Tenho que admitir que não sou grande leitor de biografias e
autobiografias. No meu histórico posso colocar menos de cinco lidas. Digo isso
pra deixar claro que minha opinião não é a opinião de um especialista na área,
mas, mesmo assim, tive vontade de falar sobre essa biografia em especial.
Terminei de ler esses dias e tenho que dizer que fiquei bem
satisfeito. O livro é de leitura simples e direta. Achei uma biografia bem
jornalística, digamos, por que o formato de escrita lembra bem textos e notícias
de jornais.
All That Matters foi escrita pelo
pesquisador e especialista em entrevistas Paul
Stenning. Paul já escreveu mais de 20 livros, incluindo a
biografia do Robert Pattinson, o que não é uma referência que considero muito
louvável, mas vamos lá... Ele já escreveu diversas outras biografias, incluindo do Guns N’ Roses, AC\DC e Iron Maiden.
O livro é bem interessante. Eu nunca havia lido nada sobre o
Metallica e achei rica a quantidade de informações fornecidas no livro, porém
senti que careceu um pouco de pessoalidade, mas isso pode ser comum em biografias
escritas por pessoas “de fora”. A preferência seria que fosse uma
autobiografia. Mas mesmo assim recomendo a leitura.
O livro começa retratando de maneira sucinta e clara a infância
e adolescência de James e Lars, cada um em sua realidade (que eram radicalmente diferentes); e, depois, conforme os outros membros foram brotando na história da banda, também é feita
a breve descrição sobre a infância e adolescência dos mesmos.
Bem complicada a origem da banda. Os caras enfrentaram uma
barra, grandes dificuldades no início da carreira. É muito admirável que eles
tenham conseguido passar por tudo que passaram, das dificuldades financeiras à
trágica morte de Cliff Burton, que foi um dos momentos mais tristes do livro,
para mim.
A abordagem a respeito da criação de cada álbum da banda
também é bem interessante. Paul ressalta a importância e o jeito de agir de
cada produtor como um dos fatores da mudança de estilo que a banda tomou,
diversas vezes, ao longo de sua carreira e também no amadurecimento musical e pessoal
de cada um.
Outra coisa que tenho pra criticar nessa biografia foi um
certo comedimento e, por que não, uma certa censura sobre determinados aspectos
da vida da banda. Paul é um tanto reticente e deixa bem nas entrelinhas o
envolvimento da banda com drogas, apenas comentando eventualmente e deixando
subentendido. Talvez isso tenha acontecido justamente por que o livro foi
escrito por uma pessoa “de fora” e não por uma pessoa que realmente estava
dentro da banda.
O que aproxima os relatos do livro da intimidade da banda são
os depoimentos de ex-membros, membros atuais da banda, ex-namoradas,
produtores, amigos próximos, etc.
Vale a pena a leitura. É uma boa fonte de informação
sobre a origem da banda, o movimento musical da época e um pouco sobre o estilo,
mas não esperem nada muito denso ou profundo.
Ano passado eu li o livro "Metallica e a filosofia" em que ele abordava mais diretamente os problemas com drogas e alcoolismo da banda e principalmente se James
ResponderExcluirJá vi esse livro vendendo. Vou pegar pra ler também, cara.
ExcluirA biografia que li antes, na verdade foi uma autobiografia, foi a do Lobão, e ele fala sem censura. Sem querer eu fui ler a do Metallica com a mesma expectativa.