Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre a questão: Israel x Palestina




Por: Thiago F. Thorenssen.

Procuro não falar sobre isso, pois acompanho esse genocídio e apartheid há tempos e tinha plena consciência - ou inocência - de que não existiam pessoas que não enxergassem o povo árabe da Palestina como oprimido, mas me surpreendi decepcionantemente, ontem ao falar sobre isso, então, se você apoia o governo israelense, por favor, faça o favor de me tirar de sua lista de contatos de qualquer tipo.

Não compactuo com gente imoral que apoia esse massacre. Guerra é aquela entre duas nações, e não de um dos maiores exércitos do mundo, o mais tecnológico que existe, contra, literalmente, aldeões.

Israel, sobre domínio do povo árabe, concordou com o movimento de reestruturação sionista após o massacre do povo judeu durante s II Guerra Mundial, acolhendo o povo judeu em seu território até mesmo pela história que o povo judeu tem com Israel, esse povo oprimido, desestabilizado e desestimulado encontrou força para se reerguer através de movimentos criados a fim de fundar um Estado judeu com o apoio do povo árabe, um exército comprometido com a recuperação da dignidade perdida durante a guerra, mas que manipulou e usou seu próprio povo para exterminar e expulsar todo povo árabe para uma periferia marginal e ergueram um muro para separar toda uma nação.


Em 1947, a ONU aprovou o plano de Partilha da Palestina. Com isso, o território palestino foi dividido em dois Estados, um judeu e outro árabe. Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.
No entanto, o Estado árabe prenunciado pela ONU nessa partilha nunca foi estabelecido e os palestinos lutam até hoje para ter o seu Estado. 


Agora aos trapos, num lugar que viria a ficar conhecido como faixa de Gaza, esse povo ficaria sem direito a edução (toda escola erguida para crianças palestinas poderem estudar seria e é demolida), sem direito a saúde, sem direito a segurança, sem direito a reconhecimento como humano, sem direito a qualquer direito que lhes desse algum reconhecimento mínimo de dignidade e à vida.

Engraçado, isso lembra um país europeu devastado pela primeira grande guerra e que encontrou forças através dos discursos de um jovem rapaz pobre e austríaco que acreditava na força do povo ariano...

Enfim, jamais, JAMAIS, verei como ação terrorista um povo oprimido, marginalizado, massacrado e infernizado e que usa as poucas forças que tem para chamar atenção do mundo, num último suspiro desesperado. Nunca verei como terrorismo um povo que luta pelos filhos, pelos pais, pela família e pelo direito de liberdade e de reconhecimento. Terrorismo é privar quem lhe estende a mão e te levanta da lama do direito de compartilhar o que tem contigo e ao tentar determinar uma paz definitiva depois de séculos de briga onde já haviam se consagrado, infelizmente, como vencedor, e nessa tentativa humanitária de acolhimento, ser vítima de um genocídio, pois esse povo é pobre, é fraco, é incapaz de lutar contra uma potência, e se você tem força e detém a última palavra, por que bradar aos quatro cantos do mundo que é vítima de terroristas, de uma população que representa, hoje, menos de 10% da população do seu país e que foi reduzida a isso através de um verdadeiro massacre? Na boa, reveja seus conceitos sobre terrorismo, e principalmente, sobre justiça. E enquanto não faz isso, fique longe de mim.


Desde o início desta última ofensiva foram 101 palestinos mortos contra 3 baixas israelenses. É mesmo desproporcional esta guerra que muito lembra o embate bíblico entre o menino David e o gigante Golias.

Comentário: Escolhi publicar o texto do Thiago por ele apresentar fatos muitas vezes ignorados pela mídia. Ainda que não concorde com 100% das opiniões dele ao colocar a Palestina como grande vítima.

Israel é uma potência militar. Possui uma das melhores agencias de segurança e de inteligência que se tem noticia. Com agentes tão bem treinados que causam inveja à CIA e ao FBI. Sem esquecer o apoio do Estados Unidos.

Sejamos sinceros. Se realmente fosse do interesse do governo israelense já teriam desmantelado toda a rede do Hamas. O que estamos assistindo é um extermínio étnico lento e metódico.

O Hamas é covarde, usa seu povo como escudo humano, mas isso nunca impediu Israel de atirar. É até conveniente...

Não tenho dúvidas que ambos os lados apenas usam a religião para justificar suas atrocidades e conseguir apoio de uma massa iludida. Ambos os povos creem no mesmo Deus e tudo não passa de um mal entendido politico proposital.

Tenho certeza que boa parte do povo israelense não concorda com isso. Assim como tenho certeza absoluta que o Hamas não representa o povo palestino. Não passam de criminosos, iguais aos do governo israelense com fome de poder. Mesmo que seja apenas para dominar um pedacinho do inferno.

Eis um exemplo: Um judeu contra o estado de Israel


Se existissem mais religiosos como este rabino teríamos um mundo muito melhor.

Quem defende as atrocidades do estado israelense usa a mesma lógica do tipo de gente que acha normal murar favelas para separa-las das residências do asfalto. E quem defende o Hamas defende o indefensável e deve sofrer de alguma doença mental.

Não compactuo com corruptos, bandidos, assassinos, ladrões e genocidas. E nem acho correto a máxima de que os fins justificam os meios.

Não adianta dizer que o Hamas descumpriu todos os acordos de paz. Somente um governo muito doente ou mal-intencionado faria acordos com uma milicia que usa seu próprio povo como escudo. Afinal estamos falando de um grupo que usa escolas e hospitais como paiol.

Ninguém está absolutamente certo. E todos estão errados. É apenas um ciclo da história que se repete. A lamentar os palestinos inocentes que morrerão usados de escudo humano pelos terroristas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Recomenda-se ao comentarista que submeta seu texto a um corretor ortográfico.

Pede-se o uso de parágrafo, acrescentando-se um espaço entre uma linha e outra.

O blog deletará texto só com letras MAIÚSCULAS.


"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)