico quase sem palavras para expor o ridículo desse pensamento. Não, minha cara, isso não é culpa do patriarcado. É o monstro que vocês ajudaram a criar e alimentar mostrando suas garras. Que monstro? O politicamente correto. A forma em especial que esse monstro apareceu foi no delírio de achar que ninguém nasce homem ou mulher, que o que conta é somente como a pessoa se identifica. Não tenho nada contra pessoas transexuais e as trato de acordo com o sexo que se identificam, mas o faço por uma questão de respeito e cortesia, e não por princípio. Não tenho sequer um único argumento contra quem quer trata-las por seu sexo biológico. Se o sujeito nasceu como Luís e fez tratamento para ter corpo de mulher e quer ser chamado de Bianca, e ser tratado no masculino o incomoda tanto, ele pode simplesmente escolher NÃO se associar com pessoas que o chamam de “ele” e se associar apenas com pessoas que o tratam por “ela”. Certamente é o que eu faria se fosse transexual.

Somos todos pessoas imperfeitas e temos nossos vícios e nossas virtudes. Mas o politicamente correto criou uma verdadeira caça às bruxas contra o que considera vício. Vemo-nos obrigados a fazer nosso “marketing moral” para nos mostrarmos como pessoas modernas e “sem preconceitos”, de “intenções puras”, sob o risco de sermos marginalizados pelo próprio movimento que se diz defensor dos oprimidos. Pior ainda: o mau caratismo é tamanho que o politicamente correto criou um vocabulário próprio, digno de uma distopia orwelliana.

O politicamente correto é uma praga justamente por causa de seu caráter autoritário e delirante. Delirante por criar uma falsa ideia de virtude. Totalitário por querer transformar a todos em pessoas “virtuosas” de acordo com seu próprio padrão de virtude, marginalizando todas as outras no processo.

Na distopia descrita por Orwell, novilíngua é o idioma artificial criado pelo partido para esvaziar as palavras de seu sentido original, de forma que elas só passassem a significar o que o partido quer que signifiquem, com o propósito de impedir o pensamento. A situação é tão ridícula que hoje qualquer coisa pode ser acusada de “racismo”, até mesmo a letra de uma música por uma frase tão inocente como “nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia”. Claro que o racismo é algo abjeto, mas se antes ele tinha um significado claro e preciso, hoje a palavra vem sendo lentamente esvaziada de seu sentido original, podendo significar qualquer coisa, desde que isso dê uma justificativa para que o politicamente correto possa lançar suas garras inquisidoras contra qualquer um que se oponha à ele. Preconceito é outra palavra que vem sendo deturpada da mesma maneira e para o mesmo propósito.

E por que todo esse medo relatado? Porque na visão doentia do politicamente correto, ser acusado de racismo ou de preconceito é pior do que ser acusado de nazista ou de pedófilo. Inversão completa de prioridades e de senso de proporções.

E não me venham com esse papo de “respeitar as diferenças”. Respeito não é moeda de troca e muito menos um direito. É difícil pensar em algo tão abominável quanto ser obrigado a respeito algo que se considera abjeto. Isso, porém, é completamente diferente de um homem simplesmente se vestir de mulher e se declarar mulher e fazer com que qualquer um que não concorde seja taxado de preconceituoso.

Este episódio é apenas uma amostra do estrago que o politicamente correto pode fazer com a nossa sociedade e com a mente de seus adeptos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

"Solidariedade Extorsiva"



Sem teto ocupam hipermercado da Pampulha e exigem cestas básicas

Cerca de 70 manifestantes do movimento dos Sem Teto invadiram um supermercado no bairro Itapoã, região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (23).


De acordo com a Polícia Militar (PM), o grupo está próximo aos caixas do Via Brasil e exige a distribuição de cestas básicas para famílias carentes de diversos movimentos sociais de BH e região. Segundo representantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), o número de manifestantes é de 150.


Charlene Cristina, da comunidade Rosa Leão, no vetor Norte da capital, disse que eles chegaram a encaminhar ofícios, fazendo o pedido de doação das cestas pra diversos supermercados, mas que o Via Brasil nem sequer os recebeu. "Queremos solidariedade com as famílias das ocupações que também constroem a cidade. Estamos aqui pelo benefício do nosso Natal. Natal é consumo, mas também é preciso solidariedade", reclamou. Charlene disse ainda que ações como essa são realizadas, nesta terça (23), por movimentos similares, em todo o Brasil, dentro da campanha "Natal sem fome e sem miséria". No ano passado, o grupo fez a mesma reivindicação em um supermercado do bairro Santa Efigênia, região Leste da capital.

O MLB, representado por moradores das ocupações Vitória e Esperança, também da região Norte; Barreirinho, de Ibirité, Eliana Silva, do Barreiro e outra de Betim, na Grande BH, pede 300 cestas básicas, mas o hipermercado teria oferecido apenas 50.

Cássio Guilherme Coutinho, diretor comercial do Via Brasil, nega a informação, e diz que a situação não é justa. Segundo ele, a empresa já participa de outras campanhas de solidariedade, e que dessa forma não é possível. "Somos uma empresa séria e honesta. Estamos aqui há 56 anos. Isso que eles estão fazendo não é ético, não é certo, e não vamos dar as cestas", afirmou.

Fonte: http://www.otempo.com.br/cidades/sem-teto-ocupam-hipermercado-da-pampulha-e-exigem-cestas-b%C3%A1sicas-1.965375

Não é a primeira vez que isso ocorre. E a tendência é de que se repita mais vezes.

Grupos de "Sem teto", ou "sem qualquer coisa" invadindo mercados e EXIGINDO recebimento de cestas básicas para se retirarem do local. Tudo isso acobertadas por ONGs ou qualquer porcaria dessas ai que de "não governamental" só tem o nome, pois a maioria recebe ajuda financeira de políticos e do governo.

De onde eu venho isso tem nome: Extorsão. E dá cadeia, mas não no Brasil dos "movimentos sociais" cada dia mais abusivos, agindo como milicias a vontade contra produtores e empresários e exigindo solidariedade na marra. Isso não pode ter um bom resultado.

Vai fazer isso num prédio público, lá o estado manda a policia por todo mundo pra correr. Na base da bala. Mas se um proprietário resolver defender seu comercio e expulsar os INVASORES à força será tratado como um monstro, uma criatura desprezível e indigna de piedade.

É o conceito de solidariedade às vésperas do Natal, sendo deturpado de forma criminosa.

PS: Isso aconteceu em BH, num estado governado hoje pelo PT. Só pra constar...


Mais: Tecendo comentários livremente: "Exigimos solidariedade"
http://tclivre.blogspot.com.br/2013/12/exigimos-solidariedade.html

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Editorial: A receita Bolivariana

por: Wilson Agostinho.

A imprensa noticiou que o primeiro mandatário do Equador, Sr. Rafael Corrêa, enviou mensagem ao Legislativo com o seguinte conteúdo: “Eu decidi pedir para o nosso bloco na Assembleia que a Constituição seja alterada para estabelecer a reeleição por tempo indefinido em todas as posições de eleição popular para que o povo possa escolher quem continua e quem alterna". Ele já foi eleito duas vezes, inclusive usando um artifício de encurtar o primeiro mandato, para, após alteração da Constituição, poder ser candidato novamente, o que não era permitido. Como possui maioria no Legislativo, o desejo dele deverá ser aprovado e teremos um novo “presidente perpétuo”, a exemplo do falecido Hugo Chávez. Somente sairá do poder morto e, possivelmente, nomeando seu sucessor, a exemplo de outros países bolivarianos. Na Argentina, a dinastia Kirchner. Na Nicarágua, Daniel Ortega. Na Bolívia, Evo Morales e por ai vai.

O receituário é o mesmo. Utilizando-se das fragilidades da democracia, um candidato bolivariano é eleito e ao tomar as rédeas do poder, altera a Constituição, para perpetuação no poder ou pessoalmente ou através de uma marionete escolhida por ele.

No antigo Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, sob a direção do seu então chefe Luiz Gushiken, um dos cenários prospectivos traçados partia da premissa de que Lula seria o presidente da República em 2022, ano de comemoração do bicentenário da independência do Brasil. Ora, isto só seria possível de acontecer nas seguintes hipóteses: na primeira, Lula conseguiria obter via plebiscitária o direito de concorrer “ad aeternum” à presidência, a semelhança do conseguido por Chávez e outros. Na segunda, caso não conseguisse seu intento, elegeria um títere em 2010, retornando ao poder em 2014, sendo reeleito em 2018 e permanecendo no poder até 2022. A primeira hipótese não ocorreu.

Como a presidente Dilma não abriu mão da reeleição, caso ela ganhe, ele adiará seu projeto para 2018. Caso ela perca, o vencedor viverá um verdadeiro inferno, pois a situação econômica do país exigirá medidas drásticas e impopulares, após as eleições, além da sabotagem previsível a ser implementada pelos milhares de petistas enquistados em cargos de relevância na máquina governamental, em aliança com os ditos "movimentos sociais", sob o comando dos recursos oriundos dos atuais detentores do poder político, facilitando seu retorno "triunfal".

Desta forma, o PT permaneceria no poder para sempre, pois após 16 anos de administração petista (incluindo-se o período 2014/2018 ou 2018/2022, é evidente o quase completo domínio de todas as fontes de poder por ele. Mais da metade dos componentes das mais altas cortes de Justiça do Brasil foi nomeada por Lula ou Dilma. Já possuem a maioria formal no STF. Com mais uma nomeação, obterão o controle total. O Legislativo é inteiramente submisso aos seus caprichos. Inexiste uma oposição digna deste qualificativo. Os sindicatos foram cooptados. Até as lideranças estudantis foram anuladas. A mídia, com raras exceções, depende das verbas de publicidade da União e das estatais. Quem diverge e verbaliza sua crítica é silenciado. A exposição "positiva" de Lula/Dilma é digna de um plano de Goebbels. Atualmente, ela aparece todos os dias em praticamente todos os principais veículos de comunicação, em especial na televisão, mais vista pelas classes C, D e E, segmentos mais importantes em uma eleição, a exemplo de Lula, seguindo o modelo: "pai dos pobres" e "mãe dos ricos", aliança imbatível.

Com a insegurança propiciada pela adoção das urnas eletrônicas de primeira geração e com o mote “O bicho vai pegar”, o pleito de outubro promete ser um dos mais agressivos da história pátria. Após a realização da Copa, o país vivenciará dias muito difíceis. A posição da Sra. Marina merece ser estudada com calma. Oriunda do PT e defensora de teses "agradáveis" aos interesses da "oligarquia anglo-saxônica" ela vai, pouco a pouco, dinamitando a estrada de cooperação construída por Aécio/Campos, tornando este último seu refém e sinalizando que partirá no segundo turno para a neutralidade ou mesmo para o apoio aos petistas.

Estaria consolidada, de maneira irreversível, uma ditadura constitucional brasileira, sem perspectiva de reversão. E o quadro de 2014 é assustador. Qualquer um dos principais candidatos apresentados até agora (Dilma. Aécio, Campos) representa a continuação da mesma política de submissão aos interesses da banca internacional. Caso o PT vença, será imposta uma reforma política bolivariana, a censura velada aos meios de comunicação e outras medidas ditatoriais previstas no PNDH-3.

Será que os outros partidos políticos aliados dos petistas, bem como a classe empresarial ainda não perceberam o perigo real existente? A consequência natural da concretização deste plano sinistro será a redução a pó de qualquer vestígio de importância de ambos os segmentos e a implantação de uma ditadura branca baseada no binômio ilusionismo/cleptocracia.

Comentário: As previsões de Wilson, são bem realistas. Ainda mais se observamos a recente proposta de Dilma em modificar o sistema brasileiro de governo com o Decreto 8.243, de 23 de maio de 2014, que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). O decreto cria um sistema para que a "sociedade civil", representada pelos movimentos sociais, participe diretamente em "todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta", e também nas agências reguladoras, através de conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de diálogo, etc. Tudo segundo o decreto, tem como objetivo de "consolidar a participação social como método de governo".

O que parece ser uma abertura para a participação do povo nas grandes mudanças do pais é uma grande armadilha. 'sociedade civil' ao contrário do que aparenta não somos eu e você - O Decreto 8.243, apesar das suas palavras de efeito, tem como efeito a antidemocrática. Ele fere o princípio básico da igualdade democrática ("uma pessoa, um voto") ao dar a alguns determinados cidadãos "iluminados" (aqueles que são politicamente alinhados a uma ideia) sejam mais ouvidos - A menos que você faça parte de algum movimento social subvencionado pelo governo (MST, Sindicatos, CUT, UNE, ONG's e todo aquele pessoal que costuma fazer da sua vida um inferno na volta do trabalho para casa por exemplo...) seu voto passará a valer menos.

De nova essa proposta não tem nada. Caso não esteja claro eu sugiro que estudem mais sobre como é o governo na Venezuela e como eram os Sovietes na antiga URSS.

Enquanto isso o PT permanece na dúvida de eufemismo irá usar para batizar sua proposta de controlar tudo aquilo que for dito sobre seu governo pela imprensa. A principio permanece "Democratização da mídia" mas pode ser "Regulação", já os militares preferiram usar uma sigla chamada "AI-5".

"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)