Millor Fernandes:


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terça-feira, 1 de maio de 2012

A volta do Dorsal Atlântica: Novo CD, Livro e MOA

Se em abril uma bomba de Hiroshima caiu sobre as cabeças dos amentes de Heavy metal no Brasil com todo o fiasco e a mídia negativa criada pelo Festival/estelionato Metal Open Air. Maio começa com uma nova bomba esta porém muito mais agradável.

A volta do Dorsal Atlântica com sua formação original. Por tudo que aconteceu no mês passado para a história do metal no Brasil eu vejo essa noticia como um sinal de que é possível nos reerguermos.


O burburinho começou após a divulgação deste vídeo:


Não demorou muito para que se comemorassem a noticia ou a criticassem.

Há quem diga que Carlos Lopes falou mal do metal e saiu fora. Criou-se todo um escândalo por ele ter acabado com o Dorsal para fundar o Usina Leblond, uma banda funk/Soul.

Engraçado porque o Rob Halford (Judas Priest/Halfor/Fight) também falou mal, chagando a anunciar o fim do Heavy Metal, fundou um grupo chamado Two foi tocar Techno. Após o fracasso desse projeto voltou com o rabinho entre as pernas com uma carreira solo chamada Halford, (Gravou dois discos solos maravilhosos) e ninguém meteu o malho nele por isso.

Hoje, Carlos Lopes publicou na página onde está veiculado o vídeo algumas explicações sobre o retorno do Dorsal e até revelou um convite dos "organizadores" do MOA ao Dorsal. Pelo nível da proposta pode-se ter uma ideia da picaretasse desses caras.

Leiam as explicações:

O ORÇAMENTO

O orçamento de 40 mil está subfaturado, por menos não há como fazer o disco. Se quiserem pesquisem no site da Receita Federal: o imposto sob o valor arrecadado é de 27%. Em um dos nossos cálculos anteriores, arrecadávamos 40 mil e mesmo assim, ainda devíamos 15 mil. Depois concluímos que a única solução seria permitir o livre acesso a valores mais baixos e limitar os mais altos. Todos os itens como estúdio de gravação, ensaio e prensagem (mil cópias) estão com descontos. 

O valor de 40 mil cobre todos os custos, inclusive de correio, arte gráfica, transporte, alimentação e pagamento de músicos e técnicos. Estamos falando da DORSAL e a DORSAL merece o melhor, os fãs merecem o melhor, e por fim: a DORSAL não é moda, a DORSAL é…F&#@

SOBRE O CD

 O projeto nunca foi pensado para ter shows, antes ou depois. Os shows serão consequência, se recebermos propostas profissionais. Particularmente, não me interessa cair na estrada, o que me interessa, e o que ainda me estimula, é gravar. Gosto de compor e registrar o que escrevo, e se o fizer com meu irmão e com o baterista Hardcore, melhor ainda. Gosto de estar cercado por irmãos. Disco bem feito é produzido com talento, alma e verba, pois sem verba a gente gravaria em casa, mas esse não é o objetivo, essa não é a meta. 

Nosso objetivo é perguntar ao público, aqui e agora, que nos pedem há 12 anos para que a banda volte, se todos estão dispostos a investir nesse sonho: na volta da DORSAL, mesmo que em disco. Se não há mil pessoas, amigos, fãs, bandas que queiram ver esse sonho se tornar realidade, os insistentes pedidos de retorno, não eram verdadeiros. Agora é a hora da porca torcer o rabo, da onça beber água. 

Se mil pessoas comprarem o novo CD da DORSAL, ele será também um item de colecionador para esses APOIADORES, pois ele não será mais reprensado. Tendo o CD, haverá o livro GUERRILHA! com capa dura. Se não houver um, não haverá o outro. Nenhum desses produtos será feito para ser vendido depois.


Livro GUERRILHA!

Há anos, nos pedem o livro de 1998, que está esgotado. Nesse ano, começamos a alinhavar o relançamento revisado por uma editora. O negócio ainda não prosperou, mas me incentivou a incluir uma versão “de arte” do livro no projeto. 


Recebi vários orçamentos de várias editoras e o custo é basicamente o mesmo: 100 reais. Se vendermos poucos livros, o custo aumenta. A produção será sob demanda, só imprimiremos o que for comprado.


 Ao invés de refazer o livro como era, pequeno, optamos em dar aos fãs um produto de alta qualidade, em formato maior, com fotos de página inteira, papel couchê 150, capa dura envolta em courvin negro – para parecer couro – e o título em letras prateadas. Esse processo das letras prateadas se chama hot stamping e para ser feito é preciso que uma matriz seja gerada.


 O custo dessa matriz é o mesmo para 10 mil ou 1 cópia, ou seja, o livro poderia ter ficado mais barato, mas não seria o LIVRO que queremos e que vocês merecem. Um livro que todos os fãs tenham orgulho de possuir.

Metal Open Air
Nos convidaram para sermos headliners do Metal Open Air no Maranhão, tendo como abertura para a DORSAL ATLANTICA, as bandas EXODUS e doANTHRAX. Muitos diriam sim, eu disse não porque não havia cachê. Muitas bandas pagam para abrir shows internacionais, pagam para tocar, eu nunca fiz isso, a DORSAL nunca se sujeitou a empresários e produtores.

Coisa toda é muito clara. A proposta de Carlos Lopes pode criar uma revolução para as bandas de médio pequeno porte no Brasil: Imagine seu CD ser gravado já custeado pelo consumidor final. Imagine um CD sair da prensagem já vendido para você?

É preciso que as pessoas aprendam a pensar fora da caixinha de obviedades esqueçam seu orgulho, mágoas e vaidades.

Que o "pai do metal brasileiro" seja bem-vindo de volta, que o Dorsal Atlantica tenha finalmente o reconhecimento e sucesso merecido.


Morte aos Falsos!

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