Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Wilson Agostinho: Por que a esquerda chama de nazista qualquer um que se oponha a ela?



Por que os esquerdistas vivem chamando os outros de "fascistas"? Já vi esse rótulo colado nas figuras mais díspares: cristãos, liberais, conservadores, maçons, militares latino-americanos, anarquistas, social-democratas, muçulmanos - todo mundo. Nem judeus escapam: Menachem Begin e Arthur Koestler levaram essa carimbada umas dúzias de vezes.

De onde vem essa mania, essa necessidade compulsiva de dar a cada desavença, por mais mesquinha e estapafúrdia, o ar de um épico "combate antifascista"?

Detesto conjeturas psicológicas. Prefiro o método genético do velho Aristóteles. Em quase cem por cento dos casos, contar como as coisas começaram já basta para a plena elucidação de causas e motivos.

Até o princípio dos anos 30, os comunistas não ligavam muito para fascismo ou nazismo. Papai Stalin ensinava-lhes desde 1924 que esses movimentos eram apenas a "radicalização suicida da ideologia capitalista", prenunciando o "fim" do "império burguês" e a "vitória final" do socialismo. "O nazismo", dizia-se, "é o navio quebra-gelo da revolução." De repente, em 1933, partindo de Moscou sob o comando de Karl Radek, uma onda de antifascismo varreu a Europa sob a forma de livros, reportagens, congressos, passeatas, filmes, peças de teatro. Intelectuais independentes apareciam nos palanques ao lado dos poetas oficiais do Partido. Manifestos antinazistas traziam as assinaturas de estrelas do cinema.

Entre essas duas épocas, algo aconteceu. Adolf Hitler, eleito chanceler, preparava-se para grandes conquistas que requeriam o poder absoluto. Ansioso de eliminar concorrentes, e não podendo abusar do apoio recalcitrante do exército alemão, recorreu à ajuda da instituição que, no mundo, era a mais informada sobre movimentos subversivos: o serviço secreto soviético. A colaboração começou logo após a eleição de Hitler. Em troca da ajuda militar alemã, vital para o Exército Vermelho, Hitler era informado de cada passo de seus inimigos internos. O sucesso da "Noite das Longas Facas" de 1934 inspirou Stalin a fazer operação idêntica no Partido soviético: tal foi a origem do Grande Expurgo de 1936, no qual o serviço secreto alemão, já disciplinado por Hitler, retribuiu os favores soviéticos, descobrindo e forjando provas contra quem Stalin desejasse incriminar. O famoso pacto Ribentropp-Molotov foi somente a oficialização exterior de uma colaboração que já era bem ativa fazia pelo menos SEIS ANOS.

A onda mundial de histrionismo antifascista foi inventada por Karl Radek, em primeiro lugar, como vasta operação diversionista. Apenas um truque para jogar areia nos olhos dos antifascistas ocidentais, para que não percebessem a colaboração secreta, então cada vez mais intensa, entre a URSS e a Alemanha nazista, colaboração da qual o próprio Radek, no auge da campanha em carta confidencial a um amigo, confessava: "O que ali digo (contra o fascismo) é uma coisa. A realidade é bem outra. Ninguém nos daria o que a Alemanha nos dá. Quem imagina que vamos romper com a Alemanha é um idiota."(Cit. em Stephen Koch, Double Lives. Spies and Writers iin the Secret Soviet War of Ideas Against the West, New Yorkm The Free Press, 1994, p. 54.)

De Paris a Hollywood, idiotas pululavam entre os escritores e artistas. Arregimentá-los como "companheiros de viagem", criando a cultura do comunismo chique que até hoje dá o tom nos meios pedantes em países periféricos, foi o segundo objetivo da operação. Eram pessoas importantes, formadoras de opinião, que conservavam sua identidade exterior de "independentes", ao mesmo tempo que serviam obedientemente ao comunismo porque suas vidas eram controladas através de suborno, envolvimento e chantagem. Um exemplo entre centenas: André Gide, que era homossexual, durante anos não teve um companheiro de cama que não fosse plantado ali pela espionagem soviética. Quando se recusou a colaborar, a sujeira colecionada nos arquivos despencou em cima dele. Por análogos procedimentos, a espionagem soviética colocou a seu serviço André Malraux, Ernest Hemingway, Sinclair Lewis, John dos Passos e muitos outros, como também atores e atrizes de Hollywood, que, além do glamour, garantiam para Moscou um regular fluxo de dólares, moeda indispensável nas operações internacionais. O controle dos intelectuais era feito diretamente por agentes soviéticos, em geral à margem dos partidos comunistas locais, que por isto foram pegos de surpresa pelo pacto de 1939.

A terceira finalidade do "antifascismo" foi recrutar espiões nas altas esferas intelectuais. Alguns dos mais célebres agentes soviéticos, como Kim Philby, Guy Burgess, Alger Hiss e Sir Anthony Blunt, entraram para o serviço por meio da campanha. Conforme o combinado com Hitler, nenhum dos então recrutados foi usado contra a Alemanha nazista, mas todos contra os governos antinazistas ocidentais.

Comunistas, espiões e "companheiros de viagem" carregam pesada culpa pela mais sórdida fraude já montada por uma parceria de tiranos. Em suas mais notórias expressões, toda a cultura antifascista da época, o espírito do "Front Popular", matriz do antifascismo cabotino que ainda subsiste no Brasil, foi a colaboração consciente com uma farsa, sem a qual as tiranias de Hitler e Stalin não teriam sobrevivido a suas oposições internas; sem a qual portanto não teria havido nem Longas Facas, nem Grande Expurgo, nem Holocausto. O “Front Popular” foi um antifascismo de fachada inventado por Stalin para encobrir a ajuda que a URSS estava dando ao rearmamento do Exército alemão. Serviu também para desmoralizar a direita francesa, então a única voz (com a honrosa exceção do isolado e inaudível general de Gaulle) que defendia o fortalecimento militar da nação para fazer face à iminente agressão nazista, enquanto a esquerda e o centro queriam -— e obtiveram — o desmantelamento das Forças Armadas. Graças à campanha “antifascista”, Hitler pôde assim esmagar a França sem dificuldade, precisamente aliás conforme os cálculos de Stalin, que planejava usar os nazistas como pontas-de-lança para um ataque devastador às democracias ocidentais.

Desde a abertura dos Arquivos de Moscou que todo esse episódio está bem esclarecido. Mas o esforço conjunto de intelectuais, professores, jornalistas e idiotas úteis à serviço da ideologia socialista foi muito eficiente em ocultar da população uma descoberta histórica que ameaçava neutralizar o apelo hipnótico de um adorado mito stalinista.

Neurose, dizia um velho amigo meu, é uma mentira esquecida na qual você ainda acredita. A compulsão comunista de exibir "antifascismo" xingando os outros de "fascistas" revela o clássico ritual neurótico de exorcismo projetivo, no qual o doente se desidentifica artificialmente de suas culpas jogando-as sobre um bode expiatório. Nos velhos, é hipocrisia consciente. Nos jovens, é absorção simiesca de um sintoma ancestral que acaba por neurotizá-los retroativamente, fazendo deles os guardiães inconscientes de um segredo macabro.

Por isso, amigos, quando um esquerdista chamar qualquer um de vocês de "fascista", não se rebaixe tentando explicar que não é. Ninguém neste mundo deve satisfações a um colaborador de Hitler.


Bibliografia:

Stephen Koch, Double Lives. Spies and Writers iin the Secret Soviet War of Ideas Against the West, New Yorkm The Free Press, 1994, p. 54

sábado, 23 de abril de 2016

As 119 vítimas do terrorismo da esquerda no Brasil que você provavelmente não conhece

Pesquisa e texto por Wilson Agostinho
Edição: MV. Mesquita

O que é que os livros de história e boa parte da imprensa escondem de vocês, amigos? Apenas A VERDADE!

As esquerdas alegam que o Regime Militar, ao longo de 21 anos, matou 424 dos seus militantes. É um número provavelmente inflado. Mortos comprovados são 293 – os outros constam como “desaparecidos” e se dá de barato que tenham sido mortos por “agentes do regime”. Nessa conta, diga-se, estão quatro militantes da ALN-Molipo que foram mortos pelos próprios “companheiros”. Ela também inclui os que morreram de arma na mão no Araguaia. Este post tem outro objetivo. E, antes que prossiga, uma questão de princípio: não deveria ter morrido uma só pessoa depois de rendida pelo Estado. Ponto final. Não há o que discutir sobre este particular.

Encontrando-se acuado na parede, o governo do PT e demais partidos de esquerda que lhe servem de linha auxiliar, voltam a bater na cantilena dos "perseguidos pela ditadura", mostrando fotos de cadáveres e fazendo alusão a torturadores do regime que combatiam em nome da "democracia". MENTIRA!!! Lutavam contra a ditadura militar para colocar no lugar OUTRA ditadura, a comunista, inspirados em países que lhes deram treinamento em táticas terroristas. Países cujo regime fez em muito maior escala e durante muito maior período de tempo tudo que acusam os militares brasileiros de terem feito. Mas, aquele era o modelo de "democracia" que queriam implantar. Ditadura mesmo "só" a militar, segundo o raciocínio distorcido do discurso esquerdista.

O que não se diz é que o terrorismo de esquerda matou nada menos que 119 pessoas, muitas delas sem qualquer vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Também se consolidou uma outra brutal inverdade histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência "pacífica".

Neste texto sobre as vítimas dos terroristas de esquerda, 19 das vítimas foram mortas ANTES do AI-5. Em muitos casos, aparecem os nomes dos assassinos. Se vocês forem procurar na lista dos indenizados com a Bolsa Ditadura, muitos homicidas estão lá, sendo beneficiados por sua “luta contra a ditadura”. Ou, então, suas respectivas famílias recebem o benefício, e o terrorista é alçado ao panteão dos "heróis". Quem fez a lista dos assassinados pela esquerda é o grupo Terrorismo Nunca Mais.

“Ah, lista feita pelo pessoal da direita não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda? Vale? Ademais, estes fatos estão devidamente documentados . Seguem os nomes das 119 pessoas assassinadas pelos terroristas de esquerda e, sempre que possível, de seus algozes.Impressiona a quantidade pessoas comuns mortas pelos esquerdistas, gente que só cometeu o erro de ter cruzado o caminho desses grandes "humanistas".

Ah, sim: PARA AS VÍTIMAS DA ESQUERDA, NÃO HÁ INDENIZAÇÃO. Como vocês sabem, eles não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Mentira.

1 – 12/11/64 – Paulo Macena, Vigia – RJ.
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto.

2 – 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná.
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade – Cabo da PM, GO.
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – fazendeiro – SP.
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP.
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – Marinha Mercante – Rio Negro/AM.
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário – RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani.

10 – 26/06/68- Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP.
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode.


O corpo de Kozel foi dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ.
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

12- 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ.
No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – major do Exército Alemão – RJ.
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, o homem que prendeu e executou Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP.
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

15 – 20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery – Soldado PM – SP.
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.


16- 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP.
Herói na guerra do Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto ("Augusto", "Ribeiro" ou "Ari"), João Carlos Kfouri Quartin de Morais ("Maneco") e Ladislas Dowbor ("Jamil"), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia ("Judite"). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira ("Getúlio"), Diógenes José de Carvalho Oliveira ("Luis", "Leonardo" ou "Pedro") e Marco Antônio Bráz de Carvalho ("Marquito").

17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ.
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ.
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva ("Cesar" ou "Miranda") e Fausto Machado Freire ("Ruivo" ou "Wilson"), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP.
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimori, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

20 – 07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida – dona de casa – Rio de Janeiro/RJ.
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua.

21 – 11/01/69 – Edmundo Janot – Lavrador – Rio de Janeiro / RJ.
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.

22 – 29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria – Subinspetor de Polícia – BH/ MG.(ver abaixo)

23 – 29/01/69 – José Antunes Ferreira – guarda civil-BH/MG
Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva , (“Cesar" ou “Miranda”), que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite ("Ciro"), Mauricio Vieira de Castro ("Carlos"), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida ("Pedro"), Jorge Raimundo Nahas ("Clovis" ou "Ismael") e Maria José de Carvalho Nahas ("Celia" ou "Marta"). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.

24 – 14/04/69 – Francisco Bento da Silva – motorista – SP.
Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto.

25 – 14/04/69 – Luiz Francisco da Silva – guarda bancário -SP.
Também Morto durante o assalto acima relatado.

26 – 08/05/69 – José de Carvalho – Investigador de Polícia – SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.

27 – 09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP.
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

28 – 27/05/69 – Naul José Montovani – Soldado PM – SP.
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.

29 – 04/06/69 – Boaventura Rodrigues da Silva – Soldado PM – SP.
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.

30 – 22/06/69 – Guido Boné – soldado PM – SP.
Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.

31 – 22/06/69 – Natalino Amaro Teixeira – Soldado PM – SP.
Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.

32 – 11/07/69 – Cidelino Palmeiras do Nascimento – Motorista de táxi – RJ.
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.

33 – 24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP.
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:
– Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;
– Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;
– Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.
Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos.

34 – 20/08/69 – José Santa Maria – Gerente de Banco – RJ.
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente.

35 – 25/08/69 – Sulamita Campos Leite – dona de casa, PA.
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista.

36 – 31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA.
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos.

37 – 03/09/69 – José Getúlio Borba – Comerciário – SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.

38 – 03/09/69 – João Guilherme de Brito – Soldado da Força Pública/SP
Morto na ação acima narrada.

39 – 20/09/69 – Samuel Pires – Cobrador de ônibus – SP.
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.

40 – 22/09/69 – Kurt Kriegel – Comerciante – Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmares em Porto Alegre.

41 – 30/09/69 – Cláudio Ernesto Canton – Agente da Polícia Federal – SP.
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.

42 – 04/10/69 – Euclídes de Paiva Cerqueira – Guarda particular – RJ.
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães.

43 – 06/10/69 – Abelardo Rosa Lima – Soldado PM – SP
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho ("Henrique") , Walter Olivieri, Eduardo Leite ("Bacuri"), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).

44 – 07/10/69 – Romildo Ottenio – Soldado PM – SP.
Morto quando tentava prender um terrorista.

45 – 31/10/69 – Nilson José de Azevedo Lins- civil – PE.
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar.

46 – 04/11/69 – Estela Borges Morato – Investigadora do DOPS – SP.
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela.

47 – 04/11/69 – Friederich Adolf Rohmann – Protético – SP.
Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.

48 – 14/11/69 – Orlando Girolo – Bancário – SP.
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.

49 – 17/11/69 – Joel Nunes – Subtenente PM – RJ.
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.

50 – 18/12/69 – Elias dos Santos – Soldado do Exército – RJ.
Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos Santos.

51 – 17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino – Sargento PM – São Paulo / SP.
Morto a tiros por terroristas.

52 – 20/02/70 – Antônio Aparecido Posso Nogueró – Sargento PM – São Paulo.
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.

53 – 11/03/70 – Newton de Oliveira Nascimento – Soldado PM – Rio de Janeiro.
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois anos.

54 – 31/03/70 – Joaquim Melo – Investigador de Polícia – Pernambuco.
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”.

55 – 02/05/70 – João Batista de Souza – Guarda de Segurança – SP.
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite ("Bacuri"), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.



56 – 10/05/70 – Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM – SP.
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado, Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.
De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas – Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega – desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.
Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava enterrado.

57 – 11/06/70 – Irlando de Moura Régis – Agente da Polícia Federal – RJ.
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite ("Bacuri"), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.

58 – 15/07/70 – Isidoro Zamboldi – segurança – SP.
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.

59 – 12/08/70 – Benedito Gomes – Capitão do Exército – SP.
Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.

60 – 19/08/70 – Vagner Lúcio Vitorino da Silva – Guarda de segurança – RJ.
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em Cuba.

61 – 29/08/70 – José Armando Rodrigues – Comerciante – CE.
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timochenko Soares de Sales e Francisco William.

62 – 14/09/70 – Bertolino Ferreira da Silva – Guarda de segurança – SP.
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.

63 – 21/09/70 – Célio Tonelly – soldado da PM – SP.
Morto em Santo André. Quando de serviço em uma rádio-patrulha, tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.

64 – 22/09/70 – Autair Macedo – Guarda de segurança – RJ.
Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos.
65 – 27/10/70 – Walder Xavier de Lima – Sargento da Aeronáutica – BA
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos) o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).

66 – 10/11/70 – José Marques do Nascimento – civil – SP.
Morto por terroristas que trocavam tiros com a polícia.

67 – 10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM – SP
Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.

68 – 10/11/70 – José Aleixo Nunes – soldado PM – SP.
Também morto na ocorrência relatada acima.

69 – 10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo – Agente da Polícia Federal – RJ
No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após interceptar o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e, a uma distância de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.

70 – 07/01/71 – Marcelo Costa Tavares – Estudante – MG
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais. Autor dos disparos: Newton Moraes.

71 – 12/02/71 – Américo Cassiolato – Soldado PM – São Paulo.
Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.

72 – 20/02/71 – Fernando Pereira – Comerciário – Rio de Janeiro.
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.

73 – 08/03/71 – Djalma Peluci Batista – Soldado PM – Rio de Janeiro;
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro.

74 – 24/03/71 – Mateus Levino dos Santos – Tenente da FAB – Pernambuco
O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, morreu no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.


75 – 04/04/71 – José Julio Toja Martinez – Major do Exército – Rio de Janeiro.
No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Seção do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Seção da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um casal de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo gravidez.

O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada de Pára-Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.

Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a “grávida” retirou um revólver, matando-o antes que pudesse esboçar qualquer reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio, que causou a morte do casal de terroristas. Eram os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e Marilena Villas-Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal, foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com 11 anos.

76 – 07/04/71 – Maria Alice Matos – Empregada doméstica – Rio de Janeiro.
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção.



77 – 15/04/71 – Henning Albert Boilesen – (Industrial – São Paulo)

Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. Por decisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, foi assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Duas mulheres foram feridas. Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.


78 – 10/05/71 – Manoel da Silva Neto – Soldado PM – SP.
Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.

79 – 14/05/71 – Adilson Sampaio – Artesão – RJ
Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.

80 – 09/06/71 – Antônio Lisboa Ceres de Oliveira – Civil – RJ.
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro.

81 – 01/07/71 – Jaime Pereira da Silva – Civil – RJ.
Morto por terroristas na varanda de sua casa durante tiroteio entre terroristas e policiais.

82 – 02/09/71 – Gentil Procópio de Melo -Motorista de praça – PE.
A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida, apareceram seus comparsas, Manoel Lisboa de Moura e José Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo. Emilson matou Procópio com dois tiros.

83 – 02/09/71 – Jayme Cardenio Dolce – Guarda de segurança – RJ.
Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras.

84 – 02/09/71 – Silvâno Amâncio dos Santos – Guarda de segurança – RJ.
Assassinado na operação relatada acima.

85 – 02/09/71 – Demerval Ferreira dos Santos – Guarda de segurança – RJ.
Assassinado na operação relatada no item 83.

86 – –/10/71 – Alberto da Silva Machado – Civil – RJ.
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários.

87 – 22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da reserva da Marinha – RJ.
Morto por terroristas da VAR-PALMARES e do MR-8 durante assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva.

Autores: James Allen Luz ("Ciro"), Carlos Alberto Salles ("soldado"), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa.

88 – 01/11/71 – Nelson Martinez Ponce – Cabo PM – SP.
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular) contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo.

89 – 10/11/71 – João Campos – Cabo PM – SP.
Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados.

90 – 22/11/71 – José Amaral Vilela – Guarda de segurança – RJ.
Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma Transfort, na Estrada do Portela, em Madureira.

91 – 27/11/71 – Eduardo Timóteo Filho – Soldado PM – RJ.
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti.

92 – 13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura – Guarda de Segurança – RJ.
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra.

93 – 18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida – Sargento PM – São Paulo / SP.
Morto a tiros de metralhadora no bairro Cambuci quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Molipo.

94 – 20/01/72 – Sylas Bispo Feche – Cabo PM São Paulo / SP.
O cabo Sylas Bispo Feche integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi metralhado. Dois terroristas, membros da ALN, morreram.

95 – 25/01/72 – Elzo Ito – Estudante – São Paulo / SP.
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto por terroristas que roubaram seu carro.

96 – 01/02/72 – Iris do Amaral – Civil – Rio de Janeiro.
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles (“Rogério” ou “Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira (“Chico” ou “Alfredo”.)

97 – 05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro.
A respeito desse assassinato, sob o título “REPULSA”, o jornal “O Globo” publicou:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.

A ação criminosa foi praticada pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas:
– ALN – Flávio Augusto Neves Leão Salles (“Rogério” ou “Bibico”), que fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos Nogueira Cabral (“Chico” ou “Alfredo”), Aurora Maria Nascimento Furtado (“Márcia” ou “Rita”), Adair Gonçalves Reis(“Elber”, “Leônidas” ou “Sorriso”);
– VAR-PALMARES – Lígia Maria Salgado da Nóbrega (“Ana”, “Célia” ou “Cecília”), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”; Hélio Silva (“Anastácio” ou “Nadinho”), Carlos Alberto Salles(“Soldado”);
– PCBR – Getúlio de Oliveira Cabral(“Gogó”, “Soares” ou “Gustavo”)

98 – 15/02/72 – Luzimar Machado de Oliveira – Soldado PM – Goiás.
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do Norte, que estava incluída no esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano. Acabou morto.

99 – 18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva – Cabo PM – São Paulo.
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo.

100 – 27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi – Civil – São Paulo.
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação, um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.

101 – 06/03/72 – Walter César Galleti – Comerciante – São Paulo
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A. Após o assalto, fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalindo Fernandes.

102 – 12/03/72 – Manoel dos Santos – Guarda de Segurança – São Paulo.
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda.

103 – 12/03/72 – Aníbal Figueiredo de Albuquerque – Coronel R1 do Exército – São Paulo.
Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era um dos proprietários.

104 – 08/05/72 – Odilo Cruz Rosa – Cabo do Exército – PA
Morto na região do Araguaia quando uma equipe comandada por um tenente e composta ainda, por dois sargentos e pelo Cabo Rosa foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa, o “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.

105 – 02/06/72 – Rosendo – Sargento PM – SP.
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.

106 – 29/06/72 – João Pereira – Mateiro-região do Araguaia – PA.
“Justiçado exemplarmente” pelo PC do B por ter servido de guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros. A respeito, Ângelo Arroyo declarou em seu relatório: “A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona”.

107 – 09/09/72 – Mário Domingos Panzarielo – Detetive Polícia Civil – RJ.
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.

108 – 23/09/72 – Mário Abraim da Silva – Segundo Sargento do Exército – PA.
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva.

109 – 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ.
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.

110 – –/09/72 – Osmar… – Posseiro – PA.
“Justiçado” na região do Araguaia pelos guerrilheiros por ter permitido que uma tropa de pára-quedistas acampasse em suas terras.

111 – 01/10/72 – Luiz Honório Correia – Civil – RJ.
Morto por terroristas no assalto à empresa de Ônibus Barão de Mauá.

112 – 06/10/72 – Severino Fernandes da Silva – Civil – PE.
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.

113 – 06/10/72 – José Inocêncio Barreto – Civil – PE.
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.

114 – 21/02/73 – Manoel Henrique de Oliveira – Comerciante – São Paulo.
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo, como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALN que resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir. Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo. O comando “Aurora Maria do Nascimento Furtado”, constituído por Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emanuel Penteado, Francisco Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi encarregado da missão e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN, impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP por interveniência do militante Paulo Frateschi.

115 – 22/02/73 – Pedro Américo Mota Garcia – Civil – Rio de Janeiro.
Por vingança, foi “justiçado” por terroristas por haver impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.

116 – 25/02/73 – Octávio Gonçalves Moreira Júnior – Delegado de polícia – São Paulo.
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de repressão, um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro do DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.

117 – 12/03/73 – Pedro Mineiro – Capataz da Fazenda Capingo
“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.

118 – Francisco Valdir de Paula – Soldado do Exército-região do Araguaia – PA.
Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado.

119 – 10/04/74 -Geraldo José Nogueira – Soldado PM – São Paulo.
Morto numa operação de captura de terroristas.


Nossa homenagem em honra desses heróis e vitimas do fascismo comunista no Brasil!!


Fontes:
http://pt-br.heroisbrasil.wikia.com/
http://pt-br.subversivos.wikia.com/
http://www.averdadesufocada.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Comunista_Brasileiro_Revolucion%C3%A1rio
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/asp030720028.htm
Livro: Rompendo o silêncio

terça-feira, 8 de março de 2016

A primeira feminista da história foi morta pela esquerda revolucionária.


Marie Gouze foi a primeira mulher que pode ser chamada propriamente de feminista na história. Era uma escritora e intelectual francesa, adepta das ideias iluministas, que adotou o pseudônimo Olympe de Gouges. Você nunca ouviu falar dela né? Também pudera, é uma história inconveniente. A esquerda detêm a narrativa da história, e desa forma ela escolhe o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido. Marie Gouze, para a esquerda, deve ser esquecida. O que é curioso, porque ela seria a figura perfeita, já que ela escreveu antes de John Stuart Mill, antes de Jeremy Benthan, os primeiros filósofos a defender o direito das mulheres - que "infelizmente" eram homens. Era preciso uma mulher para ser posta no início dessa narrativa, mas não Marie, ela não. Por que?

Porque Marie perdeu a cabeça na guilhotina da Revolução, durante o período do Terror jacobino. Isso mesmo que você leu, A PRIMEIRA FEMINISTA DA HISTÓRIA FOI MORTA PELA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA. Marie não era contra a liberdade, pelo contrário, o erro de Marie Gouze era ser contra a ditadura dos iluminados, e denunciar a hipocrisia e o autoritarismo jacobino.

Quando os deputados da Assembleia Nacional escreveram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, Marie escreveu, de forma iconoclasta, a Declaração dos Direitos da Mulher e Cidadã. Madamme de Gouges escrevia panfletos políticos e peças de teatro, e defendeu em sua obra ideias pioneiras como o direito político das mulheres e dos negros, muito antes que os homens de letras se detivessem sobre estes assuntos. Mas Marie sabia que o povo também podia exercer sua tirania própria no lugar do rei, ela portanto era uma moderada, uma girondina. Quando os jacobinos estabeleceram seu Tribunal Revolucionário e passaram a executar civis a toque de caixa, Marie passou a escrever contra estes homens que diziam-se defensores da liberdade, e isso os enfureceu.

Charlotte Corday
Outra famosa girondina foi Charlotte Corday, a mulher que matou Marat em sua banheira. Este Marat, tido como um santo, era no fundo um louco que tinha o poder de vida e morte sobre todos aqueles que ele declarava "inimigos do povo", tal como Robespierre e Saint-Just. Depois de sua morte, Marat foi cultuado como mártir e santo, e Charlotte guilhotinada. Tanto Marie quanto Charlotte notaram que os virtuosíssimos revolucionários estavam criando um Estado autoritário, guiado por pura histeria. Mas Marie estava do lado errado da história, ela era, para os loucos jacobinos, uma inimiga do povo, uma reacionária, uma anti-revolucionária. Por isso ela não será lembrada como a primeira feminista, a primeira mulher a declarar seus direitos políticos, Mas Marie foi a verdadeira matriarca do feminismo.

Link: https://www.facebook.com/cacotirapani/posts/927673597310023?pnref=story

Cassiano Tirapani é professor.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A REVOLUÇÃO EDUCACIONAL DO PT: Uma fábrica de militantes ignorantes

Por Wilson Agostinho:



O Ministério da Educação está preparando uma Revolução Cultural que transformará Mao Tsé-Tung em um "moderado pedagogo", quase um “reacionário burguês.” Sob o disfarce de “consulta pública”, pretende até junho “aprovar” uma radical mudança nos currículos dos ensinos fundamental e médio — antigos primeiro e segundo graus. Nem a União Soviética teve coragem de fazer uma mudança tão drástica como a “Base Nacional Comum Curricular.”

No caso do ensino de História, é um duro golpe. Mais ainda: é um crime de lesa-pátria. Vou comentar somente o currículo de História do ensino médio. Foi simplesmente suprimida a História Antiga. Seguindo a vontade dos comissários-educadores do PT, não teremos mais nenhuma aula que trata da Mesopotâmia ou do Egito. Da herança greco-latina os nossos alunos nada saberão. A filosofia grega para que serve? E a democracia ateniense? E a cultura grega? E a herança romana? E o nascimento do cristianismo? E o Império Romano? Isto só para lembrar temas que são essenciais à nossa cultura, à nossa história e à nossa tradição.

Mas os comissários-educadores — e sua sanha anticivilizatória — odeiam também a História Medieval. Afinal, são dez séculos "inúteis", presumo. Toda a expansão do cristianismo e seus reflexos na cultura ocidental, o mundo islâmico, as Cruzadas, as transformações econômico-políticas, especialmente a partir do século XI, são desprezadas. O Renascimento — em todas as suas variações — foi simplesmente ignorado. Parece mentira, mas, infelizmente, não é. Mas tem mais: a Revolução Industrial não é citada uma vez sequer, assim como a Revolução Francesa ou as revoluções inglesas do século XVII. O apagamento da História, ao estilo Ministério da Verdade de “1984,” não perdoou a história dos Estados Unidos — neste caso, abriu exceção somente para a região onde esteve presente a escravidão, claro. Do século XIX europeu, tudo foi jogado na lata de lixo: as unificações alemã e italiana, as revoluções — como a de 1848 —, os dilemas político-ideológicos, as mudanças econômicas, entre outros temas clássicos e indispensáveis à nossa História.

Os policiais da verdade não perdoaram também a História do Brasil. Os movimentos pré-independentistas — como as Conjurações Mineira e Baiana — "não existiram", ao menos no novo currículo. As transformações do século XIX, a economia cafeeira, a transição para a industrialização foram desconsideradas, assim como a relação entre as diversas constituições e o momento histórico do país, isto só para ficar em alguns exemplos.

Mas, afinal, o que os alunos vão estudar? No primeiro ano, “mundos ameríndio, africanos e afro-brasileiros.” Qual objetivo? “Analisar a pluralidade de concepções históricas e cosmológicas de povos africanos, europeus e indígenas relacionados a memórias, mitologias, tradições orais e a outras formas de conhecimento e de transmissão de conhecimento.” E também: “interpretar os movimentos sociais negros e quilombolas no Brasil contemporâneo, estabelecendo relações entre esses movimentos e as trajetórias históricas dessas populações, do século XIX ao século XXI.” Sem esquecer de “valorizar e promover o respeito às culturas africanas, afro-americanas (povos negros das Américas Central e do Sul) e afro-brasileiras, percebendo os diferentes sentidos, significados e representações de ser africano e ser afrobrasileiro.”

No segundo ano — quase uma repetição do primeiro — o estudo é sobre os “mundos americanos.” Objetivo: “analisar a pluralidade de concepções históricas e cosmológicas das sociedades ameríndias a memórias, mitologias, tradições e outras formas de construção e transmissão de conhecimento, tais como as cosmogonias inca, maia, tupi e jê.” Ao imperialismo americano, claro, é dado um destaque especial. Como contraponto, devem ser estudadas as Revoluções Boliviana e Cubana; sim, são "exemplos" de "democracia"...... E, no caso das ditaduras, a sugestão é analisar o Chile de Pinochet — de Cuba, nem um parágrafo.

No terceiro ano, chegamos aos “mundos europeus e asiáticos.” Se a Guerra Fria foi ignorada, não foi deixado de lado o estudo da migração japonesa para o Paraguai na primeira metade do século XX (????). O panfletarismo fica escancarado quando pretende “problematizar as juventudes, discutindo massificação cultural, consumo e pertencimentos em diversos espaços no Brasil e nos mundos europeus e asiáticos nos séculos XX e XXI.” Ou quando propõe “relacionar as sociedades civis e os movimentos sociais aos processos de participação política nos mundos europeus e asiáticos, nos séculos XX e XXI, comparando-os com o Brasil contemporâneo.”

Quem assina o documento é o ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, um especialista brasileiro em Thomas Hobbes. Porém, Hobbes ou o momento em que viveu (o século XVII inglês) são absolutamente ignorados pelos comissários-educadores. Para eles, de nada vale conhecer Hobbes, Locke, Platão, Montesquieu, Tocqueville, Maquiavel, Rousseau ou Sócrates. São pensadores do mundo europeu. O que "importa" são as histórias ameríndias, africanas e afro-brasileiras......
O documento está recheado de equívocos, exemplos estapafúrdios, de panfletarismo barato, de desconhecimento da História. Os programas dos cursos universitários de História foram jogados na lata de lixo e há um evidente descompasso com a nossa produção historiográfica. A proposta é um culto à ignorância e à mediocridade intelectual. Nenhuma democracia no mundo ocidental tem um currículo como esse. Qual foi a inspiração? A Bolívia de Morales? A Venezuela de Chávez? A Cuba de Castro? Ou Lula, aquele que dissertou sobre a passagem de Napoleão Bonaparte pela China?



sexta-feira, 3 de julho de 2015

Rafael Andreazza Daros: Educar ou Civilizar?

A recente votação sobre a redução da maioridade penal na Câmara certamente acirrou os ânimos nas redes sociais. Pessoas contrárias à redução recorrentemente apelam à questão da educação (as cadeias não educam e os jovens saem de lá pior do que entraram, é preciso educar para não precisar punir, etc). Entretanto, o problema real de quando falamos de educação é que o termo se tornou um tanto nebuloso, uma cortina de fumaça, que pode significar várias coisas ao mesmo tempo que sequer possuem qualquer conexão lógica entre si.

A fim de esclarecer e desfazer esta confusão, é importante começarmos com definições. Desta maneira, podemos dividir o termo educação em outros 3 menos abrangentes, e com significados totalmente distintos. São eles: instruir, sociabilizar e civilizar. Esta distinção deve ser feita antes que qualquer debate sério a respeito da educação possa ser feito, caso contrário não passará de uma discussão infrutífera e nebulosa, onde cada lado tentará expor os seus argumentos partindo de uma concepção diferente de educação (ou mesmo misturando diferentes concepções), dificultando ou mesmo impedindo qualquer consenso final sobre qualquer questão relativa a educação.

O primeiro é obviamente o mero conhecimento técnico e o desenvolvimento de habilidades e talentos. É o ensino de matemática, finanças, economia, geografia, história e tutti quanti. Já a sociabilização e o processo civilizatório são mais parecidos entre si, mas que frequentemente se confundem. A sociabilização é a moldagem de comportamentos para que se adequem à vida social: dar bom dia, cumprimentar, não gritar, não agredir. Já o terceiro é referente aos requerimentos para a vida numa sociedade civilizada. Questões de cunho moral principalmente, tais como respeito aos direitos alheios e a tolerância. É a educação moral propriamente dita.

Sei que pode parecer meio confuso a princípio, mas sociabilizar e civilizar não são, nem de longe, similares e muito menos complementares. A sociabilização prepara o indivíduo para o convívio social, ao passo que o processo civilizatório o prepara para a vida em uma sociedade civilizada.

É perfeitamente possível que um indivíduo seja completamente sociável, mas, para todos os efeitos no que se refere aos pré-requisitos da vida em sociedade, um bárbaro. Indivíduos dentro de uma mesma tribo indígena podem ser completamente sociáveis e educados uns com os outros, mas ao mesmo tempo não reconhecer sequer o direito à vida ou à dignidade de outros povos. Na época antes do advento da agricultura, o alimento era escasso. Nesse caso, até mesmo a guerra se torna justificável, principalmente se a alternativa era morrer de fome. Há relatos de sociedades tribais onde o valor de um homem era medido pelo número de inimigos que ele matou, pois se acreditava que ele incorporava o espírito do inimigo morto em batalha. Eles poderiam até serem sociáveis uns com os outros dentro de uma mesma tribo, mas certamente não eram civilizados.

Psicopatas e pedófilos são outro exemplo. Psicopatas, principalmente os não-violentos, são frequentemente ótimos galanteadores e que sabem como manipular e seduzir suas vítimas. No sentido oposto, um sujeito pode até ser antissocial no que se refere a comportamento (arrogante, grosseiro, presunçoso...), mas ser uma pessoa honesta e honrada. Neste caso, temos um indivíduo civilizado, mas que simplesmente não é muito sociável. Apesar de serem personagens fictícios, Dr. House e talvez até mesmo um Sherlock Holmes podem ser ótimos exemplos disto.

Feitas essas explicações, fica fácil perceber a confusão que o termo educação pode fazer com a mente das pessoas, ao englobar todas essas definições num único pacote sem fazer qualquer tipo de distinção aparente. Quando um opositor à redução da maioridade penal fala sobre educação, de que tipo de educação exatamente estamos falando? Instruir, sociabilizar ou civilizar?

Outra coisa comum que se vê nos opositores da redução da maioridade era a repetição de clichês “mais educação, menos punição”. Mas por que estes hão de ser excludentes? Se pensarmos em termos de educação parental, podemos ver que são complementares, e não excludentes. Por que outro motivo um pai ou uma mãe castiga o filho, se não para ensiná-lo e deixar bem claro que aquele comportamento é inaceitável?

Desta forma, pode-se argumentar que não há dicotomia entre educar e punir, uma vez que menos punição é um efeito de uma boa educação. Se mais educação leva a menos punição, não é porque a educação torna a punição desnecessária, obsoleta ou ineficiente, mas porque simplesmente não faz sentido punir a honestidade. Ou você já viu algum pai castigar um filho por bom comportamento?

Isto em termos quantitativos. Também é necessário falar em termos qualitativos, o que significa dizer que a punição deve ser proporcional ao delito. Se ela for exagerada, vira autoritarismo ou opressão. Se for branda demais, praticamente acaba incentivando o comportamento que se quer eliminar.

Deste modo, pode-se argumentar que há uma correlação causal e inversa entre a quantidade de educação e de punição, uma vez que o próprio propósito da educação é promover o bom comportamento e reduzir o mau comportamento. Entretanto, a comparação com a educação parental é imperfeita. A educação parental é, antes de tudo, educação no sentido de sociabilização. Já a educação a que nos referimos na questão da idade penal e/ou ressocialização de criminosos é uma educação no sentido de civilizar o indivíduo. Desta forma, fica até mesmo impossível incorrer em qualquer relação causal entre mais educação e uma redução do comportamento antissocial. Há até mesmo dados históricos que sugerem que sequer haja qualquer relação entre ambos.

A nossa desgraça é que o processo civilizatório é frágil e imperfeito, e muitas vezes questões irracionais ou emocionais, como o ódio e o fanatismo, e inclusive o próprio caráter da pessoa, podem dificultar ou até repelir qualquer tentativa de civilizar o indivíduo, e que nenhuma quantidade de instrução formal é capaz de curar. Hitler certamente era uma pessoa educada no sentido de instrução formal, capaz de deixar qualquer “expert” no chinelo se o assunto for estratégia militar ou como influenciar as pessoas, e provavelmente era uma pessoa bastante sociável dentro de seu círculo de contatos mais íntimos. Entretanto, isso não muda o fato de que suas ações não passaram de pura barbárie.

Isto não foi uma característica isolada do nazismo. Todos os movimentos mais abjetos do século XX – nazismo, comunismo e eugenia – partiram das camadas instruídas da população, incluindo intelectuais e até psiquiatras, não do “populacho”, para usar um termo vulgar. Um completo analfabeto pode ser mais civilizado do que um doutor com P.h.D., a despeito de sua falta de instrução. Uma prova disso pode ser vista na quantidade de pessoas de origem humilde e que, no entanto, levam uma vida honesta. Facções criminosas como o Estado Islâmico são outro exemplo de pessoas instruídas que, no entanto, não passam de completos bárbaros, renegando completamente a humanidade e a dignidade dos indivíduos que não fazem parte de sua pequena “tribo”.

Concluindo, creio que o resumo da ópera seria: preste muita atenção nas definições dos termos de um debate. Não deixe que definições vagas (ou mesmo a falta delas), e termos nebulosos dificultem ou incapacitem sua capacidade de pensamento crítico. Educação é, entre muitos outros, um termo que cada vez mais tem sido amplamente usado de forma genérica e pouco específica a fim de confundir o público para avançar qualquer agenda política que seus “defensores” queiram promover.


terça-feira, 9 de junho de 2015

Wilson Agostinho: "SOLIDARIEDADE" OU HIPOCRISIA?

Solidariedade é um estado de espírito que nos envolve com aflições alheias. Não é apenas condolência, mas algo “sólido”, que nos leva a ajudar concretamente os demais. A palavra é muito cara ao cristianismo, cuja doutrina a define como expressão social da caridade, amor ao próximo em dimensão comunitária.

Tenho ouvido falar em “solidariedade a Cuba”. Que significa isso, quando se manifesta em partidos políticos e atos de apoio ao regime cubano?Solidariedade só pode existir em relação a pessoas ou grupos que sofrem, como é o caso do povo daquele país. A ligação sentimental de alguém ou de algum governo com a tirania que escraviza a ilha há 56 anos tem outro nome e é bem feio. Define, aliás, o que vem fazendo a esquerda mundial, desde o dia 2 de dezembro de 1961, quando Fidel descantou o verso da revolução e proclamou: “Soy marxista-leninista!”.

A partir de então, nunca lhe faltou “solidariedade” para fuzilar milhares de seus conterrâneos, encarcerar dezenas de milhares de pessoas apenas por divergirem do governo, manter a população refém, sem liberdade de opinião, sem espaço para oposição, sem Judiciário independente. Convalidar isso é "solidariedade"??? O regime cubano manda prender por qualquer motivo, sentencia a longas penas e, de modo medieval, persegue as famílias dos que dele dissentem. Descaradamente, concede aos estrangeiros simpáticos à ditadura comunista direitos e liberdades que veda a seus próprios cidadãos! Durante décadas, foi “solidário” com os soviéticos, a ponto de enviar milhares de jovens para morrer em revoluções comunistas patrocinadas pelos soviéticos. Sim, amigos, Fidel, o falso "paladino" da autonomia, muito se intrometeu em revoluções mundo afora, conforme exigisse a geopolítica da extinta URSS.

Solidariedade que mereça a dignidade do termo deve convergir para os que sofrem a repressão porque não se calam. E para os que não sofrem a repressão porque se calam. Uns e outros merecem a solidariedade que não alcança as masmorras de um regime que perdeu todo e qualquer senso moral.

A mesma insólita afeição, aliás, é tributada à ditadura comunista bolivariana e não revela qualquer consideração pelas dificuldades que os venezuelanos enfrentam. O compadecimento das pessoas de bem deve convergir para esse povo, em suas crescentes carências e perda de direitos. Nunca para o falecido fanfarrão Chávez e seu ainda mais ridículo herdeiro. Solidariedade foi o que faltou às senhoras Mitzy Capriles e Lilian Tintori, cujos maridos foram presos por Maduro. Ambas vieram buscar ajuda da presidente Dilma, mas foram recebidas pelo sub do sub, a quem transmitiram apelo que entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

PERGUNTAR NÃO OFENDE...

Um moleque armado assaltou minha aluna hoje. Uma menina de 14 anos teve um revólver apontado pra sua cabeça por outro garoto. Somado aos outros casos recentes, pergunto aos "detentores da bondade e protetores dos mais facos", nossos brilhantes "engenheiros sociais": vocês realmente acreditam que um menor não pode ser cruel e por isso deva ser punido por sua malignidade, ou você é apenas um cínico mal-caráter oportunista?

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Opinião: "O "politicamente correto" fará estragos a nossa sociedade e com a mente de seus adeptos"




O "Politicamente Correto", um monstro que começa a devorar seus criadores



Para entender a questão, primeiro vamos ao show de horrores contido no relato abaixo, que poderia perfeitamente ser chamado de "O curioso caso de Luisa/Helena/Heloisa/Luis":

Lua Sophie 4 May at 11:49 · LESBOFOBIA E SILENCIAMENTO DE MULHERES NO EME. Algumas moças já fizeram relatos ao voltarem do EME ontem a noite, eu cheguei tão exausta psicologicamente que não consegui escrever sobre, mas vamos lá.

O EME deveria ser um espaço acolhedor e seguro para as mulheres que lá estavam presentes, eu imaginei que seria um espaço trans-inclusivo, e foi. Havia um homem, que vive como homem, que é lido como homem socialmente, e que usava barba até chegar no evento, e que decidiu, após chegar no evento que era mulher-trans e lésbica. Quando eu cheguei ao evento, eu não vi essa pessoa, algumas mulheres me procuraram dizendo "tem um homem aqui! isso é absurdo" até que eu o vi. Ao chegar lá, ele tirou a barba, e decidiu que o nome dele era Helena, depois parece que ele não gostou do nome e mudou o nome pra Luisa, depois pra Heloisa, e enfim, as amigas dele o chamavam de Luis. Muitas mulheres lésbicas que estavam comigo estavam desconfortáveis com a situação, depois descobrimos que a saia que ele usava era de uma moça do próprio alojamento que havia emprestado, pois fora dali, Luisa/Helena/Heloisa/Luis não usava saia, nem batom, fora dali Luisa/Helena/Heloisa/Luis era um homem branco, classe média, universitário que namorava uma menina, que estava presente no evento, porem até então não sabiamos que esse homem se dizia lésbica, as coisas foram aparecendo conforme o tempo foi passando la dentro.

Muitas mulheres com que eu tive contato lá dentro, expuseram seu desconforto, mas tinham MEDO de falarem qualquer coisa e parecerem preconceituosas, algumas se sentiram culpadas por se sentirem desconfortáveis dentro do banheiro aonde 1.000 mulheres tomavam banho e trocavam de roupa e deveriam se sentir seguras, porque Luisa/Helena/Heloisa/Luis estava lá dentro, tomando banho com elas, trocando de roupa com elas. Mulheres heterossexuais também se sentiram invadidas e expostas, mulheres lésbicas se sentiram coagidas, e ridicularizadas com aquela situação. Durante o evento eu e algumas feministas radicais discutimos o quão problemático era aquilo.

Eu queria ressaltar, que ao chegarmos no evento, eu e minha noiva estávamos arrumando nossas coisas, e uma moça da organização do EME veio até ela, supondo que ela era trans - o que eu achei absurdo, ela não é obrigada a performar feminilidade, ela é lésbica, ela NÃO é trans- e disse que havia um banheiro EXCLUSIVO para trans, e explicou pra ela como ela faria pra usa-lo. Haviam cerca de 10 pessoas trans no evento, inclusive um "homem-trans" que nasceu como mulher, foi socializado como mulher, e corria risco de ser estuprada tanto quanto as outras mulheres do evento, e essas pessoas usaram o banheiro exclusivo para elas, pessoas aparentemente transicionadas, enquanto Luisa/Helena/Luis o homem que estava com uma saia emprestada de uma das companheiras do evento, e que fez a barba somente ao chegar ao evento, insistia em usar o mesmo banheiro e alojamento que as outras mulheres do evento (por que será né?) enfim.

Ouve um sarau na noite de sabado 2/05/2015 aonde esse homem estava presente, e de repente quando vimos ele estava beijando uma mulher lá dentro, não foi um selinho, não foi um simples beijo, ele estava beijando ela loucamente, aquilo foi desesperador para A MAIORIA DAS MULHERES, mulheres que eu nem conhecia se revoltaram, mulheres que estavam no mesmo alojamento, que trocaram de roupa na frente desse homem, se sentiram invadidas, nós lésbicas, e feministas radicais tentamos intervir de forma pacífica, cantando alto, pra que todas soubessem que aquilo não iria passar em branco, e Luisa/Helena/Heloisa/Luis, RIU da nossa cara, quando isso aconteceu, rolou um conflito, e algumas moças vieram conversar conosco, não quiseram nos ouvir, disseram que ele sofria mais que todas nós, que ele era "lesbica" e que a gente devia parar com o preconteito e transfobia, mulheres lésbicas se desesperaram, choraram, gritaram com toda força que aquilo ali era lesbofobia, que dizer que existe falo-lésbico é cultura de estupro, é discurso que propaga a violência, que estavamos nos sentindo com medo, coagidas, não quiseram ouvir, não quiseram ouvir !!! Afinal, um homem que decidiu se identificar como mulher dentro do evento, sofria mais que todas nós.

Durante esse conflito dentro do Sarau, VARIAS, VARIAS, VARIAS mulheres vieram até nós, lésbicas,feministas radicais, feministas partidárias, feministas anarquistas, feministas que seguem correntes divergentes ao feminismo radical prestar apoio, dizer que tambem não concordavam com aquilo,, e quando vimos eramos cerca de 50 mulheres expondo o medo e o desconforto com esse homem. 50 mulheres mostraram sua indignação com aquilo, a maioria era lésbica, 50 MULHERES FORAM IGNORADAS E SILENCIADAS.

Uma moça foi ameaçada no banheiro, por outra mulher que estava defendendo Luisa/Helena/Heloisa/Luis. Uma mulher negra e lésbica foi chamada de desumana. Mandaram eu, e mais algumas compas lésbicas "irmos tomar no cú".

Conseguimos nos organizar politicamente, fomos pra fora do sarau, e fizemos uma plenária, expomos o quanto estávamos coagidas ali dentro, expomos que nos sentimos invadidas e decidimos que faríamos uma intervenção no dia seguinte, domingo 03/05/2015. Chamamos a organização do evento, e uma das organizadoras nos disse que teríamos um espaço pra falar, que queria por escrito um texto, pautando o desconforto daquelas mulheres, para que ela pudesse levar pra mesa do EME, e que nós teríamos local de fala.

Nós ficamos a madrugada inteira discutindo, e tendo cuidado em como elaboraríamos esse texto, durante a madrugada algumas meninas foram dormir, eu, Andressa e Fernanda ficamos até as 7 da manhã concluindo os textos, fizemos um texto geral, que englobava todas as mulheres, e fizemos um texto falando sobre a lesbofobia e a cultura de estupro que tava rolando. Nós não dormimos, nós estávamos exaustas, mas não podíamos deixar que aquilo passasse em branco, que mais uma vez lésbicas fossem silenciadas e agredidas num espaço que deveria ser feminista. De manhã, todas nós nos reunimos de novo, revisamos os textos de forma coletiva, procuramos a organização pra mostrar, conforme o combinado, e mais uma vez prometeram um local de fala para nós.

Depois de toda a organização ler os textos, decidiram que supostamente não teria mais plenária, os ônibus das companheiras envolvidas na nossa auto-organização, decidiram sair mais cedo. Fomos silenciadas, mais uma vez. 50 mulheres que tiveram coragem de expor seu medo, foram silenciadas, sendo a maioria lésbica, eu tenho certeza que haviam mais mulheres desconfortáveis e não tinham coragem de falar. Chegaram relatos até nós de mulheres que não estavam conosco, mas que pediram "pelo amor de deus" pra que não falássemos nada, porque não queriam ser vistas como preconceituosas.

O medo é a arma do patriarcado, UM homem, silenciou 50 mulheres, precisou de UM homem, pra que 50 mulheres, a maioria sendo lésbica se sentisse com medo, e tivesse a necessidade de nos organizarmos num evento para que ele fosse retirado de lá, 50 mulheres unidas, não conseguiram tirar UM HOMEM de um espaço FEMINISTA. UM homem, colocou a vida e a segurança de 1.000 mulheres em risco.

Colocar a culpa da situação no patriarcado é tão ridículo que fico quase sem palavras para expor o ridículo desse pensamento. Não, minha cara, isso não é culpa do patriarcado. É o monstro que vocês ajudaram a criar e alimentar mostrando suas garras. Que monstro? O politicamente correto. A forma em especial que esse monstro apareceu foi no delírio de achar que ninguém nasce homem ou mulher, que o que conta é somente como a pessoa se identifica. Não tenho nada contra pessoas transexuais e as trato de acordo com o sexo que se identificam, mas o faço por uma questão de respeito e cortesia, e não por princípio. Não tenho sequer um único argumento contra quem quer trata-las por seu sexo biológico. Se o sujeito nasceu como Luís e fez tratamento para ter corpo de mulher e quer ser chamado de Bianca, e ser tratado no masculino o incomoda tanto, ele pode simplesmente escolher NÃO se associar com pessoas que o chamam de “ele” e se associar apenas com pessoas que o tratam por “ela”. Certamente é o que eu faria se fosse transexual.

Somos todos pessoas imperfeitas e temos nossos vícios e nossas virtudes. Mas o politicamente correto criou uma verdadeira caça às bruxas contra o que considera vício. Vemo-nos obrigados a fazer nosso “marketing moral” para nos mostrarmos como pessoas modernas e “sem preconceitos”, de “intenções puras”, sob o risco de sermos marginalizados pelo próprio movimento que se diz defensor dos oprimidos. Pior ainda: o mau caratismo é tamanho que o politicamente correto criou um vocabulário próprio, digno de uma distopia orwelliana.

O politicamente correto é uma praga justamente por causa de seu caráter autoritário e delirante. Delirante por criar uma falsa ideia de virtude. Totalitário por querer transformar a todos em pessoas “virtuosas” de acordo com seu próprio padrão de virtude, marginalizando todas as outras no processo.

Na distopia descrita por Orwell, novilíngua é o idioma artificial criado pelo partido para esvaziar as palavras de seu sentido original, de forma que elas só passassem a significar o que o partido quer que signifiquem, com o propósito de impedir o pensamento. A situação é tão ridícula que hoje qualquer coisa pode ser acusada de “racismo”, até mesmo a letra de uma música por uma frase tão inocente como “nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia”. Claro que o racismo é algo abjeto, mas se antes ele tinha um significado claro e preciso, hoje a palavra vem sendo lentamente esvaziada de seu sentido original, podendo significar qualquer coisa, desde que isso dê uma justificativa para que o politicamente correto possa lançar suas garras inquisidoras contra qualquer um que se oponha à ele. Preconceito é outra palavra que vem sendo deturpada da mesma maneira e para o mesmo propósito.

E por que todo esse medo relatado? Porque na visão doentia do politicamente correto, ser acusado de racismo ou de preconceito é pior do que ser acusado de nazista ou de pedófilo. Inversão completa de prioridades e de senso de proporções.

E não me venham com esse papo de “respeitar as diferenças”. Respeito não é moeda de troca e muito menos um direito. É difícil pensar em algo tão abominável quanto ser obrigado a respeito algo que se considera abjeto. Isso, porém, é completamente diferente de um homem simplesmente se vestir de mulher e se declarar mulher e fazer com que qualquer um que não concorde seja taxado de preconceituoso.

Este episódio é apenas uma amostra do estrago que o politicamente correto pode fazer com a nossa sociedade e com a mente de seus adeptos.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Thiago AP: Pais devem acompanhar com preocupação o que é ensinado aos seus filhos por doutrinadores

Uma postagem de uma professora no facebook causou bastante rebuliço, provocou debates e teve consequências que falaremos ao final.


Quem tem filhos em idade escolar deve acompanhar frequentemente o que é ensinado, pois é bastante comum o ranço esquerdista dominando o ensino e tirando dos alunos a liberdade de pensar e escolher ideias sem influência.

A julgar pela forma como se refere as pessoas ela pode ser qualquer coisa, menos educadora. Está mais para doutrinadora. Talvez por não conseguir perverter os alunos a sua própria visão política.

Escola é local onde deve haver isenção e amplitude de pensamento, com incentivo ao senso crítico. Como exemplo clássico disso posso aqui apostar com qualquer um que lê este texto que na época da escola aprenderam muito sobre a Segunda Guerra. Aprenderam que Hitler era mau. Stalin era bom porque o derrotou. Talvez não com essas palavras, mas aprenderam que os soviéticos salvaram a paz mundial (mesmo usando seu povo como escudo, mesmo fuzilando opositores).

Ok. A escola te ensinou que o comunista Stalin matou milhões, alguns nos paredões, outros nos expurgos (se não sabe o que é, e a culpa não é sua) e de fome? Duvido! A escola te ensinou que os militares ditadores do Brasil cometeram atrocidades. Ah, isso sim! Para a maioria dos professores brasileiros, os mortos daqui (que não chegam a mil, somando os dois lados) valem mais que os milhões de mortos nos regimes socialistas/comunistas da União Soviética, China, Camboja, Vietnã e Coréia do Norte. E dá muito mais gente morta que o que conseguiu Hitler.

Ucranianos morreram de fome graças a esse regime que seus professores defendem. Você aprendeu que o maior campo de concentração nazista se chama Auschwitz, certo? E o que sabe sobre Holodomor? Seu professor não te ensinou, acertei? Se não sabe, mais uma vez, a culpa não é sua. Você teve apenas um doutrinador, não um educador de verdade. Sorte que hoje temos o Google, e, filtrando, você pode achar a informação. E Gulag, ensinaram? Não fique triste: nem eu aprendi isso na escola. Aprendi fora dela, por conta própria ou com ajuda de amigos.


E que bom Felipe, que você teve a curiosidade de procurar. Nem todos tem. A maioria prefere engolir tudo que lhes é ensinado.


Os "professores" que temos hoje empanturram os educandos de ranços ideológicos. Compare tudo que eu disse acima. Eles ensinam um lado da moeda apenas. Pergunte-se: por quê?

Pense, questione os métodos. Enxergue que se os "professores" dizem que as ideias a eles opostas devem ser questionadas, entenda que o inverso também deve ser feito. Se eles são os relativizadores, devem também sentir o peso da relativização de suas ideologias pasteurizadas em forma de ensinamento.

[Comentário do Editor:] Já a postagem da professora Amana acabou lhe causando um desfecho apropriado. Ao tomar conhecimento da postagem infeliz o Colégio onde a professora tentava doutrinar seus alunos emitiu a seguinte nota:

Colégio Alpha Objetivo NOTA DE REPÚDIO:

  No último final de semana, o Colégio Alpha tomou conhecimento de um texto, vinculado às redes sociais de nossa Instituição. Este texto vai contra tudo que acreditamos, ferindo a ética, a moral e a educação como um todo. Não compactuamos com tal postura. Por esta razão, já foram tomadas todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis. O Colégio Alpha agradece a preocupação daqueles, que junto conosco, buscam uma educação de qualidade, vinculada ao respeito e amor à profissão docente e aos nossos educandos.

A professora não faz mais parte do corpo docente do Colégio Alpha. Foi demitida.

Agora a professora poderá buscar a felicidade vendendo seus desenhos. Embora a ideia de ganhar dinheiro vendendo algo para ser mais feliz nos pareça coisa de pequeno burguês. Mas Oxalá ela consiga isso. Que seja bem feliz longe das salas de aula. Assim teremos a certeza de que será menos uma doutrinadora deturpando a mente de nossos jovens com as ideias mofadas e métodos pedagógicos falidos que atrasam a educação desse pais há 30 anos.

"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)