Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sábado, 18 de junho de 2011

Porque o Rio de Janeiro vive uma ditadura?

O governo de Sérgio Cabral pode ser considerado um estado de exceção em pleno regime democrático. Pode-se afirmar que em certos aspectos o Rio voltou aos tempos de Ditadura. O estado de exceção de Cabral se caratecriza por:

Domínio do Legislativo – Cabral conseguiu maioria absoluta na Alerj a partir de troca de favores com deputados da base aliada

Domínio do Judiciário – Todo controle da justiça, com cassações suspeitas de opositores, absolvições questionáveis de aliados, processos contra apadrinhados que não andam, controle sobre os juízes de carreira, barganhas e todos tipos de favorecimentos aos juízes amigos, quase todos do quinto constitucional. Tentativa de cerceamento do MP. Os resultados apareceram rápido: apenas 8 % dos crimes do Rio são apurados e punidos

Repressão aos jornalistas – O jornalismo do Rio tornou-se subserviente aos anúncios do Estado e à sua influência política. Os que andam fora da linha pagam caro, como o blogueiro Ricardo Gama, levou seis tiros, um jornalista demitido do jornal O Dia (Dalcio Mata) por críticas a Cabral e um terceiro que “sumiu” em pleno ar após falar mal de seu governo na TV Bandeirantes (Ricardo Boechat).

Aniquilação da oposição no interior – A partir de troca de favores e obras, venda de sentenças e cassações suspeitas, Cabral conseguiu apoio dos 90 dos 91 prefeitos do interior, 30 deles da oposição

Repressão aos movimentos sociais – Repressão policial aos movimentos grevistas, não atendimento das reivindicações, perseguições aos líderes sindicais , falta de diálogo com os sindicatos e associações de classe

Desrespeito aos Direitos Humanos – Sob a desculpa de reprimir o tráfico, a polícia do Rio mata, sequestra, invade casas sem mandados judiciais, faz escutas clandestinas. O tráfico recuou, mas as milícias avançaram e já dominam 1/3 das comunidades do estado;

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"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)