A frase que dá título a
este texto, traduzindo do Latim, significa: A palavra tem poder. Esse é o nosso
traço distintivo de outros animais, o uso da palavra, é o que nos proporcionou
o primeiro grande salto evolutivo e tecnológico. Tanto é verdade que os maiores
líderes no decorrer da História eram grandes oradores. Quem domina a palavra,
domina as ideias e quem domina as ideias, domina os povos.
E foi pensando nisso que
fiz algumas observações acerca de duas palavras muito usadas pela esquerda e
seus intelectuais. Palavras essas que fingem um uso humanitário ou de luta por
igualdade, mas no fim, revelam-se unicamente criadas para criar medo, confusão,
pensamento contraditório e a nefasta intenção de dominar, como ensina a velha
cartilha de doutrinação esquerdista quanto ao uso do duplipensar. Vejamos quais
são.
A primeira delas é a
palavra HOMOFOBIA:
A palavra fobia tem origem
grega e significa "medo".
O prefixo homo tem a mesma
origem e significa "igual".
O seu significado literal,
partindo de seus elementos estruturais seria algo como “medo de semelhantes”,
ou seja, seria alguém que teria medo de pessoas do mesmo sexo. O que é muito
diferente da intenção de seu uso que é designar alguém que tem repúdio ou
aversão (diferente de medo) a homossexuais.
Percebam a incoerência e
como no fundo o seu uso é apenas para criar contradições em nosso pensamento e
nublar o raciocínio:
O termo que era usado pra
designar homossexuais na antiguidade (origem desses prefixos) era em grego
arsenokoitês e em latim scortator.
Já a palavra que designa
ódio ou repulsa em grego é misio, daí por exemplo misoginia ser ódio ou repulsa
às mulheres (ginio).
Notem que nem os termos
latinos ou gregos (formadores do nosso léxico) apresentam qualquer semelhança
com os termos adotados, nem para os homossexuais, nem para o sentido de aversão
ou repúdio. Ou seja, usam uma palavra sem qualquer sentido e com isso colocam o
sentido que quiserem com as piores intenções.
A outra palavra é um
neologismo: EMPODERAMENTO.
A palavra em si é apenas
isso: uma palavra. Um substantivo abstrato que paira no âmbito das ideias. Meu
problema é com os responsáveis por sua natividade e uso e que provoca em mim,
apreciador da lógica linguística um desconforto concreto. Vejamos por quê.
Primeiro, analisarei a
palavra. EMPODERAMENTO seria algo como tomar o poder. Seria uma apropriação do
verbo Apoderar-se acrescido do sufixo MENTO pra indicar uma ação.
Tomar o poder. Daí vem meu
desconforto. Vejam. Para alguém ou algum grupo tomar o poder, deve haver alguém
subjugando e alguém ou grupo subjugado, não há nivelamento, não há equilíbrio
de forças, logo, não há igualdade.
Porém, os usuários
corriqueiros desse termo são os que mais pregam igualdade: feministas, grupos
antirracismo, movimentos LGBTUVXZ e afins. Qual a coerência e lógica de
exigirem igualdade lutando por tomar o poder?
Portanto, vejam como o uso
ou criação de palavras podem esconder intenções muito mais malignas e criadas
para fazer pensar ou travar o pensamento. Esses são dois perfeitos exemplos da
prática o duplipensar tão perigosos em nossos dias.
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