Duas
notícias me chamaram a atenção nos últimos dias relacionadas as ocupações de estudantes
no Rio de Janeiro e em São Paulo: na primeira, alunos paulistas expulsaram os ocupantes
para que as aulas voltassem a acontecer. Na segunda, uma escola privada da
Baixada Fluminense abriu suas portas para alunos oriundos da rede pública prejudicados
pela greve dos professores (nos links http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/05/estudantes-expulsam-alunos-de-ocupacao-e-retomam-etec-de-sp.html
e http://extra.globo.com/noticias/rio/escola-particular-na-baixada-oferece-vagas-para-alunos-do-estado-que-estao-sem-aula-19308134.html).
O
que chamou a minha atenção foi justamente o fato de que nos dois casos os
alunos, uma parte considerável deles, foi contra não só ao discurso como também
as ocupações em si. Eles queriam aulas, sabem da importância da educação como
meio de melhoria de suas realidades. São jovens que não se vitimizam e não
compram mais a narrativa dos coletivismos.
Isso
é um fato de grande valor para aqueles que batalham para desconstruir a
narrativa esquerdista. São jovens que cresceram na era PT e percebem que o
discurso de professores e até seus pais não bate mais com a realidade. Eles não
se sentem representados por docentes grevistas que dizem lutar por eles. São alunos
que querem aulas, querem professores que ensinem de forma honesta, sem esconder
a realidade.
E é
reflexo desses nossos tempos. Por trabalhar com jovens se preparando para o
ENEM, ouço seus relatos, suas críticas com relação aos discursos de professores
de esquerda e, devido ao meu posicionamento, aumenta o número dos que buscam
algo além de slogans.
Evidentemente,
ainda vulneráveis a esse tipo de pressão ideológica, entrarão na faculdade e se
depararão com uma militância muito mais voraz, porém, um trabalho bem feito com
eles os protegerão de professores mal-intencionados e mostra como há uma nova
geração ávida por novas ideias.
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