Millor Fernandes:


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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Som da semana: estreia solo de Abbath, tributo ao Metallica e despedida de David Bowie

FotorCreateda

O  ex-vocalista e guitarrista do Immortal, Abbath Doom Occulta (me amarro nesses nomes) se aventura em seu primeiro disco solo, autointitulado, após deixar a banda; mas não espere nada diferente de sua ex-banda. É o mesmo tipo de black metal e, sinceramente, é muito foda. Particularmente não sou um apreciador do gênero, mas o Immortal é uma banda que sempre gostei. O grande destaque do disco é Root of the Mountain, que alterna momentos mais lentos com outros mais rápidos, mas completamente cadenciada. To War é excelente e tem alguns riffs mais thrash e death metal por aqui e ali; Winter Bane Fenrir Hunts são outras que merecem uma boa ouvida a todo volume.




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Tributo ao Metallica
Eu tenho um cansaço natural com discos tributo talvez porque uma minoria me agradou de verdade; acho que já vi muito mais discos bons de uma banda que decide gravar um disco de covers do que várias bandas interpretando o som de uma em um disco só. Aqui é meio diferente, em A Tribute to Metallica - Master of Puppets são 8 bandas interpretando somente um disco do Metallica, o clássico Master of Puppets. Destaques: Ensiferum em Battery, Tankard em Damage Inc., Bullet For My Valentine em Welcome Home (Sanitarium) e o Trivium em uma estupenda versão da faixa que dá nome ao disco. Já as outras 4 bandas não me agradaram e infelizmente o Mastodon está entre elas; sua versão de Orion me pareceu muito despretensiosa e deveras mal produzida. O Afflicted assassinou Leper Messiah com um timbre de guitarra horrível. John Garcia em That Thing That Should Not Me e Chimaira com Disposable Heroes não foram um total decepção mas também não fizeram nada demais.


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David Bowie

Agora que já passaram-se alguns dias de sua morte já posso postar algo relacionado a isso sem que as pessoas pensem que é "coisa do momento" ou "oportunismo"; eu já havia me manifestado que não gostei nem um pouco de Blackstar, o último disco do cantor lançado dois dias antes de sua morte. Reescutei o álbum para traçar essas linhas com o pensamento de que o cara já sabia que iria morrer e que, como disse seu produtor Tony Visconti, queria fazer um álbum de despedida. Consegui compreender toda a melancolia que envolve as 6 faixas, mas continuei não gostando do disco como um todo. Faço exceção à faixa Lazarus, que ao ouvir a letra e assistir ao vídeo fica perceptível a mensagem que Bowie quis passar para quem gosta de sua música e é um troço simplesmente emocionante a partir do momento em que você se toca sobre todas as mensagens - já não tão - subliminares da letra, uma verdadeira carta de despedida. O resto do álbum definitivamente não me agradou.
(não sei por qual motivo o link para o clipe original não podia ser postado)




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