Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Grandes mentiras religiosas: "Hitler era Ateu"



Hitler saindo da Igreja Sta Marina, em Wilhelmshaven

Ele é, com certeza, a figura mais emblemática do século XX. Suas ações modificaram a História. Suas ações moldaram o destino de muitas nações e mergulhou o mundo numa névoa negra. Seu nome é odiado, a não ser por insurgentes esporádicos, mas, ainda assim, sua participação na História Contemporânea deixou marcas que serão conhecidas pelos que viverão daqui pra frente. Seu nome é Adolf Hitler.

Seu nome é associado a tudo o que tem de pior nos seres humanos: dor, ódio, preconceito, guerra, genocídio, desumanidade etc. A este nome é associado todos os xingamentos e vilipêndios possíveis e imagináveis. Qualquer coisa relacionada a este nome gera repulsa e nojo. Não é por acaso, então, que muitos religiosos resolvam dizer que Hitler era ateu.

Aqui, iremos tratar de uma das mais famosas mentiras que os religiosos têm divulgado mund
o afora, e não só pela internet, mas sim em vários meios de mídia (TVs, jornais, revistas, rádio, panfletos, pregações em igrejas, etc). Esta mentira tem sido repetida à exaustão, já que – parafraseando o próprio Goebbels – mentira repetida à exaustão torna-se verdade. A baixa taxa de escolaridade e a despreocupação em não estudar nada muito profundamente faz com que as pessoas alienem-se e não tenham conhecimento sobre o que realmente aconteceu no passado. para isso que nós estamos aqui, pois certas coisas devem ser lembradas, pois aquele que não estuda a sua própria História corre o risco de repeti-la.


“Como um Cristão amoroso e como um homem, leio a passagem que nos conta como o Senhor finalmente se ergueu em Sua força e apanhou o azorrague para expulsar do Templo a raça de víboras. Como foi esplendida a sua luta em defesa do mundo e contra o veneno judeu. Hoje, depois de 2 mil anos, é com muita emoção que reconheço, mais profundamente do que nunca, o fato de que foi em nome disso que Ele teve que derramar Seu sangue na cruz. Como cristão tenho o dever de não me deixar enganar, tenho o dever de lutar pela verdade e pela justiça. E como homem, tenho o dever de zelar para que a sociedade humana não sofra o mesmo colapso catastrófico que sofreu a civilização do mundo antigo 2 mil anos atrás – uma civilização que foi levada a ruína por esse mesmo povo judeu.”
– Discurso do Adolf em 12 de abril de 1942, em Munique
A verdade é que os fundamentalistas religiosos, com as suas mentiras, querem que Hitler não seja associado à religião cristã, porque em suas mentes e em seus conceitos deturpados, a sua (deles) religião é a única coisa que faz o ser humano ser “moral, bondoso com o próximo, agregar o grupo social em que vive, colaborar com a manutenção da estrutura e do tecido social do meio em que vive, inibi-lo de cometer atrocidades ou malefícios contra o seu próximo, etc”; mesmo ao vermos que a Bíblia (em especial o Velho Testamento) prega justo o contrário. Alguns alegam que o advento do Novo Testamento aboliu as leis sanguinárias do Velho Testamento, mas o próprio Jesus, segundo a Bíblia, diz exatamente o contrário, que ele não veio abolir nada. Problemas à vista!

A verdade nua e crua é que a religião cristã produziu alguns dos maiores horrores que o mundo já viu, com o saldo de centenas de milhões de mortos. Não vamos nos demorar aqui, citando uma lista de crimes do Cristianismo, mas podemos recomendar a leitura do livro “O Livro Negro do Cristianismo” de Jacopo Fo, e uma lista desses crimes no site “A Pagina Negra do Cristianismo – 2000 Anos de Crimes, Terror e Repressão”.

Ao afirmarem que Hitler era ateu, os religiosos querem dizer, de forma desonesta, que o ateísmo é uma coisa má, que torna os homens imorais e que podem cometer qualquer atrocidade e crimes que lhes der na telha, já que não possuem “temor” a um deus qualquer, que não temem um “castigo divino” após a morte, enfim… uma serie de acusações nada elegantes dos “amorosos” cristãos, cujo deus mandou entrar em acordo com os adversários de forma mansa e pacificadora. Se nem os religiosos acreditam nessa passagem, que podemos fazer, a não ser dizer: “que diabos de religião é essa, em que só se segue o que quer?”. Sobre o ônus da prova? Muito engraçado! Os religiosos são mestres em ignorar essa parte. temos que aceitar na palavra deles e pronto Muito interessante…

Afinal Quem foi Adolf Hitler?

Nascido em Linz (Áustria) no dia 20 de abril de 1899. Quando tinha 10 anos Adolf Hitler já exibia um comportamento antissocial, que foi detectado pela família e amigos. Sendo apenas adorado por sua mãe, Klara, que pensa que ele é um menino normal. Quando se torna um adolescente Hitler aspira se tornar um grande artista, apesar das objeções da sua agonizante mãe, que tinha câncer nos seios. Em 1907 tenta ser aceito na Academia de Artes Visuais em Viena, mas foi rejeitado. Imensamente desapontado e zangado, Hitler ouve um discurso antissemita proferido por Karl Lueger, o prefeito de Viena. Ele começa a aderir às teorias de Lueger, que dizem que os judeus são culpados por tudo aquilo que está errado na Alemanha. Sem casa, emprego e apenas com uma pequena herança do seu falecido pai, mas com um frenético patriotismo, Hitler se une ao exército alemão quando em 1914 estoura a 1ª Grande Guerra. Apesar de pressionar os superiores, ele acaba ganhando a Cruz de Ferro, a maior honraria que um soldado alemão poderia receber, e se consterna ao saber da rendição incondicional do exército alemão. De volta a Munique, Alemanha, Hitler conhece os membros do Partido Alemão dos Trabalhadores ao agir como espião para o exército, que quer se resguardar contra possíveis rebeliões. O Ano era 1919.

Quando Hitler diz suas opiniões sobre a pureza da raça alemã em uma reunião é convidado a se juntar ao grupo, do qual se torna orador. Ele encontra uma audiência ávida, que luta contra a indiferença, invasores estrangeiros e principalmente os judeus, que são considerados a maior ameaça para a Alemanha. Ernst Hanfstaengl, um alemão que vivia na América, e sua esposa Helene formam um aristocrático casal, que retorna à Alemanha quando Hitler está se tornando mais popular entre as massas. Quando Ernst conhece Hitler vê uma oportunidade para usá-lo em proveito próprio para defender seus grandes interesses. Ele se torna conselheiro de Hitler e, por sua sugestão, Hitler adota o pequeno bigode que se tornou sua marca registrada e a suástica, que com o tempo virou um símbolo de opressão, apesar de ser um símbolo muito mais antigo. Ernst convida Hitler para ir à sua casa para jantar com ricos alemães, mas nem Ernst, Helene ou nenhum dos convidados estavam preparados para as observações de Hitler, que anuncia a necessidade de matar os judeus.
Este é o pano de fundo exposto de forma muito resumida. agora, começaremos a desmascarar esta mentira do ateísmo de Hitler, com um breve artigo escrito por John Patrick, publicado na Free Inquiry Magazine e traduzido aqui.

A História está sendo distorcida por muitos pregadores religiosos e políticos. Conta-se de forma rotineira de que Hitler era ateu, e com isso condenando de forma rotineira os ateus. Mas Hitler era um católico, batizado quando era um bebê na Áustria, em uma igreja católica. Ele se tornou um coroinha em uma igreja em sua infância e na juventude, e foi confirmado como um “Soldado de Cristo” em sua Igreja. As piores doutrinas católicas naquela época nunca o deixaram, e elas estavam mergulhadas em sua liturgia, que continha em sua essência litúrgica as seguintes palavras “perfidious jew“. E esta declaração odiosa não foi removida ate o ano de 1961. “Perfidy” significa traição.

Em seu tempo, o ódio aos judeus era a norma corrente; e em grande medida, foi patrocinado pelas principais religiões da Alemanha, o Catolicismo e o Luteranismo. Ele foi um admirador de Martinho Lutero, que odiava abertamente os judeus. Lutero condenou a Igreja Católica e a corrupção desta para objetivos escusos, mas ele apoiou as políticas papais de pogroms
contra os judeus. E Lutero afirmou: “Os judeus merecem ser enforcados em penhascos, sete vezes mais elevados do que os mais ordinários ladrões”, e “Temos de ser vingativos com os judeus e matá-los”. “Ungodly wretches” assim ele chamou os judeus em um de seus livros.

Influenciado por Martinho Lutero, um anti-judeu que foi líder da Reforma Protestante, Hitler desejava que a Alemanha fosse uma nação cristã. Mas alguns cristãos protestantes se opuseram a ele em publico, porem, junto com os judeus, homossexuais, ateus, comunistas, ciganos e não-brancos, foram todos presos e enviados para os campos de concentração.

Em sua busca pelo poder, Hitler escreveu em Mein Kampf, “… estou convencido de que estou agindo como o agente do nosso Criador. Combater contra os judeus. Estou a fazer o trabalho do Senhor”. Anos mais tarde, no poder, ele citou essas mesmas palavras em um discurso no Reichstag em 1938.

Três anos mais tarde ele informou ao General Gerhart Engel: “Eu sempre fui um católico e irei continuar a sê-lo sempre” (grifo nosso). Ele nunca deixou a Igreja, e a Igreja nunca o deixou. Vários livros importantes da literatura foram proibidos pela Igreja, mas a sua obra pérfida Mein Kampf jamais apareceu no Index de Livros Proibidos. Ele não foi excomungado ou condenado pela sua igreja. Os papas, na verdade, acertaram com Hitler junto com seus colegas fascistas Franco e Mussolini, dando-lhes poder de veto na decisão papal de designar bispos na Alemanha, Espanha e Itália. Os três concordaram que os católicos desses paíse
s podem ser livres e enviar ajuda financeira a Roma em troca da certeza de que o Estado poderia controlar a Igreja.

Na Alemanha de Hitler, com a união da Igreja com o Estado, os soldados da Wermacht usavam em seus cintos com fivelas com a seguinte inscrição: “Gott mit uns” (Deus está conosco). Suas tropas eram muitas vezes aspergidas com água benta pelos sacerdotes. Foi um verdadeiro cristão, em cujo país os cidadãos foram doutrinados, ou seja, o Estado e a Igreja e seguiu cegamente todas as figuras competentes, política e eclesiástica.

Seria algo totalmente sem sentido um exército de um regime que não defende nenhuma religião e, pelo contrário, é abertamente ateísta e se posiciona contra religiosos em geral ter um capelão no exército. Mas a Wermatch tinha.

Hitler, como alguns dos políticos e os pregadores religiosos de hoje fazem, politizava os “valores familiares”. Ele gostava de punições corpóreas em casas e nas escolas. Falar de Jesus se tornou obrigatório em todas as orações escolares sob sua administração. Embora o aborto, antes de Hitler, era ilegal na Alemanha, ele tornou possível o aborto, com a aplicação de uma lei exigindo que todos os médicos informassem ao governo a situação de todos os abortos espontâneos. E desprezou abertamente a homossexualidade e a criminalizou. Se passado é um prólogo, sabemos o que podemos esperar do futuro se dermos a liberdade de passar a licença de fazer as coisas. Fanáticos como Pat Robertson mostram que não estamos exagerando.

Com isso, já podemos ter uma ideia básica de quem era Hitler, a influência da Igreja em sua vida e nos assuntos de Estado durante o governo dele na Alemanha Nazista. Agora, iremos nos aprofundar mais ainda, abordando outros aspectos, sobre a vida de Hitler, os pensamento dele, a essência do nazismo, o Cristianismo Positivista, etc. A imagem popular do nazismo é que eles eram fundamentalmente anti-cristãos devotos, enquanto que os cristãos eram anti-nazistas. No entanto, a verdade é que os cristãos alemães apoiaram os nazistas porque acreditavam que Adolf Hitler foi um presente de Deus para o povo alemão. Uma espécie de Messias.

Adolf Hitler foi batizado em uma Igreja Católica em 1889 e nunca foi excomungado ou condenado oficialmente de qualquer outra forma pela Igreja Católica. Hitler frequentemente se referia a Deus e ao Cristianismo, em suas várias de suas palestras e em seus escritos. Em 1933, em um discurso ele disse que “Para fazer justiça a Deus e à nossa própria consciência, nós temos nos virado cada vez mais para o povo alemão“. Em outro ele disse: “Nós fomos convencidos de que as pessoas precisam e exigem essa fé. Temos, portanto, de empreender a luta contra o movimento ateu, e isso não apenas com algumas declarações teóricas: nós temos carimbado o documento”. (grifo nosso)

Em 1922, ele disse em um discurso:


O meu sentimento como cristão pôs-me diante de meu Senhor e Salvador como um lutador. Recordo-os de que este homem uma vez na solidão, cercado apenas por alguns seguidores, reconheceu estes judeus por aquilo que eram e dos homens convocados para lutar contra ele, e que era um Deus de verdade! E foi maior, não como um doente, mas como um lutador. No seu amor sem limites, eu como um cristão e como um homem, onde eu leio a passagem através do qual o

Senhor nos diz como subiu em Suas apreensões e uso do flagelo para fazer sair do Templo aquele bando de víboras. Como foi terrível a sua luta contra o veneno judeu. Hoje, após dois mil anos, com profunda emoção que reconhecemos mais profundamente do que nunca o fato de aquele homem que teve o seu sangue derramado sobre a Cruz. Como um cristão não tenho o direito de permitir-me a ser enganado, mas eu tenho o dever de ser um lutador da verdade e da justiça. E se há algo que poderia demonstrar que estamos a agir corretamente, é que o sofrimento cresce diariamente. Como um cristão, eu tenho também um dever para com o meu próprio povo. E quando eu olho o meu povo e vê-los trabalhar e trabalhar, e no final da semana eles têm apenas para si mesmos um salário miserável e a miséria como companhia. Quando eu saio de manhã e ver estes homens de pé em suas filas e olhar em seus rostos amargurados, então creio que seria eu não cristão, mas um grande demônio se eu não sentir pena deles, como fez o nosso Senhor dois mil anos atrás, por sua vez contra aqueles por quem hoje estas pessoas pobres são pilhadas e exploradas.




O nazismo era uma ideologia ateísta?


“Pedimos a liberdade no seio do Estado para todas as confissões religiosas, na medida em que não ponham em perigo a existência do Estado ou não ofendam o sentimento moral da raça germânica. O Partido, como tal, defende o ponto de vista de um Cristianismo construtivo, sem todavia se ligar a uma confissão precisa. Combate o espírito judaico-materialista no interior e no exterior e está convencido de que a restauração duradoura do nosso povo não pode conseguir-se senão partindo do interior e com base no princípio: o interesse geral sobrepõe-se ao interesse particular.”

O positivismo aderiu ao cristianismo ortodoxo em algumas doutrinas básicas e afirmava que o cristianismo deveria fazer uma diferença positiva na vida das pessoas. É difícil manter a idéia de que a ideologia nazista era ateísta quando se vê que era expressamente apoiado e promovido o cristianismo na plataforma do partido.

O comunismo e o socialismo foram as duas tradicionais ideologias intensamente odiadas pelo partido nazista que alegou que eram ideologias ateístas e judias, ameaçavam o futuro da civilização alemã e a civilização cristã. Naquele tempo, a maioria dos cristãos na Alemanha e em outros países concordaram com essa posição e isso explica muito o apoio popular aos nazistas.

No início, muitos líderes católicos criticaram o nazismo. Após 1933, mudaram de lado e passaram a elogiá-lo e evitar as criticas. Os laços em comum entre os católicos e o nazismo eram o anticomunismo, antiateísmo, e antilaicidade. A Igreja Católica ajudou a identificar os judeus para o seu extermínio. Depois da guerra, os líderes católicos ajudaram os antigos nazistas a trazê-los de volta ao poder, e os protestantes foram mais ainda atraídos para nazismo do que católicos. Eles, e não os católicos, produziram um movimento dedicado à mistura da ideologia nazista com a doutrina cristã.

A “resistência” cristã foi principalmente contra os esforços nazistas no sentido de exercer maior controle sobre as atividades da Igreja. As igrejas cristãs estavam dispostas a tolerar a violência generalizada contra os judeus, o rearmamento militar, as invasões militares de nações estrangeiras, a proibição dos sindicatos, a prisão de membros do Parlamento, prisão de pessoas que não tinham cometido crimes, etc.. Por quê? Porque Hitler era visto como alguém que iria restaurar os valores cristãos tradicionais e a moralidade da Alemanha.

O Cristianismo Positivista.

O Cristianismo positivo (em alemão Positives Christentum) foi uma expressão adotada pelos líderes nazistas para se referir a um modelo de cristianismo coerente com o nazismo. Adeptos do Cristianismo Positivo argumentavam que o cristianismo tradicional enfatizava os aspectos passivos em vez dos ativos na vida de Jesus Cristo, acentuando seu sacrifício na cruz e a redenção sobrenatural. Eles pretendiam substituir isso por uma ênfase “positiva” do Cristo como um pregador ativo, organizador e combatente que se opôs ao judaísmo institucionalizado de sua época. Em várias ocasiões durante o regime nazista, foram feitas tentativas de substituir o cristianismo ortodoxo por sua alternativa “positiva”.

Jesus foi redefinido como um herói “ariano” que lutou contra o judaísmo. Consistente com suas origens na Alta Crítica, tais escritores frequentemente ou rejeitavam ou minimizavam os aspectos milagrosos das narrativas do Evangelho, reduzindo a crucificação a uma cota trágica da vida de Jesus, em vez de sua culminação prefigurada. Tanto Burnouf quanto Chamberlain argumentaram que a população da Galiléia era racialmente distinta daquela da Judéia. Lagarde insistia que o cristianismo alemão devia tornar-se de caráter “nacional”.

De onde surgiu a crença de que Hitler seria ateu?

O massacre de grande parte da população judaica da Europa perpetrado pelos nazistas entre 1941-45 ocultou o fato de que a política de extermínio adotada por aquele regime não circunscreveu-se à perseguição antissemita. Foi muito mais ampla de que se supõe. Tratava-se de um vastíssimo plano de eugenia que englobava outros setores sociais, cujas vidas os nazistas consideravam “indignas de serem vividas” (Lebensuntwertes Leben). Mas a política nazista da eugenia tinha as suas ambigüidades. Ao mesmo tempo em que se praticava a esterilização, a eutanásia e o genocídio, por outro estimulava-se a proliferação da “raça superior”, concedendo aos homens selecionados o direito de acasalar-se com várias mulheres, desde que elas fossem de origem ariana.

Quando os soldados alemães ocuparam os países vizinhos, essa prática foi estimulada para que novos seres arianos viessem ao mundo para poder substituir as baixas de guerra que a Alemanha estava sofrendo. As crianças nascidas nessas circunstâncias seriam criadas em orfanatos especiais (Lebensborn), sob orientação e supervisão do Estado nazista. Nenhum regime político até então havia se inspirado tão fortemente no darwinismo social e numa concepção tão radicalmente biológica – quase zoológica – como os nazistas o fizeram entre 1933-1945. Assim, a eugenia era tanto o pretexto para a eliminação dos indesejados como para a seleção dos escolhidos.

Aqueles que afirmam que Hitler era um ateu deveriam prestar atenção na Historia antes de começarem a pregar.

“Tratam-se de não-cristãos e ateus internacionais que agora se postam à frente da Alemanha. Eu não vou apenas falar do cristianismo, mas também vou professar que eu nunca me aliarei com partidos que destroem o cristianismo.”
- Adolf Hitler, num discurso emitido em Sttugard, 15 de fevereiro de 1933.
Hitler, batizado e criado como um católico, cresceu conhecendo o poder da religião como qualquer cidadão médio. Quando ele estava no poder, ele procurou definir uma meta para fazer da Alemanha uma pura nação crista. Ele, como Napoleão que afirmou acreditar que “a religião é excelente para manter as pessoas comuns calmas” procurou unir cada seita cristã no país junto com os católicos e os protestantes também.

Não, Hitler nunca foi ateu e seus ministros, menos ainda. Foi religioso desde o nascimento e morreu religioso, independente de como ele pensava que a religião era ou devia ser, não importa. O que importa é que a mentira descarada que ele era ateu, fazendo com que todas as pessoas que decidiram optar por não venerar nenhuma entidade supranatural tenham sua moral e ética questionadas por pessoas que seguem pastores que tentam passar em aeroportos com dinheiro escondido em Bíblias, e promovem ódio a membros de outras religiões, ou padres pedófilos ou que possuem a moral tão rasteira que qualquer grão de areia parece o Everest.

Ser ateu não é garantia nenhuma de que uma determinada seja imensamente boa ou cruelmente perversa. É uma filosofia pessoal, onde pessoas boas e más decidem se querem seguir uma divindade ou não. O mesmo serve para os religiosos, pois nenhuma crença fará com que você seja melhor pessoa, e se o fizer, é pena. Se você é bom só para ganhar um lugar no céu ou para fugir do Inferno, então – parafraseando Albert Einstein – você faz parte de um grupo bem miserável. Assim, o problema não é se você acredita num deus será imediatamente mau. Mas também não fiquem vociferando por aí que qualquer um que siga uma religião é bom-moço, cumpridor de leis, amável e justo. A História demonstra que nem todas as pessoas religiosas são tão éticas e possuintes de bom caráter,e sim: podem nascer verdadeiros monstros que se apegam a um livro religioso.

Pense nisso quando você sentar na sua igreja ou templo favorito e veja o mais fervoroso membro de sua congregação rezando com fervor. Nunca se sabe que mal se esconde nos corações humanos.

Fonte Principal: Ceticismo.net

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