Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O PRESENTE DE MORALES


Bergoglio é um caso interessante e que me confunde. Quando foi eleito Papa toda a esquerda sul-americana deu xilique o acusando de ter delatado padres que colaboraram com os comunistas e ter intermediado a adoção para famílias de militares de crianças que tiveram os pais mortos nos porões de tortura da ditadura militar Argentina.

Depois disso adotou uma agenda diferente do esperado pelo seu suposto passado como cardeal e foi "beatificado" pela esquerda, o que pra mim confirma que esquerdista se preocupa muito mais com sua agenda que com gente morta (nenhum de nós perdoaria alguém que entregou nossos amigos ao inimigo, exceto um esquerdista já que o importante é o fim). Hoje muitos acusam de ser comunista.


Então eu me sinto perdido sobre o que o Papa Franscisco é na verdade. O que ficou claro é que ele ficou desconfortável com o presente, afinal ele é bem irônico e de extremo mal gosto a um católico. Nenhum regime, guerra ou religião matou mais cristãos que o Comunismo. E como Papa ele teria que repreender o "presente". Mas não posso dizer se Bergoglio ficou indignado. No máximo, que ele sabe a saia justa em que o presidente cocaleiro bolivariano o colocou.

Se eu que - embora tendo tido formação cristã - não sou católico, muito menos religioso; e pouco me importo com a igreja,  me sinto um pouco confuso em relação ao Papa, imagino que os cristãos devem sentir com ele. Sério, decidam-se.

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