Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Porque ainda temos policia Militar? Amarildo e Patricia . Exemplos de uma policia assassina



Amarildo é o pedreiro que desapareceu desde o dia 14, quando foi detido pela PM na Rocinha. Polícia afirma que ele foi solto. Mas não voltou para casa. Ao que tudo indica foi a primeira vítima do "DOI-CODI" do Cabral.

Moradores da comunidade, que atestam ter visto o pedreiro ser agredido por policias da UPP na noite do dia 14, acusam o Soldado Vital, conhecido no local como “Cara de Macaco”, de ter forjado uma prisão e sumido com Amarildo. Os dois tinham uma rixa, segundo testemunhas. De acordo com as mesmas fontes, Amarildo passou o dia 14 pescando e voltou pra casa na parte da noite. Ele passou em uma birosca e estava retornando para casa quando foi abordado por policiais. Após uma rápida conversa, os policiais teriam agredido o pedreiro com tapas e socos e colocado um saco plástico na cabeça dele, levando-o para a unidade da UPP. “Será que isso aconteceu por ele ser negro e pobre?”, questionou um dos amigos.

Não, a policia não faz esse tipo de distinção. Ao contrário do que se pensa a policia é democrática quando se trata de sumir misteriosamente com pessoas.

Patrícia Amieiro Branco de Franco - tinha 24 anos quando, ao retornar para casa na madrugada do dia 14 de junho de 2008, teve seu carro atingido por projéteis de arma de fogo, perdendo o controle do veículo, que mergulhou no canal à entrada da Barra da Tijuca.

Os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos são acusados da morte e ocultação do corpo da jovem mas estão soltos. Em junho de 2011, a juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, declarou a morte presumida da engenheira Patrícia Amieiro. O pedido foi feito pelo pai da vítima, Antônio Celso de Franco. Segundo o TJ-RJ morte presumida é pedida quando a pessoa já está há muito tempo desaparecida e não há mais possibilidades de se achar o corpo.

Onde estão Amarildo, Patricia e tantos outros?

Patricia Acioli - A juíza Patricia Acioli, reprimia o crime organizado e, principalmente, policiais corruptos. Se caracterizava por aplicar duras penas contra os traficantes de drogas, gangues e policiais corruptos. Por conta de seu procedimento, já havia recebido várias ameaças de morte. Morreu em agosto de 2011, assassinada por policiais corruptos que estavam sendo julgados por ela.

Mais exemplos - Monstros: PMs roubam, sequestram, estupram, atiram no rosto e jogam jovem de penhasco.

Uma jovem afirmou ter sido baleada no rosto e atirada de um abismo de nove metros, nas Paineiras, por dois PMs que tentavam lhe extorquir dinheiro, na noite de sexta-feira. Em depoimento na 6ª DP (Cidade Nova), onde o caso foi registrado no sábado, ela contou que reagiu à abordagem de um cabo e um soldado na região da estação Estácio do metrô. Além de ficar com o dinheiro, na versão da jovem, cuja identidade não foi revelada, os PMs queriam mais. Eles pensavam que a mulher, moradora do Morro de São Carlos, tinha ligação com o tráfico e pediam R$ 20 mil para libertá-la. Como a vítima sustentava que não tinha o dinheiro, teria tido início, então, um deslocamento por vários bairros, numa viatura policial e num carro particular, para o que, segundo ela, seria sua execução. Nas Paineiras, ela teria sido colocada sobre uma mureta. Os PMs, então, teriam atirado com uma carabina contra seu rosto e, em seguida, jogado a vítima de um precipício de nove metros. Mesmo ferida, ela conseguiu voltar para o asfalto e pedir ajuda a motoristas.

Após prestar depoímento e ser preso o soldado Rodrigo Nogueira Batista e um outro suspeito serão autuados por tentativa de homicídio, cárcere privado, roubo qualificado e estupro. Já que a vítima foi assediada sexualmente.

Roubo, cárcere privado, extorsão, tentativa de homicídio, assassinato, sequestro e estupro são crimes que cometidos pela mesma pessoa devem montar na mente de um cidadão a imagem de algum monstro. Deve ser ainda mais pavoroso quando tomamos conhecimento de que são cometidos diariamente por policiais.

Esse é o tipo de coisa que ocorre quando temos um estado inchado; que mantendo resquícios da ditadura, protegidos pelo código militar, seus agentes podem se dar ao luxo de serem violentos e totalitários - vez ou outra já que está em todos os setores da sociedade - Para evitar esse tipo de caso é urgente a necessidade de diminuir a influência do setor estatal na sociedade. É preciso avaliar a necessidade da existência da Policia Militar e a quem ela serve.

Mais Sobre:

Porque ainda temos policia militar no Brasil? - Pt1 "Tema aqueles que somente seguem ordens"

http://shogunidades.blogspot.com.br/2013/06/porque-ainda-temos-policia-militar-no.html

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