Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A polêmica do momento: O Rolézinho. Quando um cardume de desocupados vira manifestação

Eu bem que tento, mas vocês não me deixam quieto...

Eu já fui adolescente era retardado como todos, e já fiz coisas semelhantes. De nenhuma forma eu vejo isso como uma manifestação ou ato de afirmação de identidade. Era babaquice mesmo.

Tenho que começar esse artigo citando uma matéria do site Brasil 247 http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/126654/Veto-a-rolezinho-consagra-o-apartheid-brasileiro.htm em que até o termo apharteid é utilizado. E onde o Rolézinho é tratado como uma forma de "expressão social". Dai-me paciência Odin...

Um grupo de pessoas (centenas pra ser mais exato) sair correndo aleatoriamente, cantando funk  num local fechado agora é "manifestação que afirma a identidade desses jovens e tenta mostrar para a sociedade que não são invisíveis ou cidadãos de segunda classe"? Sério? Quer dizer que tiração de sarro de adolescente idiota (como todos são, independente da classe social) é manifestação.

No máximo isso é um Flash mob de pobre. Tão inútil quanto os Flash mobs de ricos. Ou qualquer outro ato imbecil tipo o topless de uma mulher na praia.

Fico impressionado como qualquer gesto idiota, vira um ato de manifestação e expressão social na mente desses intelectuais de araque. O rolézinho (que gíria idiota alias) não passa de uma graça de alguns jovens que só querem tirar um sarro das pessoas. Basicamente a intenção é causar furdunço mesmo. Não passa disso, mas que pode facilmente se tornar um risco real. Já chego lá, mas antes precisamos analisar um ponto que sempre é deixado de lado: Shopping Centers são um empreendimento comercial.

Há alguns anos atrás na Galeria do Rock,; o síndico da galeria, Toninho, proibiu a entrada de jovens da cultura emo alegando que a presença deles alí estava afastando os antigos consumidores das lojas e gerando prejuízo aos lojistas. É justo? Não. É uma segregação? Sim, sem dúvidas, principalmente por que aqueles jovens não estavam transgredindo a ordem do local.

Mas não estavam consumindo e espantando do local quem consumia... Não vi comoção semelhante na época.

Por mais cruel que isso pareça é preciso compreender que um Shopping center é construído para um fim muito específico, que nada tem a ver com o social. Ninguém é obrigado a ir num shopping e consumir, mas pelo menos tem a obrigação de agir civilizadamente. Não é preciso ser muito inteligente para entender os exemplos que darei.

1 - Você está na praça de alimentação com sua esposa e filho pequenos desfrutando do ar condicionado neste calor senegalês e comendo fritas do Giraffas. Eis que do nada surge uma turba de jovens correndo aleatoriamente sem direção específica. Qual é sua reação natural?

a) acha normal, pois trata-se apenas de jovens de periferia afirmando sua identidade
b) pensar: F... arrastão, segura as criança as compra que eu salvo a comida, muié!!!!

Ou você é bestão de achar que ricaço frequenta shopping em Itaquera e come esfiha no Habbib's.

Numa praia uma correria dessas geraria pânico e gritos de arrastão. Imagine num shopping.


2 - durante as manifestações nem todas as pessoas que estavam nas ruas lutando por mais que 0,20 centavos estavam tão bem intencionadas assim. Motivo pelo qual ocorreram trocentos saques à lojas.

Quem te garante que todos ali só estavam afim de dar um rolezinho? Procure por depoimentos de pessoas que estiveram presentes nos locais dos rolezinho e foram furtadas. Fale com lojistas.


[Capitalismo meus queridos é algo natural. O desejo de consumir e de possuir bens nunca será extinto]

Um dos motivos pelo qual as pessoas vão a shopping, além do ar condicionado(que calor...), das batatas fritas da sua franquia de fast food favorita é o fato de que o Shopping oferece segurança que os mercados de rua não oferecem.

Se há quem esteja prejudicando as vendas e inibindo quem consome de ir, faz sentido a proibição da entrada desde que a pessoa tenha sido identificada no ato anterior ocorrido.

Opinião do nosso colaborador, e especialista em direito, Thiago Araújo: Mesmo sendo um local privado não se pode expulsar alguém da forma como se quer. Se a propriedade é direito, a dignidade também tem a mesma proteção constitucional. Existe um grupo de direitos chamados fundamentais. A propriedade está entre eles, mas a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos de uma República.

Se alguma humilhação foi provocada, é evidente que não se justifica o convite a se retirar, principalmente se testemunhado por terceiros.

E não esqueçam que, mesmo sendo propriedade, as portas são abertas, de forma a descaracterizar qualquer esbulho. A atividade fim tem o propósito de atrair o público. Portanto, torna-se falacioso falar em "direito de propriedade" como justificativa.

Quer expulsar? Que expulse, mas tem consequências, e não fique de chorumelas elucubrando como se tudo sempre fosse uma conspiração vermelha.

Portanto impedir a entrada de jovens baseado na cor ou na suposta classe social sem nenhuma prova de que este individuo participou de algum desses atos ou causou qualquer tipo de confusão é insano, imoral estúpido e é crime como lembra o artigo do Brasil 247 que diz "A lei é clara - recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador". As penas de reclusão variam de um a três anos." O que só comprova que somos uma plutocracia. E neste é o único ponto que eu concordo. Quem tem muito dinheiro ou é "amigo do Rei" no Brasil tudo pode.

Pra finalizar deixo vocês com a opinião de socialista morena da Carta Capital. Aquela que não sabe como funciona o 13º e milita a favor dos pobres. Engulam essa ostentada twittada de algum Iphone de ultima geração:

SEUS POBRE!!!!

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"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)