Millor Fernandes:


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Full Metal Jacket: A resenha de The Satanist do Behemoth (2014)

Como prometido 2014 é o ano em que o 'Shogunidades' dará ainda mais espaço para a musica. Estreia hoje mais uma coluna esta, dedicada e resenha dos principais lançamentos do ano.

Nada melhor que começar com o até aqui, principal lançamento de metal.

 'Full Metal Jacket' por Carlos Henrique.

Behemoth -The Satanist (2014)



No calendário do metal extremo, 2014 é o ano do Behemoth

Bom, amigos, antes de qualquer coisa, é um prazer estrear esta coluna aqui no Shogunidades onde o foco é trocar uma ideia sobre música, especificamente na área mais pesada do rock; o nome “Full Metal Jacket” é uma homenagem a um dos meus filmes favoritos (Nascido Para Matar, de Stanley Kubrick).

Para iniciar os trabalhos, quis escrever um pouco sobre o trabalho novo do Behemoth.

O metal extremo tem um público grande e fiel e um número tão grande quanto de bandas que são aguardadas com discos novos ano após ano. Do mainstream (se é que podemos usar este termo em um gênero como esse) ao underground, 2014 promete mais uma vez uma chuva de grandes lançamentos em todos os subgêneros da música extrema.

Ainda estamos em fevereiro e com mais 10 meses pela frente um nome surge como um dos fortes candidatos às já famosas – e a essa altura clássicas – listas de melhores do ano:

Trata-se de “The Satanist” dos poloneses do Behemoth.

O trio liderado por Adam ‘Nergal’ Darski (vocal e guitarra), que é acompanhado por Tomasz ‘Orion’ Wróblewski (baixo e voz) e Zbigniew Robert ‘Inferno’ Prominski (bateria), retorna com um trabalho inédito cerca de cinco anos após “Evangelion”, de 2009; durante esse tempo a banda foi pega de guarda baixa com um diagnóstico de leucemia no líder Nergal, que o fez passar por um forte tratamento até a sua cura, o que serviu de grande inspiração para a composição deste álbum.

Extremamente bem composto e com uma produção excelente, “The Satanist” dá uma aula de brutalidade sem precisar se render à clichês para soar extremo e impactante; já na abertura com ‘Blow Your Trumpets Gabriel’ podemos notar os ótimos timbres dos instrumentos nessa canção que prima pela morbidez e riffs lentos e instigantes, culminando em um final rápido e sensacional. ‘Furor Divinus’ tem três minutos de duração e é uma paulada do início ao fim, destaque para os vocais de Nergal que soam mais fortes que nunca. A destruição continua com ‘Messe Noire’, a minha favorita, que começa cadenciada e surge com um crescendo épico no final, digno de encerramento de show. Ótimo trabalho também do baterista Inferno – que assim como o baixista Orion, fez um grande trabalho no álbum todo.

‘Ora Pro Nobis Lucifer’ é daquelas canções que já nascem clássicas. Não vai demorar para se tornar mais um dos hinos do Behemoth – se é que já não se tornou. Riffs insanos, instrumental forte, grooves empolgantes com mudanças de tempo que faz com que os quase 6 minutos passem muito rapidamente.


Destaco também a faixa-título que tem um quê grande de Gojira, tanto no vocal como no instrumental, assim como ‘O Father O Satan O Sun!’; a faixa ‘Amen’ é um soco no estômago que vai saciar a parcela de fãs do metal extremo que gosta das bandas mais velozes do gênero. Restam ainda ‘Ben Sahar’ e ‘In The Abscence ov Light’ neste disco que já nasceu como um dos melhores trabalhos do Behemoth.

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