Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Dossiê Ciro Gomes, ou porque não voto em Ciro Gomes

Estamos dando um descanso ao "mito de barro" e ao "9 dedos" para pegar no pé de outro oportunista e herdeiro de uma das mais antigas oligarquias políticas do Brasil, Ciro Gomes, cuja a família disputa eleições desde 1890


Oligarquia Centenária

 

A família Gomes de Sobral pode certamente ser considerada uma das oligarquias mais antigas do Brasil uma vez que disputa eleições desde o ano de 1890. Ciro e seu irmão Cid Gomes são herdeiros dessa oligarquia.

Tendo como vitrine a cidade de Sobral (CE), a oligarquia dos Gomes sempre demonstrou ter como sonho botar Ciro na Presidência da República.

Ainda em 2007 a revista Paiauí fez uma matéria escancarando essa "tradição" centenária dos Gomes na Politica, gerando até certa irritação de Ciro.

http://piaui.folha.uol.com.br/materia/oligarquia-irritada/

A revista ainda definiu:

Como oligarquia é o regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes à mesma classe ou família, os Gomes não têm por que se irritar. Poderiam até se alegrar, já que, ao contrário de outras oligarquias nordestinas, como os Sarney, os Magalhães, os Alves e os Maia, que foram humilhados nas urnas na última eleição, eles estão por cima da carne-seca. Desbancaram o grupo capitaneado pelo senador tucano Tasso Jereissati, têm cinco da família em cargos eletivos e são os chefes políticos incontestes do Ceará.

NT do Blog:
Assim como não consideramos que um político de com 28 anos de inutilidade no congresso nacional como Bolsonaro possa representar algum tipo de mudança para o Brasil entendemos  o mesmo sobre Ciro Gomes.

Sem papas na língua


- Sem Papas na língua irmãos Cid e Ciro Gomes colecionam momentos de grosseria ou "verdade"

 http://www.huffpostbrasil.com/2015/03/19/sem-papas-na-lingua-irmaos-cid-e-ciro-gomes-colecionam-momentos_a_21681588/


Bolsonaro não é o único que coleciona polêmicas e declarações lamentáveis. Seu igual concorrente de sinal trocado, Ciro Gomes também não deixa nada a dever...

- O ex-governador do Ceará e ex ministro do governo Lula possui 80 processos por danos morais a maioria de outros políticos
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/ciro-responde-a-80-processos-por-danos-morais-so-no-ceara-informa-jornal/

 

Machismo

 

Para um candidato representante da esquerda Ciro Gomes coleciona pérolas em declarações lamentáveis sobre mulheres, a começar pela sua própri esposa Patricia Pillar quando numa entrevista em sua campanha à presidência em 2002 disse a seguinte frase quando questionado sobre a importância de sua esposa: "A minha companheira tem um papel fundamental. Ela dorme comigo". A declaração repercute até hoje.



Mais recentemente ele soltou outra declaração impertinente sobre a candidatura de Marina Silva à presidência:

https://blogdacidadania.com.br/2017/10/pelo-brasil-ciro-gomes-precisa-pensar-antes-de-falar/


Destempero

 

Em 2014, então secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, mandou o irmão de uma paciente com câncer "ir à merda". O parente de Ana Joaquina, 56 anos, questionava Gomes sobre a falta de dinheiro para comprar remédio, enquanto o estado construía estádio.

Entre pedidos de "mais saúde e menos Copa", Ciro mais uma vez detonou um paciente:

https://www.youtube.com/watch?v=pP_PVc6wOws




- O retrospecto de Ciro Gomes e o risco que ele representa



http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/o-retrospecto-de-ciro-gomes-e-o-risco-que-ele-representa/

Com o impeachment da presidente Dilma Rousseff se aproximando, a esquerda brasileira já vem buscar a sua reorganização desde já. A personificação dessa reorganização está na figura do ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes, recém-ingresso em um dos partidos mais fiéis da quase exterminada base governista, o PDT. O paulista radicado no Ceará tem reunido em torno de si praticamente toda a esquerda, da ala social-democrata até os mais ferrenhos governistas petistas com o seu discurso.

Poderia ser a esquerda brasileira procurando um novo nome para renovar o espectro, após o fracasso do governo do PT. Mas, Ciro já é uma figurinha carimbada da política brasileira. Em 1979, o então estudante de direito da Universidade Federal do Ceará, foi vice-presidente da chapa “Maioria” na eleição da União Nacional de Estudantes. Tal chapa era apoiada pelo PDS, partido que dava sustentação ao governo militar e pelo mesmo PDS, Ciro foi eleito deputado estadual no estado nordestino em 1982.

No ano de 1983, Ciro trocava pela primeira vez de partido. Deixava o PDS rumo ao PMDB, partido pelo qual se reelegeu deputado estadual em 1986 e, dois anos mais tarde, Ciro liderou junto com Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati o racha interno do PMDB, que deu origem nascer o PSDB.

Pelo partido tucano que Ciro começa a ganhar expressão nacional, sendo eleito governador em 1990 e começando a formar uma máquina eleitoral forte no estado, tornando-se o mais novo coronel da política nordestina. Ao final do seu mandato como governador, é convidado pelo presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Fazenda, substituindo Rubens Ricupero pelo chamado “escândalo da parabólica”, ficando na cadeira até a posse de Fernando Henrique

Em 1996, sua máquina política elege seu irmão, Cid Gomes, prefeito da cidade de Sobral, ainda pelo PSDB. Após as eleições municipais de 1996, Ciro é convidado pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire para ingressar nas fileiras do partido. Nos anos de 1998 e 2002, Gomes se lança candidato à presidência pela legenda, ficando em terceiro lugar em 1998 e em quarto em 2002.

Ciro consegue, ainda, com sua máquina política, eleger em 2002 sua ex-esposa, Patrícia Saboya ao Senado.

Com a posse de Lula, Ciro é convidado para integrar o Ministério da Integração Nacional, ocupando a pasta de 2003 até 2006, quando se lançou a deputado federal em mais uma troca partidária: Ciro deixava o PPS, que desembarcara da base governista e migrava junto com seu irmão Cid para o PSB. Neste contexto, Ciro elege-se deputado federal e o seu irmão, governador do estado. Na eleição de 2006 Ciro coloca mais um integrante da família Gomes na máquina administrativa do Ceará, com a eleição de seu irmão Ivo Gomes para o cargo de deputado estadual, enquanto ajuda na reeleição de seus irmãos para os cargos de governador e deputado estadual e articula, no segundo turno, a campanha da candidata Dilma Rousseff à presidência da república pelo PT.


Ciro, então, é nomeado por seu irmão Cid para a Secretaria Estadual de Saúde em 2013, quando realiza mais uma troca partidária. Com o desembarque do PSB da base governista ele, e boa parte dos seus aliados políticos, se mudam para o recém-criado PROS. Em 2014, a máquina da família Gomes ajuda a eleger o petista Camilo Santana ao governo do estado. Tal fidelidade ao governo Dilma fez com que o irmão de Ciro, Cid Gomes, assumisse o Ministério da Educação. Porém, após uma discussão entre Cid e o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, envolvendo até troca de ofensas entre os dois, Cid perde o cargo de ministro.
Ciro Gomes já vinha preparando nos bastidores a sua volta ao cenário, deixando a área de articulação política e, no início desse ano, ele, seu irmão, Ivo e seus aliados deixam o PROS rumo ao PDT. Hoje, Ciro Gomes está sintonizando seu discurso com a militância acadêmica e política de esquerda, carentes de lideranças após os andamentos da Operação Lava-Jato e a queda gradual do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff, para ser o candidato a presidência em 2018.

Ciro Gomes não significa a renovação do sistema político e, sim, mais um dos políticos profissionais e fisiologistas que a população brasileira se cansou de ver e ouvir. Representa em si tudo que buscamos fugir, que é a fusão entre o socialismo e o fisiologismo, fusão essa que ajudou a deteriorar o país nesses últimos treze anos de governo do PT.



Um comentário:

  1. Tirando o último parágrafo, concordo com todo o resto. A m´qauina é fisiologista, não os partidos em si.

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