Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quem não deve não teme: Índios põem ratazanas do congresso para correr



Maravilhoso!!!

Bem feito, finalmente alguém colocou esses ratos no seu devido lugar. coube ao índio o cidadão original desta terra fazer aquilo que a sociedade "civilizada" não faz!!!



O dia em que o plenário tremeu. Hoje, quando os índios furaram o cerco dos seguranças e invadiram o espaço dos deputados, um ar de perplexidade e medo tomou conta de quem estava ali.

Mas para quem acompanha a luta, naquele momento, os povos indígenas puderam finalmente levar a sua indignação ao lugar certo. Foi naquele mesmo plenário que os ruralistas desfiguravam o Código florestal e já se preparavam para dar mais um golpe, agora aprovando a famigerada PEC 215 que tira do Executivo e passa para o Congresso Nacional a prerrogativa de criar e de alterar as terras indígenas, dos quilombolas e áreas de proteção ambiental. Dessa vez o tiro saiu pela culatra e agora a sociedade poderá acompanhar cada passo dessa terrível manobra!

Já neste vídeo podemos ver o desespero das ratazanas, em especial o desespero do deputado Francisco Escórcio (PMDB-PA). Possivelmente com medo de serem linchados pelos indígenas. Quem não deve não teme!


Um dia inesquecível, que deveria entrar para a história!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Aldeia Maracanã: Todos os lados da questão.

Post Atualizado:



Em 2006, um grupo de índios ocupou um prédio abandonado com um gigantesco valor histórico para a luta indígena no Brasil, e transformaram-no em um centro auto-gerido compartilhado por mais de 17 etnias e 150 índios que sobrevivem da venda de artesanato no local (Ao contrário do que muitos dizem eles não são vagabundos, vivem do que produzem).

Esse prédio, que o antropólogo Darcy Ribeiro transformou em Museu do Índio, é símbolo da preciosa história dos povos indígenas. O museu foi transferido para o bairro de Botafogo, mas o prédio continuou abandonado até que povos indígenas de 17 etnias diferentes decidiram ocupar o local devido a sua importância para a luta indígena no Brasil. Desde então, o local se transformou em um espaço para reunir diferentes culturas no coração do Rio.

Do outro lado da história os moradores, frequentadores e praticantes de esportes do entorno do estádio afirmam que o local estava degradado a anos, (e é verdade) que a obra pode significar uma revitalização dessa região. Que além de ter o maior estádio do pais e um centro poliesportivo, também é um corredor de ligação entre o centro e a Zona Norte.

Incompreensivelmente, o governador e o prefeito do Rio planejaram discretamente demolir o prédio para aumentar a área de circulação em torno do Maracanã para a Copa, um evento que dura um mês!
Correndo contra o tempo para entregar a cidade "limpa" que a FIFA exige para a Copa do Mundo, o governo estadual decidiu despejar os índios e demolir o prédio para "melhorar a mobilidade em torno do estádio". Os próprios órgãos técnicos do governo e até a FIFA disseram que essa medida é desnecessária, mas o prefeito, e o governador Sérgio Cabral, parecem não se importar com o valor do tesouro mais rico do Brasil: nossa diversidade cultural.

Nota-se claramente que as prioridades do governo são diferentes da boa parte da população, porém há quem apoie a derrubada do prédio. Há de grande parte das pessoas que residem na região o desejo de ter aquela área degradada revitalizada. (Como contribuintes que pagam os impostos, que em tese serviriam para cuidar dessa área importantíssima da cidade, não há como recrimina-los).

A questão é a forma anti-democrática e ilegal com que o governo do estado está conduzindo o caso. Pretendendo agora dar o lugar de bandeja pro Nusman construir um museu olímpico, com o nosso dinheiro.

Enfim, de minha parte estou com os índios, no que se refere ao respeito à sua cultura e a forma como querem viver. Por outro lado concordo que se o prédio não é tombado e não há projetos e nenhum interessado em bancar o local, talvez derruba-lo seja a melhor medida, isso enxergando pelo prisma dos moradores da região. Aí eu pergunto, onde estão as ONGs que adoram posar de protetores dos índios? Ninguém apresentou um projeto para captar recursos que façam o museu do índio se sustentar sem o dinheiro público. Está claro que o governo não irá por um centavo que não seja para derrubar o prédio. Alguém aí se lembra do que aconteceu com o Canecão?

Se for para a aldeia Maracanã ser um novo Canecão abandonado talvez seja melhor derrubar o prédio do antigo museu e alocar os indígenas para um local digno, onde possam viver e sobreviver à sua maneira. (Dúvidamos de tal gesto, conhecendo o governador. É mais possível que o caso se torne um novo Pinheirinho, onde muitos estão até hoje desalojados e esperando ajuda do governador de São Paulo).

Apresentem um projeto, algo que faça da aldeia Maracanã ser sustentável, sem necessidade de dinheiro público, que agregue valor cultural e turístico à região. Não apenas um "favelão tribal" à sombra de uma ruína abandonada pelo governo.

Caso não tenham um projeto, caso não seja possível vencer pelas formas legais. Eu torço apenas para que tudo seja resolvido sem o uso de truculência já tão comum neste governo fascista. E que aqueles manifestantes que estão lá protegendo os Índios antes de iniciarem qualquer provocação à policia se lembrem que ali estão famílias, não estudantes marxistas com fetiche de apanhar de policial. Existem 'n' formas de se lutar sem incitar gente desarmada a enfrentar a policia.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Antigo Museu do Índio será derrubado para construção de lanchonete anexa ao Maracanã - FIFA agradece.



Fonte: Jornal do Brasil.

A presidente do TRF2, desembargadora federal Maria Helena Cisne, cassou duas liminares que impediam a demolição do prédio onde funcionou o Museu do Índio de 1910 até 1978, bem como proibiam a retirada dos índios da "Aldeia Maracanã". O edifício, que ocupa área de cerca de mil e seiscentos metros quadrados na zona norte da capital fluminense , está desativado há 34 anos. O governo estadual do Rio de Janeiro pretende usar a área para atender exigências da FIFA, órgão internacional que regulamenta as entidades federativas de futebol. O objetivo é garantir as adequações necessárias do estádio do Maracanã para receber os jogos da Copa das Federações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014.
As liminares haviam sido concedidas pela primeira instância da Justiça Federal a pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que ajuizara duas ações civis públicas. Segundo informações dos autos, no terreno do antigo museu viveriam cerca de vinte índios de diversas etnias, que estariam instalados em casebres.  O mérito das ações ainda será julgado pela primeira instância.
Para a DPU, a derrubada da construção centenária, sem a prévia investigação do seu valor cultural e arquitetônico, "pode trazer prejuízo inestimável à coletividade".
Alertas, preocupados, sem dormir, e dispostos a tudo. Assim estão os índios da Aldeia Maracanã, vizinha ao Estádio Mario Filho, depois que a presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargadora federal Maria Helena Cisne, cassou duas liminares que impediam a demolição do prédio onde funcionou o Museu do Índio de 1910 até 1978, bem como proibiam a retirada dos ocupantes do imóvel.
"Na última sexta-feira, e no sábado, começaram a quebrar os muros do terreno. Afastado aqui da Aldeia. Mas já no terreno. O clima está tenso. Estamos dispostos a qualquer coisa, inclusive a não sair daqui vivos", disse Afonso Aporinã, um dos líderes da Aldeia Maracanã, onde haverá uma reunião aberta ao público para organizar a resistência.
Com medo de que a partir da decisão do TRF-2 o governo do Estado tente retirá-los da área neste feriado prolongado, os índios prometem reagir e ficar em estado de sentinela.




Comentário: 
Eu não sou do tipo que defende patrimônio tombado. Considero uma perda de tempo tombar prédios sem relevância histórica  onde na maioria das vezes os proprietários não conseguem manter conservados. E não serão ajudados pelo mesmo governo que os tombou.

A casa na Rua Ceará onde ficava o famoso Garage é um desses exemplos.

Acho que boa parte do Centro; Praça 11 e Estácio deveriam ter o tombamento cassado, pagar indenizações ao proprietários para derrubar e construir apartamentos populares.

 Mas quando você vê que o projeto para justificar a destruição do antigo prédio do Museu do Índio é somente para construir uma LANCHONETE para agradar a dona FIFA. É de se revoltar. Sem mencionar que existe uma comunidade que tenta viver de acordo com a cultura indígena.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Índios Guarani-Kaiowá anunciam suicídio coletivo no Mato Grosso do Sul




Sinto muito informa-los, (para aqueles que sabem, é claro) mas Kaiowas não é apenas uma musica instrumental do Sepultura numa fase rejeitada por muitos fãs. O assunto é sério e merece nossa atenção e horror diante dos fatos narrados a seguir.

Fonte: torturanuncamais-rj.org.br
Uol, Epoca

A população Indígena das Américas foi quase liquidada pelos conquistadores europeus. Em poucas décadas, o número de indígenas que restava na América Espanhola caiu a 10% do que foi na Descoberta. No Brasil, os 6 milhões de nativos viram-se reduzidos a 240 mil de agora, através de um genocídio lento e não menos cruel do que o da colônia espanhola. Hoje, milhares destes descendentes dos antigos senhores das terras brasileiras erram como bugres pela campo, tratando de vender o seu trabalho a qualquer preço, ou terminam mergulhados na vasta miséria das nossas cidades.

O desaldeamento, a marginalização, a morte cultural e a pobreza entre os índios são conseqüência da expulsão e da perda de suas terras. Terras que outrora, antes de serem profanadas pelo Branco e pelo dinheiro, existiam no tempo primordial em que o mundo era sagrado e o índio o celebrava na harmonia de suas vidas e na proliferação de seu saber.

Uma carta assinada pelos líderes indígenas da aldeia Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, e remetida ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), anuncia o suicídio coletivo de 170 homens, mulheres e crianças se a Justiça Federal mandar retirar o grupo da Fazenda Cambará, onde estão acampados provisoriamente às margens do rio Hovy, no município de Naviraí. Os índios pedem há vários anos a demarcação das suas terras tradicionais, hoje ocupadas por fazendeiros e guardadas por pistoleiros. O líder do PV na Câmara, deputado Sarney Filho (MA), enviou carta ao ministro da Justiça pedindo providências para evitar a tragédia.

Na longa agonia da população indígena, o drama do povo Guarani-Kaiowá é um dos mais tristes: vendo seu universo destruído e tendo perdido para sempre o modo verdadeiro e justo de ser Guarani, os Kaiowás resolveram se matar. Nos últimos anos, houve centenas de suicídios entre os Kaiowás que vivem no Mato Grosso do Sul. Verifica-se uma porcentagem de suicídios 25 vezes superior à registrada no resto do País.


O suicídio é o apelo deste povo contra a interdição do seu futura e contra seus dias de miséria e violência. A pobreza entre os Guarani-Kaiowá vem desde os primeiros contatos com os brancos e aumentou com o agravamento dos conflitos fundiários; antigos ocupantes de milhares de milhares de terra do Estado, os Kaiowás tiveram seu território reduzido a 45 mil hectares identificados pela administração federal como áreas indígenas. Nos últimos dez anos, no entanto, foi-lhes tomada a metade dessa área, restando-lhes em grande parte, terras de má qualidade ocupadas por pastagens.

Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.

Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós.  Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para  jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.

Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay



Comentário: Este assunto não está sendo divulgado nos principais meios de comunicação como deveria, mantendo o fato e a verdade oculta. jogado debaixo de um tapete da vergonha, corrupção e total falta de respeito à vida e o direito de viver com dignidade.

O que você pode fazer a respeito? Divulgue, comente com seus familiares, seus amigos, seus colegas, nas redes sociais e em todos os locais possíveis. Deixemos um pouco de lado nossas futilidades, nossa total alienação e inércia para algo importante. Para uma tragédia, um massacre que vem se prolongando por mais de 500 anos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Belo Monte: É a gota D'Água. Atoes da Globo gravam vídeo contra usina de belo Monte

É a Gota D' Água +10 from Movimento Gota d' Agua on Vimeo.


Muitos (esquerdinhas) vão chiar que o vídeo é composto por artistas da globo e mimimi, outros pseudo-intelectuais governistas irão dizer que é alguma tramoia do PIG. Mas o vídeo é magnifico, na sua edição. Levanta diversos pontos, mas deixa a dever no que deveria ser seu ponto principal que é a remoção dos ribeirinhos e dos indígenas para lares dignos. Algo que NUNCA acontece de fato.

É sempre bom lembrar que o PSDB é a favor de Belo Monte.

OBS: Pra que tirar o sutiã, Maitê? Desnecessário.

Se por um acaso nada do que foi dito é motivo o suficiente para te convencer; que tal assistir esse que, pra mim, é bem mais significativo:




Mudou de idéia?

Assine a petição:

sábado, 15 de outubro de 2011

Belo Monte, um crime! (Vídeo)




Cenas gravadas na Aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto/Jarina, entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro de 2009. Nesse período, os ministros do Meio Ambiente e Minas e Energia foram convidados a ir ao Xingu para discutir os impactos da obra de construção da usina de Belo Monte na região. Se concretizado, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo e vai causar impacto mais de 9 milhões de hectares de floresta, uma área equivalente a duas vezes a cidade do Rio.

"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)