Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

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terça-feira, 19 de maio de 2020

EPIFANIAS NO CAFÉ DA TARDE


Nesses mais de dez anos no magistério, desenvolvi duas habilidades que me ajudam muito a compreender o que acontece ao meu redor: a capacidade de ver um panorama geral e mapeá-lo nos detalhes e a capacidade de me aprofundar em algo e condensá-lo para transmitir aos demais. E é isso que tenho feito nesses 63 dias de quarentena (escrevo esse texto no dia 19 de maio, já estando em casa desde o dia 16 de março): observar e processar.

O que passei a observar – acompanhado de estudos feitos nos momentos em que não estou trabalhando nem tentando me entreter para não entrar em paranoia – foi basicamente o comportamento dos meus pares (professores), das pessoas comuns em relação a esse confinamento e a conduta do nosso maluco em exercício, Jair Messias. E cheguei a algumas conclusões a partir desses meus devaneios, na verdade, a uma conclusão, que passa invariavelmente pelo mesmo causador: a falta de educação – aqui no sentido acadêmico mesmo – brasileira e seu pouco apreço pelo Conhecimento. Mas, vamos por partes.

A primeira coisa que me chamou a atenção, logo nas duas primeiras semanas de fechamentos de toda ordem no Brasil (as escolas foram as primeiras a fechar), foi o despreparo e desespero da grande maioria dos professores em se adaptarem a essa realidade. Por que me chamou a atenção? Explicarei de forma sucinta: há alguns anos, as escolas privadas – de médio e grande porte em sua maioria e as pequenas em menor escala – adotam plataformas online (chamadas AVA – ambientes virtuais de aprendizado) entendendo que essa geração tem uma relação quase simbiótica com tecnologias móveis e é uma maneira de estender o conteúdo da sala de aula para fora do ambiente escolar. Além disso, há uma profusão de plataformas como essas, mas gratuitas; sem contar que nos currículos de formação de professores –seja graduação ou extensões – o domínio dessas ferramentas se faz presente.

Bem, onde quero chegar: a despeito de estarem disponíveis há pelo menos uma década, a despeito de estarem no currículo da formação docente, a despeito de já serem adotadas em muitas escolas, o que se viu foi um despreparo absurdo por parte dos docentes (antigos ou jovens) que, via de regra, deveriam ensinar aos alunos autonomia e prepará-los para a realidade. O que se viu foi a esmagadora maioria dos profissionais de ensino recusando-se a aprender novas tecnologias aplicáveis ao seu trabalho e que prepararia seus alunos para o mercado de trabalho ignorando o seu aprendizado nesses últimos anos devido a uma visão ludista dessas ferramentas. E o resultado foi a profusão de profissionais endossando o discurso de que o ano letivo deveria ser suspenso, que isso era ruim e contraproducente, que dessa forma só dariam conteúdo (!?) e dando razão aos pais que se recusavam a cumprir com sua obrigação de progenitores que é: educar seus filhos. E mesmo depois de adaptados, muitos desperdiçam a oportunidade de estarem em casa para se aprimorarem através de cursos gratuitos online disponíveis (considerando que a alegação de não se aprimorarem é a falta de tempo e recursos).

Daí parto para outra observação: o comportamento de pais que bradam que não se importam que seus filhos percam o ano letivo, que criticam as escolas por estarem criando meios de cumprirem com seu papel social. Essas pessoas apresentam o mesmo tipo de egoísmo e ignorância daquelas que saem sem máscara, que não se importam ou fazem pouco caso da pandemia, que são incapazes de compreender comandos simples ou, ainda, como bons palpiteiros, debatem até mesmo o uso de procedimentos ou medicamentos como se especialistas fossem.

Essas pessoas não estão preocupadas com seus filhos na verdade, apenas não querem ter trabalho ou ignoram a importância de se criar uma rotina para a criança em tempos de isolamento, não pesquisam ou tentam entender como é importante emocionalmente para os pequenos ter um senso de normalidade numa situação como essa. Assim como o outro exemplo, que não tem a real noção do quão grave é essa pandemia e faz troça, típico daqueles que ignoram as coisas mais básicas; são os que têm pouca capacidade cognitiva para compreender comandos simples e agir para a própria segurança. Assim como os professores citados acima, que são incapazes de usar uma ferramenta intuitiva ou entender uma frase simples de uma instrução, essas pessoas são incapazes até mesmo de entender como se usa uma máscara cirúrgica.

E esse comportamento típico de pessoas com baixa cognição ou baixa capacidade de reflexão é observado no nosso chefe de estado. Bolsonaro é o reflexo do brasileiro comum; todos nós temos um tio ou um vizinho com o mesmo perfil: tacanho, grosseiro, visão limítrofe, desdenhoso com quem sabe mais do que ele e ignorante aos preceitos mais básicos de civilidade. E esse perfil é refletido nas declarações e posturas dele como o pouco caso ao fazer piada enquanto se contabiliza dezenas de milhares de mortes de Covid-19, a irresponsabilidade de politizar uma tragédia pandêmica, impor sua vontade acima de especialistas, et reliqua. Ele, como os citados acima, ignora a ciência, despreza o conhecimento, não é capaz de compreender conceitos básicos e despreza as regras de civilidade ou, no seu caso, da liturgia do cargo que ocupa.

Mas como tudo isso se relaciona, irão me perguntar: simples, tudo é fruto de mais de 60 anos de deseducação no Brasil. O que faz com que tenhamos um povo como o nosso, que tenhamos presidentes como o Lula, a Dilma e Bolsonaro, que tenhamos professores que defendam a suspensão do ano letivo e aplaudam pais que se recusam a educar seus filhos é todo um histórico de práticas pedagógicas adotadas no país que desprezam o Conhecimento e adotam pedagogias que abraçam ideais igualitário e progressistas. São décadas de um programa de ensino que visa a formar professores, ano após ano, que preferem formar cidadãos críticos analfabetos funcionais a formarem cidadãos capacitados a ingressarem no mercado de trabalho e se tornarem autônomos (sim, já ouvi isso de um professor). É mais de meio século formando profissionais de ensino que abrem mão da pesquisa séria e racional e da busca pelo Conhecimento para legitimarem suas visões subjetivas e ideológicas.

E isso tudo, depois de todos esses anos de (intencional) formação precária dos profissionais de ensino, de formação de professores que deveriam abraçar o Conhecimento e sua busca como um credo (mas que o rejeita), depois de jogar em salas de aula essa turba de néscios com diploma, o que se vê é toda uma nação – independentemente da idade – no total vazio moral, na total ignorância, na plena incapacidade cognitiva. E essa população de homens-massa (para usar um termo de Ortega Y Gasset) acabam por eleger um dos seus, ano após ano, independentemente do que acreditem, na esperança de que o mentecapto em chefe possa guiá-los a um futuro promissor. E essa, senhores, é a nossa real tragédia: sermos neandertais em meio à civilização ocidental.

Kleryston Negreiros é professor de Língua Portuguesa da rede privada de ensino do Rio de Janeiro e especialista em Gestão educacional.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Vai gastar o seu dinheiro, vagabundo!

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Não me surpreende algo tão escroto e preconceituoso. Faz tempo, ainda na juventude, que eu entendi bem a mentalidade do esquerdista de classe media de apartamento. Aquele que acha que pular catraca é ato revolucionário mas não doa um minuto do seu tempo útil, na pratica; fazendo algo por alguém.

Isso exemplifica bem a mentalidade tacanha, arrogante e autoritária do esquerdista médio. A defesa do pobre e do trabalhador é só uma desculpa para se colocarem num pedestal moral contra quem quer seja contrario às suas ideias. Mas na prática isso aqui é a verdadeira face deles.

Tem vários filhinhos de papai assim no foicebook e nas outras redes sociais, bravos guerreiros atrás da tela do computador, ma suma nulidade humana no mundo real. Não trabalham, não estudam (e se estudam é pra passar num concurso e virar parasita), vivem cagando regra com o dinheiro dos outros ou querendo que o estado cuide do NOSSO dinheiro. Pois agora irei cagar regra sobre vocês também..

 Querem ajudar os pobres e os trabalhadores? Tenham uma atividade realmente produtiva, TRABALHEM, criem empresas e principalmente GASTEM O SEU DINHEIRO!! Essa é a única obrigação moral que o rico ou o cidadão de classe média alta tem: GASTE A PORRA DO SEU DINHEIRO, viaje, saia com os amigos, vá jantar, transe, pague um motel e dê boas gorjetas, gere empregos filha da puta!

Ficar no facebook defendendo político ou partido que FUDEU O PAIS não ajuda ninguém, seu merda!

terça-feira, 4 de abril de 2017

LINGUAGEM – A TRANSCEDÊNCIA DA REALIDADE

Por Kleryston Negreiros
Faz alguns meses, um episódio acontecido comigo em sala de aula ficou retinindo em meu pensamento e me levou a algumas ideias sobre o modo como as pessoas vêm interpretando os fatos e as palavras.

A situação foi a seguinte: numa aula de produção de texto, uma professora de Língua Portuguesa pediu para ser ouvinte. Como a uma colega e está iniciando a carreira, não vi problema em deixá-la assistir. Num dado momento, a mesma puxou uma discussão e fez uma relação entre abandono do filho pelo pai com aborto, usando inclusive o termo “aborto paterno” (o que é uma expressão vazia de sentido e lógica). Quando atentei para a incoerência da afirmação dela e como o termo era nonsense – apelando para a etimologia da palavra – escuto dessa professora a seguinte frase: vamos deixar de lado a etimologia e focar no drama social.

Num primeiro instante fiquei escandalizado com essa afirmação, mas logo após o episódio e refletido sobre ele vi total coerência e sentido no que ela disse. Não que sua afirmação estivesse correta, não estava, a coerência que vi foi contextual. Ela, uma jovem recém-formada num curso de licenciatura em Letras numa universidade pública do Rio de Janeiro, não seria diferente que ela pensasse assim. Considerando o cânone em instituições públicas e privadas desse país, é natural que ela ignore deliberadamente, para justificar uma ideologia e seu argumento caber num discurso social sem sentido, deturpe certos preceitos e sentidos reais das palavras. E que preceitos são esses? É o que quero dividir com os leitores desse blog.

O processo de linguagem é a transcendência da realidade. É através dela que descrevemos o mundo natural e real e o levamos para o mundo das abstrações, o que permitiu nossa evolução, já é sabido, inclusive, que a crença de que o pensamento origina a linguagem está errado, na verdade, a linguagem é que forma o pensamento e quanto maior o domínio do indivíduo sobre ela, maior sua capacidade de reflexão e pensamentos complexos.

E isso já era reconhecido ainda na Idade Média, quando foi desenvolvido o Trivium. Já nessa época, quem se propunha a estudar as artes liberais, tinha que estudar a lógica (aplicada a linguagem primeiramente) para depois aprender a gramática e aí a retórica. Esse encadeamento fazia com que o falante tivesse um profundo entendimento da língua latina (a corrente e erudita) e a sua língua nativa e, por conseguinte, um profundo entendimento do mundo que o cercava.

Porém, isso se perdeu no tempo e o que ocorreu foi que a cada século, principalmente a partir do XIX e maciçamente no XX, a lógica foi sendo retirada cada vez mais do estudo de linguagens e de maneira deliberada houve o empobrecimento do ensino de idiomas, que acarretou o fenômeno que temos hoje: a total incompreensão de conceitos básicos, a nulidade em estabelecer uma simples relação de causa e efeito ou mesmo compreender o sentido mais simples ou uma regra óbvia de gramática. E por que isso aconteceu?

Bem, foi algo deliberado. Qualquer estudante mediano de Letras aprende na graduação que a primeira forma de dominação é a da linguagem, o Império Romano, ao dominar um povo, a primeira coisa que fazia era impor o Latim como língua oficial e proibia o uso da língua local. Além disso, formava pelotões com nativos de regiões distintas ou fazia com que soldados servissem a quilômetros de suas terras. A língua é o mais poderoso agente de dominação.

E qualquer tiranete que queira impor sua doutrina ou seu reinado absolutista precisa primeiramente fazer com que as pessoas pensem como ele quer e a forma mais adequada para isso é através do domínio do ensino da língua materna. Domine a palavra e você domina todo um povo. Tanto isso é pertinente que Orwell, em seu romance 1984, criou a Novilíngua.

Pois bem, e onde quero chegar com tudo isso. A verdade é que o ensino de línguas aqui é feito para que cada vez mais as pessoas percam a capacidade de discernir. Ao adotar pensadores que descontruíram conceitos de certo ou errado e foram transformados em gurus do estudo linguístico- o exemplo mais forte, para ficar só nos brasileiros, cito Marcos Bagno, professor da UnB que defende que a Norma Padrão da Língua é na verdade uma forma de prestígio que oprime o falante menos abastado – que vendem a ideia de que há uma liberdade quase anárquica e que o estudo não deve oprimir o falante, que ele só vai se emancipar se o seu falar for respeitado.

Esse relativismo linguístico (que é visto em outras áreas do conhecimento) permitiu que palavras fossem criadas esvaziadas de qualquer sentido, permitindo-se assim jogar qualquer sentido nelas que convenha ao discurso vigente ou que sentidos novos fossem atribuídos a palavras já usuais criando, assim, uma aleivosia dissonante de sentidos e criando confusão e pouca ou nenhuma compreensão do que é dito ou escrito.

E quem ganha com essa torre de Babel linguística é aquele que usa a confusão para vender um discurso fazendo com que os poucos que ainda têm alguma compreensão do que é dito fiquem atordoados com a incapacidade de correlações, assustados como os termos político-econômicos perdem seu sentido ao serem adotados por essas paragens e até mesmo se desesperam ao ver pessoas algumas vezes esclarecidas sendo incapazes de perceber a lógica ou a relação de causa e efeito entre os fatos.

E tudo isso me veio à cabeça e percebi, como disse acima, que fazia todo o sentido a frase de minha colega. Ela é uma professora que foi instruída em sua graduação por professores que forma antes adestrados nesse pensar tortuoso, que por sua vez, foram também formados pelos que vieram antes deles por duas, três gerações de docentes remontando quase meio século de ensino acadêmico enviesado. E ela é fruto disso. O pior. Ela será a professora do seu filho, como tantos outros que saem anualmente das universidades desse país.

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Kleryston Negreiros é professor e administra o blog Professor, Me Indica um Livro? 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Um debate sobre as incoerências e idiotices de roqueiros no Brasil.


- "Quanto mais eu estudo sobre política menos contato eu quero com rockeiros, punks, skatistas, hardcores, carecas e headbangers... Todos tem um dom natural à idiotia util".

Esse mini-desabafo postado no facebook, gerou alguns debates interessantes em paralelo sobre esse tópico e outros assuntos que foram surgindo entre amigos e colaboradores já tradicionais deste blog. Onde destaco alguns dos principais pensamentos  - lembrando que todos são fãs e ouvintes de rock de longa data, portanto tem lenha pra queimar:

Thiago Araújo: Tem muito clichê nesse meio. Alguns dizem que a postura de contestar, de enfrentar problemas que existem nas sociedades são necessariamente ideais de esquerda. Essa coisa de chocar os pais foi muito longe e trouxe consequências catastróficas.

Hoje existe quem ache que nós, que gostamos do Rock/Metal sem ter ideias socialistas/comunistas somos a incoerência. Esses são os mesmos que concluíram que como o Metal teve suas bases nas regiões onde viviam os trabalhadores industriais da Inglaterra, que necessariamente o movimento seria de esquerda. Ora, pois, para ser trabalhador precisa ser de esquerda? E no caso de cobrar condições decentes de trabalho, isso se torna uma luta automática contra o capitalismo?

Outro clichê já citado é a luta anticapitalismo, para substituir por regimes que historicamente trouxeram miséria e genocídios. Vide todos os países do bloco socialista e os arremedos de países que ainda hoje insistem nisso.

Mais um clichê é falar mal de religião. Aí o que o sujeito conhece sobre o tema? No máximo a inquisição. Nada mais que isso. Se houvesse uma diversidade, se falassem tão mal do Islã quanto do Cristianismo eu até entenderia. Mas não: tem que embarcar na onda, tem que repetir o que todo mundo diz.
É natural que quem esteja acostumado a ter o monopólio das opiniões e da militância se surpreenda e não aceite o surgimento de opiniões divergentes...

Luciano Geronimo: Pior: no que se refere a conhecer a inquisição se o cara é incapaz de apontar a principal diferença entre a inquisição medieval e a inquisição da era das navegações ele ACHA que sabe, mas é um completo asno. E o que eu mais vejo nos mimimis de inquisição é gente dizendo que a inquisição espanhola matou milhões na idade média, inclusive Giordano Bruno. Sendo a Espanha NÃO EXISTIA na idade média.

- To aqui lembrando do papel de otário que fiz defendendo a campanha de financiamento do Carlos Lopes pro disco do Dorsal em 2012.

Mas eu já devia ter desconfiado que daria merda quando ele disse que "financiamento coletivo" era "fazer o socialismo".

Usou os otários dos fãs pra custear o disco, deu certo. E depois de lançado fez uma grana o lançando de novo por um selo. Mesmo prometendo que ninguém mais além dos financiadores teriam o disco. Que aliás é uma merda.

Eu até esqueço o papel de otário que fiz e gargalho de rir com o item 4 desse desabafo:

http://whiplash.net/materias/news_838/155770-dorsalatlantica.html

Thiago Araújo Mais um socialista do Leblon... Este sujeito pode ser resumido em duas palavras: ressentimento e inveja. Não que a banda dele não tenha importância para o cenário brasileiro. Tem. Mas dá sempre a entender que os que alcançaram sucesso comercial o conseguiram por terem mais sorte, mais contatos e mais dinheiro. Ao mesmo tempo que dá a entender que queria o mesmo, nas entrelinhas condena quem conseguiu. O mais grotesco dessa história foi ele culpar os fãs por não poder lançar um disco, já que eles não o ajudavam a financiar. Aí essa história do crowdfunding acabou vingando de tanto que ele choramingou.

Kleryston Negreiros Cara, há anos tenho desprezo pelo Carlos e o Dorsal com esse mimimi. Quando o mercado se abriu pras bandas brasileiras, as que adotaram o inglês ou, no caso do Korsus, foi mais competente, teve espaço e deslanchou na carreira, que é do meio sabe quais as bem sucedidas. O Dorsal, apesar do pioneirismo, ficaram parados no tempo, o primeiro álbum em inglês deles saiu quando já havia bandas brasileiras consolidadas lá foram. Foram incompetentes e o preço a pagar por isso é a derrota. Simples assim.

Luciano Vândalo: Eu não ajudei com nenhum centavo [Luciano Vândalo talvez seja o maior fã de Dorsal Atlântica existente na terra]

Rodrigo Almeida: Eu "cantei" essa pedra na época... Cara, na época do financiamento mesmo, já tinha alguns lugares para a venda do cd e claro que não eram pessoas que financiaram. É fácil ser socialista morando no Leblon.
Luis Felipe Mattos Também me senti um idiota. Financiei um disco merda, esperando ser um disco de thrash, quando na verdade era um disco de esquerda, com apoio a Dilma!

Lembrando que recentemente a Plebe Rude repudiou o uso de suas musicas nas manifestações contra Dilma. Só esqueceram de dizer de onde saiu o financiamento para seu DVD, uma dica: com patrocínio da Petrobrás e do Governo Federal. Basta olhar o encarte. Mas nesse ponto nem há tanta incoerência assim, besta são os manifestantes que usaram as musicas da banda esquecendo-se que os Seabra sempre foram de esquerda.

- Uma das coisas mais engraçadas de roqueiros é que eles dizem adotar um estilo único contra os padrões, mas se você for num show você não consegue diferenciar as pessoas, pois TODOS ESTÃO IGUAIS.

Se você ousa ir a um evento fora do padrão "anti-padrão" você será olhado com desdém, como se valesse menos que nada. Como se sua presença afrontasse todos os ritos e dogmas daquele evento. Não importa se você está vindo direto do trabalho e não teve tempo de trocar de roupas. Você não vale nada!
Carlos Henrique Roqueiro é uma raça chata pra caralho... Molecada pré-25 anos, então, piorou. Falo isso no trabalho a galera fica sem entender, porque eu ouço o som... Mas uma coisa é gostar da música, outra é ser babaca como talvez uns 80% desse povo. (e sobre o seu outro post envolvendo roqueiro x política: está certíssimo, é tudo devoto de Tom Morello)

Não aposentei minhas camisas pretas, detesto roupa colorida - exceto camisa de futebol - porém trato minhas camisas como peças de uma coleção que acumulei com o passar dos anos, mas uso bem menos.

Não vou nem mencionar o recente fiasco do underground brasileiro com festival Zombie Ritual em SC, onde teve gente no facebook dizendo que as bandas deveriam ter tocado de graça. Na cabeça dessa gente musico tem que tocar de graça. Será que esses trabalham de graça?

Pertencer a "coletivos" de qualquer espécie acabam matando a individualidade e a liberdade de pensar. Nisso roqueiros, punks, hardcores, headbangers e carecas são todos iguais.

A verdade é que como lembrou o amigo Roger Pousada: "O rock é universal". E ele pode ser qualquer coisa. De esquerda, de direita, anarquista, ateu, cristão, satânico. Eu prefiro selecionar o que ouço e não dou moral a artista que defende liberdade seletiva.

Outra verdade é que se posicionar tem suas consequências. Uma delas é a obrigação de ser coerente com suas palavras e atos. Pra isso ter um mínimo de conhecimento pra fundamentar suas ideias, ou ideais é fundamental.

Mais: "Che Guevara não gostava de rock" - Relatos históricos sobre a proibição e Censura ao rock: PT 2
http://shogunidades.blogspot.com.br/2011/08/che-guevara-nao-gostava-de-rock-relatos.html

Mais sobre: Censurado! - Relatos históricos sobre a proibição e Censura do rock: Parte 1
 http://shogunidades.blogspot.com.br/2011/08/rock-proibidao-relatos-historicos-sobre.html

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quer ter filhos? Conheça alguns castigos dignos de um pai que trabalha com TI

Castigos dignos de um pai que trabalha com TI:

1° Cortar a Internet para que? Mete um bloqueio de mac address no roteador, deixa só o seu pc na rede, nenhum dispositivo não registrado na lista vai poder conectar na rede, então fim de internet.

2° Colocar um perfil de administrador no smartphone da criança, limite o uso do brinquedo.

3° Crie um perfil de usuário local limitado para o seu filho, não deixe instalar, desinstalar, nem alterar papéis de parede da área de trabalho e deixe usar só internet explorer, de quebra, bloqueia o google e só deixa o bing de mecanismo de pesquisa.

4° Toma aquele smartphone da hora da criança, da um nokia 1100 e bota pra usar em casa, um daqueles pc bem velhos que só rodam o windows 95 no máximo, sabe, pentium 3, 128 de ram, monitor de tubão, etc.

5° Bloqueia o acesso a qualquer site adulto sem que seu filho saiba que você já sabe, más bloqueia tudo mesmo, até aqueles sites de catálogo de lingerie, assim ele vai ficar p da vida com você e também não vai poder reclamar com você...e assim vai gente.

Bônus: Estamos em época de natal, que tal bloquear o acesso a qualquer site de compra que ele conhece? Mercado livre, Extra, Fastshop, Kabum, etc. Assim seus filhos não poderão pesquisar o preço de nada e você não vai ter que gastar dinheiro neste natal. Por nada ta? Claro, caso isto tenha servido para alguém (risos)

Por: Diogo Pereira Carvalho

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Headbanger - O que você está disposto a fazer para mudar algo no seu mundo? (Prepare-se para a guerra de verdade II)



Diego Frazão Torquato tocando violino no funeral do seu professor. O professor foi responsável por tirar crianças da violência por meio da música no Rio de Janeiro.


Diego Frazão Torquato, conhecido como Diego do Violino morreu em 2010. Desde muito pequeno, Diego conviveu com doenças, como a meningite. Segundo aqueles que conviveram com o menino, apesar da saúde fraca e da dura vida convivendo com a violência cotidiana disso, não perdeu o entusiasmo para a música. Diego ficou internacionalmente conhecido por esta foto em que chorou ao tocar no funeral de seu professor. Diego participou das oficinas do grupo em Parada de Lucas e se tornou a estrela da orquestra de cordas do Afroreggae. Sem dúvidas a musica teve um papel importante na vida desse menino e, não fosse sua saúde fraca, quem sabe até onde ele poderia chegar?

Esse professor se pudesse de alguma forma ter acesso a um video do compacto dos melhores momentos de sua pós vida, certamente ficaria feliz ao ver essa imagem. Ao ver a diferença que fez na vida de alguém.

Nos dias de hoje, com tanto acesso a tecnologia é fácil baixar musica, conhecer novos artistas e bandas antigas pouco conhecidas. Mas para tudo na vida é preciso de um inicio. Ninguem vira fã do Cannibal Corpse por si só. É preciso que alguém apresente o artista. Eu não tenho dúvida que muitos de nós compartilhamos com outras pessoas nossa musica e temos prazer em ceder material para aqueles que nada tem para ouvir em casa ou simplesmente pouco conhece sobre Metal/Rock. Posso afirmar que eu já "converti" muita gente "pro nosso lado" e já salvei muita criança do mal gosto musical dos pais.

Entre os bangers eu sempre vejo muita reclamação, até fundamentada, sobre o tipo de musica e cultura absorvida entre os mais pobres. Até quem vive nessas comunidades se sente incomodado. Já vi até figura do underground carioca reclamando não só do mal gosto comportamental, mas defendendo até um "clareamento étnico" dentro do underground carioca. Isso num estado em que a imensa maioria da população é mestiça (Como essa declaração deplorável tem alguns anos eu torço que para essa ideia tenha mudado).
O ponto que eu quero chegar é que eu gostaria muito de ver músicos de nossos gênero agindo mais com as mãos na massa ensinando musica, do que reclamando e digitando nas redes sociais sobre o mal gosto alheio. Seria muito interessante se pessoas que saibam tocar, cedessem um pouquinho do seu tempo indo ensinar musica para crianças sem acesso a boa musica, que, por questões culturais e imposição midiática - Eu afirmo que o Funk, o Pagode, o Brega e toda musica de qualidade duvidosa é imposta ao pobre e favelado. Faz alguns anos o "funk" tornou-se a camisa-de-força do povo pobre usando um termo que li pela internet e achei muito apropriado. O povo carioca virou refém do "funk" carioca. E falo isso com propriedade por experiência própria. Até o samba, virou de certa forma, refém dos funqueiros e dos trejeitos do R&B americano - Já o favelado, este não está na favela porque quer. É porque ele não consegue comprar um apartamento (dizem que hoje ele consegue). Da mesma forma a "musica brega" e todos os seus derivados - inclusive o "funk" carioca - escravizam o povo, num semi-fascismo cultural, comandado por empresários do entretenimento dos mais diversos, desde os do interior do país até os das grandes corporações de mídia do Sudeste.

Eu tenho profundo ódio de projetos culturais que se limitem a apenas ensinar filho de pobre a "bater lata", como se pobre a favelado não tivesse capacidade para aprender outra coisa ou se interessar por outros gêneros musicais. Mas tenho mais raiva ainda de quem tem conhecimento e se nega a ensinar, ou compartilhar.

Sempre se reclama da falta de espaços para tocar, da ausência de publico nos eventos. Sempre reclama do mal gosto alheio, da falta de educação alheia. Eu te pergunto, você estaria disposto a dar um pouco do seu tempo (in)útil indo dar aulas de musica? A melhor forma de mudar toda uma cultura é passando cultura. A melhor forma de aumentar o público interessado é aumentando pessoas interessadas em consumir cultural e economicamente dessa cultura. Por que não subir um morro pra dar aula de Heavy Metal para filho de favelado? Por que não ensinar nossa musica, nossa cultura e nossos valores?

Eu já disse uma vez que o Heavy Metal surgiu na feia e cinzenta cidade de Birminghan, em um bairro operário, por filhos de operários. (De novo, não estou convocando ninguém a se filiar ao PCO, nunca, Jamais ever!). Heavy metal é por essência, som dos excluídos. Mas será que estamos fazendo jus às nossas raízes?

Talvez usar um pouco do seu tempo (in)útil passando conhecimento e arte faça mais a diferença que apoiar idiotas (in)uteis que vestem uma máscara e saem por ai quebrando o que vê pela frente.


O que você está disposto a fazer para mudar algo, nem que seja a vida de um único menino? Eu infelizmente não sei tocar, nem tenho muito conhecimento técnico para passar, mas no pouco que sei; e no muito material que tenho, se um dia na minha cremação (já deixo avisado que quero ser cremado) se existir uma criança chorando por mim, por tudo de positivo que eu pude passar pra ele. Minha vida inútil, teria valido a pena. Pelo menos eu "socializo minha empada cultural".


Então que tal levantar seu traseiro sujo e ir passar cultura a alguma criança? Que tal melhorar o mundo ajudando a formar pessoas melhores pra ele?


Faça como Jack Black, porra!





Também publicado no site Whiplash http://whiplash.net/materias/opinioes/192616.html



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Video: Como funciona o Brasil - A síntese de tudo que já dissemos neste blog

"A penalização por não participares na política, é acabares a ser governado pelos teus inferiores"- (Platão)




Manifestações ajudam e servem como um termômetro popular, quando há participação do povo nas ruas. Salvo raras exceções o que se tem visto são manifestações de grupos políticos com interesses exclusivos, ou classes trabalhadoras com reivindicações específicas.

Sempre foi e sempre será pelo voto que as mudanças irão acontecer.

Não adianta protestar e continuar elegendo as mesmas pessoas os mesmos partidos. Em 2002 o Brasil optou por uma mudança que não veio. Tudo continua igual. Está na hora de mudarmos novamente.

Não adianta se revoltar com o mensalão e re-eleger os mensaleiros. Se você não se sentir representado por algum candidato, não vote. Mas pesquise antes.

Pesquise a vida do seu candidato. Acompanhe seu mandato.
http://www.politicos.org.br/

Conheça as leis que estão sendo propostas
http://www.votenaweb.com.br/

Informe-se, pesquise, raciocine!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quer fazer do mundo um lugar melhor? Tenha filhos e faça deles bons cidadãos para o mundo

Artigo inspirado na matéria:

'Pais vendem ingressos de show do One Direction para castigar filhas'

http://oglobo.globo.com/megazine/pais-vendem-ingressos-de-show-do-one-direction-para-castigar-filhas-10057640

RIO - O mau comportamento pode custar caro, inclusive o show do artista preferido. Na Austrália, esta foi a punição escolhida pelos pais às duas filhas: os quatro ingressos para o show do One Direction, que as irmãs ganharam de presente de aniversário, estão a venda no eBay. Os convites para o show de 25 de outubro custam AUD$ 620 (cerca de R$ 1.285).

A fúria da mãe da região de New South Wales pode ser vista na descrição do produto, em que explica o motivo da venda. As filhas mentiram para os pais ao dizer que não dormiram na casa de um homem mais velho - e pediram para os amigos mentirem também. Além de enganação deixá-los irados, os pais temem que as filhas engravidem antes da hora.

“Eu não sou sua amiga. SOU SUA MÃE. E estou aqui para dar os limites que VOCÊS PRECISAM para serem adultas responsáveis e funcionais. Vocês podem me odiar agora... Mas eu não ligo. É o meu trabalho criar um adulto responsável... Não nutrir maus hábitos em minhas adolescentes”, escreve a mãe ao final da descrição.

Este tipo de atitude dessa mãe australiana parece raro, principalmente num pais como o Brasil em que a demência, estupidez e completo despreparo emocional/mental parece ser a regra.

Se você discorda que tal ver os exemplos a seguir:

O primeiro exemplo deixa claro como a falta de uma boa orientação paterna/materna pode influenciar negativamente a cabeça dos mais jovens. Veja a reação desses adolescentes com a recente reprise da ESTUPIDA novela Rebeldes um pouco antes da mesma ir ao ar. A celebração é próxima do retardamento mental coletivo:



Nos comentários do video alguém escreveu o seguinte: "Vergonha é matar, roubar se prostituir! Vergonha tem que ter de morar em um país aonde pagamos impostos abusivos e o povo não faz nada. Vergonha é outra coisa. Isso é amor, orgulho!"

Bom, pode não ser vergonha, mas definitivamente não há do que se orgulhar disso. Até porque pelo visto os mesmos retardados do vídeo são da mesma manada popular que "não faz nada". Isso quando não fazem por somente 0,20 centavos...
No segundo exemplo temos uma pseudo formadora de opinião. Notem a total falta de noção com que essa moça chamada Juliana Ali trata do tema tatuagem, algo que vai ficar marcado na sua pele por toda a vida. É de uma profundidade de um pires furado.

Moça, assim com toda a minha sinceridade possível. Vá tomar no c...!!!

No terceiro exemplo vejam o que a falta de amor próprio, retardamento mental e frescurite aguda podem fazer:


Sem comentários...

Ainda no quesito respeito próprio. No quarto exemplo temos algo que será bem aplaudido por punheteiros de plantão e ativistas da marcha das vadias:

Fã de Nickelback promete tirar o sutiã para chamar atenção dos ídolos
Jamille Campos, veio de Juiz de Fora especialmente para o Rock in Rio. Ela confeccionou um sutiã com o objetivo de arrancá-lo no meio do show e jogar para seu maior ídolo: vocalista e guitarrista Chad Kroeger. 

"Sempre falei para a minha mãe que eu ia jogar um sutiã. Tem muita fã que faz isso e sempre dá certo. Mas o meu sonho mesmo é tirar uma foto com ele e ouvir minhas músicas preferidas"  Ela ainda avisou à mãe que iria botar os mangumbos de fora pra geral assistir...

Não vou ser hipócrita, ver peitos de fora 0800 é sempre bom. Fosse eu solteiro e estivesse lá iria adorar (foi um prazer conhecer alguns de vocês, pois quando minha esposa ler isso serei morto); mas eu hoje penso "e se fosse minha filha?". Quando uma pessoa perde o senso do limite sobre sí próprio (os limites da sociedade, muitas vezes impostos e hipócritas - em outros países com muito mais limites impostos e hipócritas esse gesto poderia custar a vida dela) o que impedem aos demais de desrespeitarem os seus limites? (Mais precisamente os limites do corpo dessa moça).

Tem até pianista tocando semi-nua com o intuito de quebrar o preconceito no meio musical onde poucas mulheres tocam em bandas. Me perdoem, mas como eu já disse um tempo atrás a "estrada para o inferno é uma via cheia de boas intenções". E nos últimos tempos toda iniciativa com o suposto intuito de quebrar preconceitos não passam de chamariz a própria bunda, garantir o onanismo alheio, obter fama rápida, fazer politica partidária rasteira ou chamar a atenção para satisfazer o próprio ego. E o ego do povo anda lá em cima...

Todo adolescente faz merda. Eu fiz, você fez. Muitos outros ainda farão não importa o quão bem orientados eles sejam. O problema é que dos exemplos que ilustrei todos já passam da casa dos 20 anos.

E quando o estado faz um papel que deveria ser dos pais?Fãs de Justin Bieber já acampam no Sambódromo desde o último dia 16

150 fãs do cantor Justin Bieber, que se revezavam em acampamento perto do Sambódromo desde o dia 16 por lugares no gargarejo do show do astro no dia 3 de novembro. Podem ser retirados por, agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social que inspecionaram o local e conferiram as condições de segurança e higiene às quais os adolescentes (muitos menores de idade e sem o acompanhamento de responsáveis) estão expostos. Relatório dos riscos encontrados e cadastro com os nomes dos cerca de 30 jovens daquele turno foram encaminhados ao Conselho Tutelar, que pode decidir pela remoção imediata do acampamento.

Você com certeza já deve ter ouvido falar na frase: "Não pergunte o que seu pais pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pelo seu pais" do ex-presidente John Kennedy. Pois eu te digo, não pense num mundo melhor para seu filho viver. Pense em fazer do seu filho uma pessoa melhor que irá viver nesse mundo.

Se você está lendo esse humilde blog, tenha ciência de que você faz parte de um pequeno grupo de privilégiados neste pais - não por ler o esse blog - (embora seja, meus parabéns você é um dos escolhidos em me ler rs) mas por ter acesso a informação (boa e má) em larga escala.

Já tem muita gente desorientada fazendo de tudo para entregar ao mundo mais pessoas desorientadas. Que infelizmente podem até se tornar delinquentes e irresponsáveis se não receberem alguma atenção.

Não estou dizendo que você deve prender seu filho dentro de casa, isso não vai adiantar. Tudo que vai conseguir é por alguém despreparado e infantil nas ruas. Não estou falando para força-los a ler a biblia ajoelhados no milho PELO AMOR DE ODIN, não faça isso.

Se você quer fazer do mundo um lugar melhor seja um bom pai/mãe; prepare seu filho para viver em sociedade, ser uma pessoa produtiva, independente, responsável, com respeito aos limites do próximo e aos seus próprios limites. O mundo é injusto, sim. O mundo é cruel, na maioria das vezes sim. Mas são as pessoas que o fazem ser assim.

Eu no dia que for pai, irei me dedicar a fazer dos meus filhos, pessoas melhores que eu e melhores pro mundo. Dedico esse post a todos os meus amigos que já são pais e mães cujo os filhos, eu sei e garanto, já estão sendo preparados para serem a mudança que nosso planeta precisa.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Maturidade e nível intelectual se define pela roupa?



A mais nova pérola que li recentemente é que "homem adulto" usando camisa de banda soa ridículo, como se este individuo tivesse parado no tempo. Essa opinião tem sua importância a ponto de ser destrinchada; pois é algo que passa pela mente de muitas, muitas pessoas.

Infelizmente no Brasil até algumas pessoas que possuem informação e cultura podem ter a mente bem quadrada e conservadora. Para essas pessoas talvez o heavy metal seja apenas uma fase de um adolescente - e em muitos casos é mesmo - porém, ignora-se o fato de nem toda pessoa vive de fases passageiras ou de modismos. Heavy metal na maioria dos casos é um estilo de vida, uma filosofia pessoal.

Na mente tacanha de muitas pessoas você não pode constituir uma família  ter um emprego e principalmente ser bem sucedido se você ainda usa camisa de banda. Se tiver cabelo comprido e tatuagem, acabou, será um hippie fracassado ou mendigo.

São pessoas que costumam definir maturidade alheia pelo aquilo que os outros vestem. São cínicas a ponto de dizer que usar uma camisa de banda é carência e necessidade de auto afirmação. Se dizem independentes e preferem pessoas que sejam ao invés de pessoas que pareçam ser. Não sei não, mas querer alardear que é independente me parece também um sinal de carência.

Essas pessoas tem seus preconceitos tão enraizados a ponto de confundir adolescentes - que não importa a qual tribo pertençam sempre fazem merda - com pessoas adultas, muitas delas empregadas, formadas, pais de família e porque não bem sucedidas em carreiras dentro ou fora do rock/metal - Isso claro se você não for aqueles tipos de pensamento provinciano que acham quase uma heresia alguém sobreviver bem fazendo o que gosta, principalmente tocando/produzindo metal.

Talvez essas pessoas ignorem, ou desconheçam, o fato de que o Heavy metal é um gênero musical e movimento cultural mundial com mais de 40 anos de existência. Muitos dos seus fundadores hoje estão com seus 50/60 anos. A tendência é de se tornar cada vez mais normal pessoas com mais de 30/40 anos adotando este comportamento visual.

Não se chega a uma idade dessas impune, isso também ocorrerá com o heavy metal.

Balls to the Wall!

Já eu com meus 34 anos, mais da metade de minhas camisas são de banda ou camisas pretas; cerca de 10% são camisas de futebol e o que restar é de camisas comuns ou roupa de trabalho. Sinto muito se pareço ridículo ou desesperado para chamar atenção. Só sei que pagar as minhas contas e comprar minhas roupas ninguém quer.

Prefiro mil vezes usar minha camisa do Exodus que uma polo com aquele cavalo gigantesco no peito ou roupas estampando a logo da marca da confecção que cobra caríssimo apenas por aquele bordadinho safado que os boyzinhos da faculdade usam em suas chopadas. Quem é o ridículo mesmo?

Se for pra ser ridículo, que eu seja como ele:


AMEM!


Mais sobre:
- Opinião: Cultura Musical, Metal no Brasil, Comportamento + Consciência Politicahttp://shogunidades.blogspot.com.br/2011/02/opiniao-cultura-musical-metal-no-brasil.html

- Foto atual de ex-ídolo do metal nacional gera polêmica entre headbangers http://shogunidades.blogspot.com.br/2012/03/foto-atual-de-ex-idolo-do-metal.html

terça-feira, 6 de março de 2012

Foto atual de ex-ídolo do metal nacional gera polêmica entre headbangers

Vejam só a que ponto chegamos. Uma imagem veiculada no facebook que tinha a intenção exaltar o êxito intelectual e profissional de um ex-ídolo do metal brasileiro acabou gerando polêmica; onde muitos asnos não captaram a ideia e passaram a criticar a aparência atual do músico chamando de coisas como "Mauricinho", "poser" e outras coisas menos elegantes. Óbvio, há quem defenda Wagner, mas o nível dos comentários contrários na postagem são um verdadeiro show de horrores.


Vejam alguns dos comentários:

" grande mas se ele renegou tudo que fez nada vale oque faz hj oque fez foi tudo embalo sera que curte meytal ainda !!!!!!!!!
metal e estilo de vida so quem eh puro sabe disso nao tem como entrar e sair isso e coisa de falso kkkkkkkkkkk"

"ser headbanger e viver nun estilo de vida contra o sistema nao preciso de escola profissao status na midia para ser feliz e fala verdade odeio quem usa terno e gravata so me ferrei com esses babacas que acham que roupa faz diferença quer saber prefiro ficar com minha ignorancia e ser feliz reneguei escola serviço a servico do metal e felicidade e isso que importa o passado nao vale nada se o presente te contradiz tudo que vc fez traidores sao os que mais tem na midia fodase todos que nao entendem ser metal e pra minoria nao pra qq burgues hj fudeu mais ainda pois e mais barato ser metal que ans 80 onde ter banda ou era burgues no embalo ou punk ttotal com metal no peito morte aos poser e falsos"


(OBS: Agora ser metal é viver como punk e mendigo...).

"lamentável, é melhor reinar na pobreza do que servir ao capital. A postura de Wagner, só mostra que como mais um cidadão, ele colocou sua ideologia comportamental no lixo, para se tornar um renomado doutor acadêmico. E ao que me parece, ele se preocupa com seu visual sim, já que veste terno, gravata, corta o cabelo e faz a barba. Das duas uma, ou METAL ANTI CRISTÃO não deu dinheiro, ou ele realmente encontrou sua vocação. Continue assim, senho especialista em mercados capitais e agronegócios."

(OBS2: Esse além de idiota é pseudo-marxista, ou seja Idiota². Quando eu falo que esses caras gostam é de pobreza me chamam de reaça conservador rs)

"O que mais tem no mundo e poser e falsos, eu consegui minha liberdade e nao tive que cortar cabelo, nao tive que esconder minhas tatoos e tao pouco abandonar o denim e leather, com certeza o vocal to Mutilator curte um som ainda mais perdeu o respeito com a galera, e problema dele ne?? SEr headbanger e um estilo de vida, ou voce e ou nao, nao somos convencionais e ordinarios, vcs ja virao algum Hell's Angel andarem de Yamaha ao inves de Harlem (? ) Pois e, eu nunca vi. Essa desulpa de que headbanger esta so por dentro e que por fora nao importa e puramante desculpa de falsos e daqueles que nunca foram headbanger. Fuck them, fuck you and fuck you stupid God too!"

(OBS3: O nome desse cara é Paulo Maníaco, não preciso falar mais nada. "Harlem" foi f...)

E tem muitos mais de onde vieram essas "pérolas". Dá vontade de vomitar com a mente tacanha de certos comentaristas.

A coisa é muito simples. Todo mercado tem as suas exigências e regras. Se você quer ser bem-sucedido em qualquer meio não adianta tentar bater de frente.

Do mesmo jeito que o Wagner não seria bem aceito no meio metal com esse visual da foto da direita (dado o radicalismo apresentado por muitos nos comentários) ele nunca seria levado a sério numa carreira acadêmica com o visual das fotos à esquerda.

Ao invés de fazer criticas fundamentalistas dignas dos piores religiosos a quem costumeiramente combatemos, deveríamos estar lisonjeados por termos um exemplo desses.

Esses indivíduos parecem viver numa eterna adolescência, onde o medo de crescer e assumir responsabilidades os transformam nessas crianças birrentas. A década de 80 acabou, infelizmente. Grow Up!

É o próprio público de metal quem alimenta os piores estereótipos que existem sobre nós. Lamentável.

Para esses caras vale mais a sua aparência e o seu nível de "insucesso na vida", que seu gosto pessoal e seu conteúdo. Melhor ser um bêbado com a camisa do mutilator caindo pelas tabelas e desempregado que ser um renomado acadêmico.

Definitivamente a alienação é geral. Pude notar ao longo do tempo que muitos rockeiros e headbangers possuem uma mentalidade, anti-capitalista, esquerdopata, fascistoide, bitolada e imbecil; capaz de orgulhar qualquer neonazista dado o tamanho da ignorância.

Quem renega o conhecimento e cultua a ignorância merece perecer ignorante e ignorado.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Opinião: Cultura Musical, Metal no Brasil, Comportamento + Consciência Politica

Publicado Originalmente em 10/02/2011

Em uma discussão no Facebook iniciada com a frase: "O PÚBLICO É O VERDADEIRO REFLEXO DE QUEM ESTÁ NO PALCO".

Após algumas opiniões chegou-se ao lugar comum de dizer que: "o Rock e suas demais vertentes não são populares no Brasil. E que é música para adolescente. Não é uma coisa que vai acompanhando o ouvinte até a idade adulta. Coisa cultural, não vai mudar tão cedo".

Eu discordo. A musica, quando é boa, atravessa o tempo e cresce junto com seu ouvinte. "Master of Puppets" pode ser tão imortal quanto "Nessun Dorma".

Um mesmo artista pode, durante toda sua carreira, deixar registros que farão sentido para pessoas de todas as idades. Desde o seu começo quando tinha uma mente mais juvenil até o final quando sua maturidade acompanha suas letras. Eu hoje posso gostar de fases de meus artistas favoritos que são desprezadas por fãs mais xiitas.

Há sim um problema cultural: Dizer que é uma questão cultural por ser um problema de má distribuição de cultura e de oportunidades iguais de divulgação para a massa eu concordo. Mas também há uma espécie de ditadura cultural que praticamente impõe o que iremos ouvir.

Como iremos mudar essa cultura se tudo está nas mãos de alguns produtores, DJs, donos de equipes, empresários funkeiros, Mães Loiras e outros politiqueiros quem mantém o pão e circo e as rádios que são totalmente submissas ao jabá?

Uma "cena" começa com atitudes isoladas que vão conseguindo angariar mais e mais simpatizantes da "causa". É preciso um mínimo de boa vontade.

É VERGONHOSA a inoperância e a falta de consciência se vê aqui no pais. Não só das bandas mas também do público. Somos um triste retrato do restante do povo brasileiro.

Me desculpem mas na média o fã de heavy metal aqui no Brasil não passa de um alienado com tendências conservadoras. Muitos deles, playboys que acham legal passar perrengue em muquifo quente sendo mal atendido em supostos bares rock; Que vão a shows mal organizados sem horário pra começar e acabar, sem segurança e com equipamentos de quinta.

Até a cena metal Iraniana hoje tem mais importância cultural e política que no Brasil. Lá heavy metal é sinônimo de contestação ao governo fundamentalista. Mais e mais mulheres iranianas estão aderindo às vestimentas do e comportamento do metal como forma de protesto pela libertação e os direitos das mulheres naquele pais (Já no Brasil Valeska Popozuda é símbolo feminista).

E vejam aqui neste país onde um deputado ganha 26 mil e o povo está mais preocupado com o incêndio na cidade do samba ou qualquer outra nulidade. O que nós fazemos? a maioria se limita a fazer "twitaços", comunidade de protesto no orkut, facebook e blogs. Isso os mais conscientes. Pior mesmo é atitude do público, que aceita calado pagar caro em shows de artistas internacionais. Muitos deles falidos e sem mercado nos EUA e Europa. Ou vive do golpe da carteirinha do estudante falsa.

O Brasileiro prefere virar um contraventor e aproveitar brechas em leis feitas por escroques politiqueiros que se rebelar, protestar e boicotar tais eventos. É o jeitinho brasileiro gritando em nosso DNA.

Pode parecer confuso mas, TUDO o que abordo aqui esta entrelaçado e faz parte de um mesmo contexto.

Mais sobre este assunto:

- Maturidade e nível intelectual se define pela roupa? http://shogunidades.blogspot.com.br/2013/03/maturidade-e-nivel-intelectual-se.html

- Foto atual de ex-ídolo do metal nacional gera polêmica entre headbangershttp://shogunidades.blogspot.com.br/2012/03/foto-atual-de-ex-idolo-do-metal.html

"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)