Por Kajotha Medeiros,
Estamos no apagar da luzes de 2014. Essa coluna, por exemplo está sendo escrita no fim do feriado do Natal e quando, você leitor amigo, estiver lendo estas mal traçadas linhas, provavelmente estaremos celebrando 2015 ou perto disso, E esse período é sempre destinado a reflexões, resoluções para o ano que virá e inventário dos erros e acertos para entrarmos de forma positiva no ano que virá. Bem, dentre minhas avaliações, não poderia ficar de fora questões políticas (assunto que me interessa bastante), portanto, fechei o ano com uma leitura que faz um balanço do país e do que podemos esperar ou reivindicar para, não só 2015, como os próximos anos que virão. Essa é a dica da semana: O Mito do Governo Grátis.
O autor do livro, Paulo Rabello de Castro, é doutor em economia pela Universidade de Chicago e nome respeitado aqui no país. Sua obra traz, de maneira clara e simples, como funciona um governo assistencialista – ou como ele chama, governo grátis – e de que forma o cidadão comum pode se proteger e fazer com que isso pare de acontecer em seu país.
O Mito do Governo Grátis
Com um texto envolvente e de fácil compreensão até mesmo para quem nunca estudou economia na vida (o meu caso, por exemplo) vamos percebendo como aqui no Brasil caímos nesse armadilha, além de mostrar exemplos de outros países de vários continentes que adotam ou adotaram essa prática. E isso é um dos pontos positivos do livro. Paulo não se prende só ao país e acusa suas falhas, o autor apresenta exemplos de países com culturas histórias diferentes mas que caíram na mesma armadilha estatal.
Da mesma forma que mostra os erros de outras nações, o economista tem o cuidado de mostrar os acertos de outros povos que em algum momento de sua trajetória se deixou levar pelo assitencialismo perdulário, porém soube virar o jogo e recuperar as finanças de suas terras trazendo avanços econômicos e sociais. É interessante isso porque mostra que é possível reverter uma situação adversa por mais que a economia de um lugar esteja desarrumada.
Percebam que a obra é divida, primeiro explica o que é governo grátis, depois como o Brasil se enquadra nesse perfil. Depois apresenta países com a mesma postura e outros que resolveram o problema. Ou seja, ele mostra o quadro completo trazendo o problema e possíveis soluções. No fim, ele ilustra uma série de medidas simples que poderiam de uma maneira eficiente nos livraria desse mal que atrapalha tanto o avanço e a melhora de vida dos brasileiro.
E essa é a minha dica para essa virada de ano. Um livro esclarecedor, que vai levar você a refletir sobre seu papel como cidadão e, principalmente, qual deverá ser sua reivindicadão por um brasil mais justo e avançado. Ajudará até mesmo a rever seus ideais políticos e sociais. Desejo a todos os leitores dessa coluna boas festas, um ano de 2015 repleto de alegria, sucesso e realizações e muita leitura para todos.
Um abraço.
Publicado originalmente: http://vistolivre.xpg.uol.com.br/2014/12/o-mito-governo-gratis-uma-solucao-para-os-problemas-pais
Millor Fernandes:
Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.
Mostrando postagens com marcador Kajotha Medeiros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Kajotha Medeiros. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
O Letreiro Digital: Hayek e o "Caminho da Servidão – Quando o povo escolhe a escravidão
Por: K.J Negreiros, direto do blog Visto Livre
Deixei para escrever essa coluna depois das Eleições 2014 e de passar por uma ressaca moral com o seu resultado. Não gostei do que aconteceu, não acho que tenha havido clareza, mas oficialmente a escolha da maioria foi essa. Algo que me chamou a atenção nesse pleito foi a mobilização das pessoas em discutir política, mas será que esse debate foi construtivo, ou pautado por paixões exacerbadas? E esses debatedores já leram ou estudaram as ideologias que defendem? Bem, como educador levo meus alunos a isso e como cidadão procuro fazer o dever de casa, e o livro da semana é para aqueles que querem conhecer a fundo propostas diferentes do que fomos levados a acreditar no nosso país. Vamos a ele.
Escrito em 1944 por Friedrich Hayek, economista austríaco ganhador do Nobel de economia em 1974 e que foi nome de grande importância na educação, política, psicologia e Direito, é uma das principais obras do liberalismo. Nele, o autor mostra os caminhos adotados pelos governos coletivistas e de discurso progressista e socialista para o controle do Estado e total domínio sobre a sociedade. Através de uma comparação do livre mercado adotado na Inglaterra e as políticas socialistas adotadas na Itália e Alemanha no fim do século XIX até a ascensão do Nazi-Fascismo, Hayek faz uma linha temporal e concordante, mostrando como essas ideias de cunho social tendem, inevitavelmente, a um regime totalitário e ditatorial.
Com uma linguagem de fácil compreensão, a obra pode ser lida tanto por alguém ligado a Economia quanto ao leitor comum interessado em saber todos os pontos de vista sobre o assunto. Obra relevante para mostrar como agem os governos através de suas reais intenções e como as nações devem agir para garantir o crescimento do país e enriquecimento do seu povo, O Caminho da Servidão deve ser leitura obrigatória em todas as esferas sociais.
Infelizmente o livro é pouco conhecido fora dos meios acadêmicos e mesmo nos cursos de formação dos principais formadores de opinião, os professores, é completamente ignorado. E a razão disso tudo é o fato de que ser de esquerda no Brasil sempre foi glamourizado, outorgava sempre um ar de intelectualidade e ainda é comum ver, apesar de todos os desastres causados por essa variante política nos últimos noventa anos, pessoas ditas cultas ostentando seus Manifestos Comunistas e obras afins.
Mas, acredito eu, que a única maneira de se conhecer e discutir política e impedir que coisas como o que ocorre na Argentina e Venezuela aconteçam aqui é disseminar cada vez mais livros com ideias novas e relevantes e todos fazerem o dever de casa que é conhecer as reais intenções dos que estão e não querem largar o poder. Então esta é a dica (mais um desabafo) da semana, O Caminho da Servidão, até a próxima e que venham os próximos quatro anos. Que Deus nos proteja.
Kajotha Negreiros, é professor, blogueiro e um apaixonado por livros
Deixei para escrever essa coluna depois das Eleições 2014 e de passar por uma ressaca moral com o seu resultado. Não gostei do que aconteceu, não acho que tenha havido clareza, mas oficialmente a escolha da maioria foi essa. Algo que me chamou a atenção nesse pleito foi a mobilização das pessoas em discutir política, mas será que esse debate foi construtivo, ou pautado por paixões exacerbadas? E esses debatedores já leram ou estudaram as ideologias que defendem? Bem, como educador levo meus alunos a isso e como cidadão procuro fazer o dever de casa, e o livro da semana é para aqueles que querem conhecer a fundo propostas diferentes do que fomos levados a acreditar no nosso país. Vamos a ele.
Escrito em 1944 por Friedrich Hayek, economista austríaco ganhador do Nobel de economia em 1974 e que foi nome de grande importância na educação, política, psicologia e Direito, é uma das principais obras do liberalismo. Nele, o autor mostra os caminhos adotados pelos governos coletivistas e de discurso progressista e socialista para o controle do Estado e total domínio sobre a sociedade. Através de uma comparação do livre mercado adotado na Inglaterra e as políticas socialistas adotadas na Itália e Alemanha no fim do século XIX até a ascensão do Nazi-Fascismo, Hayek faz uma linha temporal e concordante, mostrando como essas ideias de cunho social tendem, inevitavelmente, a um regime totalitário e ditatorial.
Com uma linguagem de fácil compreensão, a obra pode ser lida tanto por alguém ligado a Economia quanto ao leitor comum interessado em saber todos os pontos de vista sobre o assunto. Obra relevante para mostrar como agem os governos através de suas reais intenções e como as nações devem agir para garantir o crescimento do país e enriquecimento do seu povo, O Caminho da Servidão deve ser leitura obrigatória em todas as esferas sociais.
Infelizmente o livro é pouco conhecido fora dos meios acadêmicos e mesmo nos cursos de formação dos principais formadores de opinião, os professores, é completamente ignorado. E a razão disso tudo é o fato de que ser de esquerda no Brasil sempre foi glamourizado, outorgava sempre um ar de intelectualidade e ainda é comum ver, apesar de todos os desastres causados por essa variante política nos últimos noventa anos, pessoas ditas cultas ostentando seus Manifestos Comunistas e obras afins.
Mas, acredito eu, que a única maneira de se conhecer e discutir política e impedir que coisas como o que ocorre na Argentina e Venezuela aconteçam aqui é disseminar cada vez mais livros com ideias novas e relevantes e todos fazerem o dever de casa que é conhecer as reais intenções dos que estão e não querem largar o poder. Então esta é a dica (mais um desabafo) da semana, O Caminho da Servidão, até a próxima e que venham os próximos quatro anos. Que Deus nos proteja.
Kajotha Negreiros, é professor, blogueiro e um apaixonado por livros
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
A pergunta que não quer calar, afinal, Quem é John Galt?
Cedido gentilmente por Kajotha Negreiros.
Do blog Letreiro Digital - Visto livre
QUEM É JOHN GALT?
Quem é o motor do mundo? Quem sustenta a economia? Faz o mundo progredir, cria oportunidades? Que é John Galt? São essas perguntas que a filosofa russa Ayn Rand, radicada nos EUA, tenta desvendar com esse que é um dos livros mais influentes e vendidos (depois da Bíblia) na literatura norte-americana e uma das principais inspirações de liberais e defensores do livre mercado: A Revolta de Atlas.
Confesso que não conhecia a obra quando me indicaram há alguns anos e relutei a começar a ler mesmo sendo uma distopia com características típicas desse tipo de texto e que me agrada muito. Outro fator é que é uma trilogia e minhas prioridades de leitura me fizeram adiar. Como me arrependo. Apesar de pouco conhecida (sua repercussão começou recentemente com o grupo Tea Party e fãs da autora nas redes sociais) a indiscutível sua atualidade e relevância principalmente por levar a uma reflexão do papel dos governos de um modo geral e como esse ano é de eleições por essas bandas nada mais oportuno que tratar desta joia escondida.
A trama gira em torno da luta de Dagny Taggart, vice-presidente da principal ferrovia americana e de Hank Rearden, empresário do ramo metalúrgico e criador de um metal mais leve, barato e resistente que o aço e que leva seu nome. Numa época não identificada, mas que pelos costumes e utensílios cotidianos se passa logo após a Segunda Guerra, ambos tentam manter suas empresas numa luta inglória contra o governo que vai impondo medidas para privilegiar um grupo de empresários ao mesmo tempo que toma medidas populistas em nome do bem comum que em médio prazo se mostram desastrosas e que levam o país a falência.
Nesse cenário, muito industriais com valores e posturas similares aos protagonistas começam a desaparecer ou a se aposentar não deixando paradeiro. Com a economia entrando em colapso, resta aos dois manterem-se firmes na tentativa de não serem engolidos pela máquina estatal e tentarem reerguer a nação. Conforme os mais incapazes e improdutivos vão ocupando o lugar dos que produzem – que também somem a exemplo dos industriais – a situação vai ficando crítica até o colapso total.
Obra máxima de Rand, o livro traz todo o cerne de sua filosofia e visão econômica. Ao mostrar o que acontece com um país quando o governo começa a centralizar tudo em suas mãos, começa a explorar aqueles que produzem para garantir o sustento dos que não tem qualquer interesse em crescer e acha que é obrigação do outro mantê-lo vivo, pinta-se aí o retrato de muitas políticas que aconteceram e vem acontecendo ao redor do mundo.
Em seu texto ela deixa evidente quem realmente carrega em seus ombros a economia e por tabela o progresso de uma nação. Mostra como a imposição de distribuição igualitária é nociva a uma determinada região, haja vista que aqueles que trabalham são obrigados a entregar o fruto do seu esforço aos que nada produzem.
No clímax do livro, toda a filosofia da autora é explicada por John Galt, herói e responsável pela greve dos industriais. Com a frieza da objetividade vai mostrando o que acontece de errado e que leva os EUA a penúria. Nessa explicação de seu intento no fundo temos a voz de Ayn Rand explicando o princípio do individualismo, sua linha filosófica, e mostra como o altruísmo e o discurso de luta de massas e minorias é vazio e propício apenas a privilegiar alguns. Comunicando-se com obras como 1984 e Revolução dos Bichos de Orwell, mostra as artimanhas e articulações de quem está no poder no afã de controlar as massas, manter-se no comando e sugado ao máximo o cidadão comum.
Leitura contundente e relevante, deveria ser leitura obrigatória nas universidades em todas as áreas, principalmente nas que formam empreendedores ou formadores de opinião. Ajudará a clarear a visão de muitos que não veem os absurdos que são cometidos em nome do povo, além de tirar a pele de cordeiro de muitos lobos que temos por aí. Um livro político, atual, que se mostra profético em muitas sociedades é a minha dica dessa semana. Leiam, reflitam e votem conscientes, usem a obra como um guia para não se deixarem levar com discursos bonitos mas que favorecem apenas a algum jogando a grande maioria num abismo de pobreza.
Até a próxima.
Do blog Letreiro Digital - Visto livre
QUEM É JOHN GALT?
Quem é o motor do mundo? Quem sustenta a economia? Faz o mundo progredir, cria oportunidades? Que é John Galt? São essas perguntas que a filosofa russa Ayn Rand, radicada nos EUA, tenta desvendar com esse que é um dos livros mais influentes e vendidos (depois da Bíblia) na literatura norte-americana e uma das principais inspirações de liberais e defensores do livre mercado: A Revolta de Atlas.
Confesso que não conhecia a obra quando me indicaram há alguns anos e relutei a começar a ler mesmo sendo uma distopia com características típicas desse tipo de texto e que me agrada muito. Outro fator é que é uma trilogia e minhas prioridades de leitura me fizeram adiar. Como me arrependo. Apesar de pouco conhecida (sua repercussão começou recentemente com o grupo Tea Party e fãs da autora nas redes sociais) a indiscutível sua atualidade e relevância principalmente por levar a uma reflexão do papel dos governos de um modo geral e como esse ano é de eleições por essas bandas nada mais oportuno que tratar desta joia escondida.
A trama gira em torno da luta de Dagny Taggart, vice-presidente da principal ferrovia americana e de Hank Rearden, empresário do ramo metalúrgico e criador de um metal mais leve, barato e resistente que o aço e que leva seu nome. Numa época não identificada, mas que pelos costumes e utensílios cotidianos se passa logo após a Segunda Guerra, ambos tentam manter suas empresas numa luta inglória contra o governo que vai impondo medidas para privilegiar um grupo de empresários ao mesmo tempo que toma medidas populistas em nome do bem comum que em médio prazo se mostram desastrosas e que levam o país a falência.
Nesse cenário, muito industriais com valores e posturas similares aos protagonistas começam a desaparecer ou a se aposentar não deixando paradeiro. Com a economia entrando em colapso, resta aos dois manterem-se firmes na tentativa de não serem engolidos pela máquina estatal e tentarem reerguer a nação. Conforme os mais incapazes e improdutivos vão ocupando o lugar dos que produzem – que também somem a exemplo dos industriais – a situação vai ficando crítica até o colapso total.

Em seu texto ela deixa evidente quem realmente carrega em seus ombros a economia e por tabela o progresso de uma nação. Mostra como a imposição de distribuição igualitária é nociva a uma determinada região, haja vista que aqueles que trabalham são obrigados a entregar o fruto do seu esforço aos que nada produzem.
No clímax do livro, toda a filosofia da autora é explicada por John Galt, herói e responsável pela greve dos industriais. Com a frieza da objetividade vai mostrando o que acontece de errado e que leva os EUA a penúria. Nessa explicação de seu intento no fundo temos a voz de Ayn Rand explicando o princípio do individualismo, sua linha filosófica, e mostra como o altruísmo e o discurso de luta de massas e minorias é vazio e propício apenas a privilegiar alguns. Comunicando-se com obras como 1984 e Revolução dos Bichos de Orwell, mostra as artimanhas e articulações de quem está no poder no afã de controlar as massas, manter-se no comando e sugado ao máximo o cidadão comum.
Leitura contundente e relevante, deveria ser leitura obrigatória nas universidades em todas as áreas, principalmente nas que formam empreendedores ou formadores de opinião. Ajudará a clarear a visão de muitos que não veem os absurdos que são cometidos em nome do povo, além de tirar a pele de cordeiro de muitos lobos que temos por aí. Um livro político, atual, que se mostra profético em muitas sociedades é a minha dica dessa semana. Leiam, reflitam e votem conscientes, usem a obra como um guia para não se deixarem levar com discursos bonitos mas que favorecem apenas a algum jogando a grande maioria num abismo de pobreza.
Até a próxima.
Assinar:
Postagens (Atom)
"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)