Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Contar para não esquecer: Golpe Militar x Guerrilha Armada


Os 50 anos do golpe militar de 64 tem sido relembrado à exaustão pela imprensa, movimentos sociais, políticos e pela sociedade civil.

Eu concordo que esse fato, possivelmente nosso maior fato histórico mereça a lembrança (principalmente depois do AI 5); a critica e principalmente uma análise isenta para evitarmos que se faça manipulação de ideias com fins políticos desse marco histórico.

Hoje a esquerda chora seus mortos e conclama a verdade sobre os desaparecidos, nada mais justo se não fosse o uso politico e a forma revanchista que os governistas tem usado nas "comissões da verdade". O uso politico fica evidente quando é lembrado da Lei da Anistia, um acordo politico que se sobrepõe a qualquer tentativa de punir torturadores e militantes. Outra mostra do uso politico foi a presença apenas 400 pessoas comparecem a um ato que lembrava 50 anos do golpe militar e pedia punição a torturadores da ditadura. Onde estavam as organizações e movimentos sociais?(http://folha.com/no1433549).

O tendencialismo acontece de todos os lados. - Até quando o Bolsonaro vai ao congresso fazer suas picuinhas de sempre - Interpreta-se a coisa como se fosse uma luta da bandidos x mocinhos e nunca foi isso. Era uma luta para ver quem implantava uma ditadura primeiro; Se seria militar aos moldes do Chile, Argentina etc... ou aos moldes de Cuba. Ou seja, democracia NÃO ERA UMA OPÇÃO. Credita-se que o golpe foi feito devido a politica reformista de João Goulart. Mas não se enganem.

Do meu ponto de vista liberal, tudo não passou uma guerra de Estatistas x Estatistas.

Na economia isso pode ser percebido pela semelhança do que o atual governo petista faz para o que foi feito pelos militares.

No lado politico sugiro que procurem pelos manifestos da esquerda da época e vejam se havia alguma menção da devolver o mandato a "Jango". Não, o interesse era fazer no Brasil uma revolução aos moldes de Cuba ou da União Soviética.

A esquerda como um todo hoje nega até a morte isso, para evitar ser vinculada ao regime genocida de Stalin. Mas a verdade é essa.

Ainda em 61, após a renuncia de Jânio; Raul Pilla, líder do Partido Libertador na época, já antevendo que um golpe poderia vir de um dos lados tentou propor uma emenda parlamentarista para retirar o poder do executivo e diminuir os incentivos para qualquer tipo de golpe.

Em seu discurso disse: "... Ninguém se iluda, Sr. Presidente. Ou conseguiremos, graças ao bom funcionamento deste admirável instrumento que é o sistema parlamentar, transpor a caótica situação em que se encontra o país, evitando os salvadores de várias categorias, que já andam a espreitar a presa, ou nada nos salvará da ruína, num mundo em que a democracia do poder parece ir levando à catástrofe final”."

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/emenda-parlamentarista

Obviamente essa emenda não foi aprovada.

Enquanto se relembram os quase 400 mortos e desaparecidos do "nosso" regime militar. Nossos governantes mantém relações estreitas com o regime cubano.

De acordo com O Livro Negro do Comunismo - escrito por estudiosos franceses de esquerda (ou seja, dificilmente uma mera publicação "direitista" ou de "fanáticos anticastristas de Miami") - ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960. (Slobodan Milosevic, não custa lembrar, foi a julgamento por ter ordenado 8.000 execuções.

Tenta-se transformar o Golpe Militar em algo semelhante ao Holocausto Nazista. Deveriam lembrar que em Cuba, modelo pretendido pelos guerrilheiros se matou muito mais que a ditadura militar brasileira.

A luta armada pouco ou nada tem de melhor em relação ao regime militar. Não havia nada de democrático nela. E se nos dias de hoje os ex-guerrilheiros através de seu partido (PT) conseguiram chegar ao poder pelo voto direto, é mérito deles. Eu mesmo votei no Lula em 2002. Já os meios pelos quais eles tem conseguido se manter no poder ou aprovar as medidas que lhe interessam (como compra de votos) além do apoio a outros regimes nada democráticos da América latina são tão condenáveis quanto os métodos usados pelos militares (Tortura, Censura). Em termos práticos, as experiências de governos socialistas/comunistas estão muito mais próximas do que foi visto no regime militar.

Já sobre o regime militar não preciso tecer criticas, pois é consenso que de que foi um desastre econômico e social completo.





Mais:

Liberalismo e Governo Militar - Nada a ver 
http://www.libertarianismo.org/index.php/blog/liberalismo-ditadura-militar-nada/

Gabeira diz que nem ele nem Dilma queriam a democracia pela luta armada

O Verdadeiro Che Guevara
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260

Um empresário que ninguem quer lembrar
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/7952_UM+EMPRESARIO+QUE+NINGUEM+QUER+LEMBRAR

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