Desde 2016, o Palmeiras tem sido alvo de críticas por supostos favorecimentos da arbitragem — uma situação que, à época, já havia sido apontada publicamente por Eduardo Bandeira de Mello. Ainda assim, parte da opinião pública, especialmente no Rio de Janeiro, insiste em repetir a narrativa de que o Flamengo seria o principal beneficiado por decisões controversas. É o velho ditado em ação: uma mentira contada repetidas vezes acaba parecendo verdade.
Mais recentemente, um fato curioso passou praticamente despercebido: a Crefisa, principal patrocinadora do Palmeiras, concedeu um empréstimo de cerca de R$ 80 milhões ao Vasco da Gama. Coincidentemente, no jogo entre as duas equipes, o Vasco cometeu erros graves que resultaram em três gols palmeirenses - algo que não gerou maior questionamento na imprensa esportiva. Em contrapartida, o patrocínio do Flamengo com a Betano, empresa que também apoia o Campeonato Brasileiro, foi alvo de ampla discussão e críticas públicas.O que revela, sem sombra de dúvidas, parcialidade da imprensa.
O Flamengo, por sua vez, há bastante tempo mantém uma relação tensa com a CBF. O clube frequentemente enfrenta situações que considera prejudiciais, como convocações que desfalcavam o elenco em momentos decisivos, mudanças de datas de jogos e escalas de arbitragem contestadas. Mesmo assim, o time conquistou dois Campeonatos Brasileiros e duas Copas do Brasil nesse período - feitos que demonstram a força e a resiliência da equipe.
Vale lembrar que, enquanto alguns clubes foram reconhecidos campeões por decisões administrativas, (títulos de fax) o Flamengo foi o único que viu um título legítimo, vencido no campo, ser retirado pela própria CBF (1987).
A cobertura da imprensa em torno da disputa jurídica entre Flamengo e Libra tem sido, no mínimo, decepcionante. Jornalistas antes reconhecidos pela qualidade de sua análise — como Paulo Vinicius Coelho (PVC) — passaram a adotar um tom que mais se aproxima do de um porta-voz informal do Palmeiras do que de um profissional comprometido em informar com isenção e rigor. Em vez de esclarecer o debate, parte da mídia parece preferir ecoar as declarações e narrativas propagadas por Leila Pereira e seus aliados, contribuindo para distorcer a percepção pública sobre o tema.
Ao torcedor rubro-negro, fica a mensagem: o Flamengo representa resistência. É um clube que não se submete a interesses externos, nem se vende a bilionários estrangeiros ou a quem construiu fortuna explorando os outros. Nosso maior patrimônio é a torcida, nossa maior força é a coerência — e é isso que incomoda tanto o sistema e parte bairrista da imprensa.
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