Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

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terça-feira, 4 de abril de 2017

Samora de Miranda: A religião sem Deus

A religião sem Deus

Imagem: Google Imagens

Sempre me causou espécie o empenho dedicado pelos marxistas ao combate às religiões, haja vista a perseguição ao Cristianismo nos países do Leste Europeu à época dos "Regimes da Cortina de Ferro" ou aos Budistas Tibetanos pela República Popular da  China.

Os socialistas marxistas-leninistas atribuem à História um sentido (materialismo histórico-dialético), o qual foi revelado por um "profeta" (Karl Marx) por meio de livro dogmático (O Capital) cuja concretização assegurará um "paraíso" (comunismo) na Terra e um "novo homem". Na busca da realização do dogma, produziu novos profetas (Lênin, Stalin, Mao Tse Tung, Pol Pot, Fidel Castro) e até mesmo mártires (Che Guevara ou Salvador Allende). A despeito da tragédia prática ocorrida nos países que adotaram a ideologia, seus militantes ainda creem na "verdade revelada", pois o "autêntico socialismo" (seja lá o qual for o significado da afirmação) ainda não houve. Ou seja, evidente conceito de "Advento".

Enfim, o socialismo utiliza todos os elementos caros à religião. É uma religião materialista, isto é, uma religião sem Deus. Não é a toa que Karl Marx afirmava serem as igrejas o "ópio do povo". Afinal, seu credo com elas compete.

De igual modo, é justamente por essa razão que João Paulo II combateu a "Teologia da Libertação", pois o Cardeal Wojtyla viveu na pele o credo socialista em sua Polônia natal.

Ademais, as denominações religiosas constituem instituições com ritos e dinâmicas particulares. Logo, não sujeitas ao controle das diretrizes emanadas pelo comando do "Partido". Portanto, um foco permanente de possível questionamento à hegemonia almejada pelos marxistas.

Assim, a desestruturação das diversas "Igrejas" teria uma dupla função para os adeptos do marxismo: "despertar a consciência de classe" do proletariado para acelerar o "curso da História" e anular preventivamente eventual foco de contestação ao futuro regime.

terça-feira, 28 de março de 2017

Novo Colunista: Samora De Miranda Teodoro "O ato (falho) de Ciro"

Apresento no Shogunidades um novo colunista, para reforçar com brilhantismo a equipe deste blog.
Com vocês a estréia de Samora De Miranda Teodoro

"O ato (falho) de Ciro"

Se uma imagem vale mais do que palavras, como diz o ditado, imagine um vídeo! Nele vemos Ciro Gomes fazendo o que faz de melhor: fanfarronice!

Afirma ter dado conselhos a ex-Presidente para evitar o impedimento. Ironiza ex-aliados políticos. Invoca participação na elaboração da Constituição (esse é o maior mistério! Ciro Gomes não foi deputado constituinte, mas diz que "rascunhou" os contornos da Constituição).

Contudo, o que merece toda a atenção é a sua afirmação sobre a necessidade dos políticos partirem para o confronto contra o Poder Judiciário e Ministério Público.

Nesse particular, ganha relevo a frase: "Esse Moro resolveu prender um blogueiro (sic). Ele que mande me prender. Eu recebo a turma dele toda na bala, se não tiver cometido nada errado."
É um show de equívocos sem fim. Em primeiro lugar, o "blogueiro" foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento. É diferente de prisão.

Em segundo lugar, me impressiona o fato de um pretendente ao cargo máximo da nação afirmar sem qualquer destemor a intenção deliberada de não só descumprir eventual decisão judicial, como evitá-la através do uso de violência. Nesse sentido, vale dizer que Ciro efetuaria disparos contra policiais federais, uma vez que estes exercem a função de polícia judiciária da Justiça Federal. Se efetivasse o que afirmou, já vislumbro condutas que o enquadrariam em dois ou três crimes.

Se não bastasse isso, me chamou a atenção a expressão "se não tiver cometido nada errado". Ou seja, incumbiria a ele aferir a própria conduta e não aquele a quem a Constituição conferiu o exercício da função, isto é, o Poder Judiciário. Ciro Gomes é o único legitimado a avaliar suas próprias ações. Constituição e leis são para os outros não para o integrante do "clã Gomes".

Político que iniciou sua carreira no partido da ditadura militar (Arena), depois vestiu a plumagem de "tucano moderno" (PSDB), candidato franco-atirador pelo PPS. Mais adiante tornou-se socialista conduzido pelo finado Eduardo Campos (PSB), sendo que ao final brigou com aquele e bandeou-se para o minúsculo (PROS). Por fim, filiou-se ao PDT para candidatar-se a Presidência em 2018. Ou seja, sua atual encarnação é o neobrizolismo.

Todavia, por suas declarações fica evidente a real "pele" de Ciro Gomes. Não passa de mais um "Coroné" nordestino. Daqueles que lemos em livros de Jorge Amado ou assistimos em novelas globais. Banco o "machão" e desafia as leis e as instituições. Sequer passou pela cabeça do entrevistado que eventual decisão desfavorável pode ser impugnada por meio de recurso ou até mesmo habeas corpus. Não, a solução é atirar contra policiais que cumpririam decisão judicial.



PS: É espantoso que diante de tudo isso, o "jornalista" Luis Nassif aquiesça com tudo e não contradite o entrevistado. Mas o que esperar da blogosfera financiada com dinheiro do PT...

PS2: Creio que a esquerda entrará em parafusos. Afinal, um dos seus próceres defende o uso de armas de fogo! Mas a esquerda não é desarmamentista? Escolha de sofia: optar pela defesa de Ciro ou pela defesa do desarmamento?

"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)