Por: K.J Negreiros, direto do blog Visto Livre
Deixei para escrever essa coluna depois das Eleições 2014 e de passar por uma ressaca moral com o seu resultado. Não gostei do que aconteceu, não acho que tenha havido clareza, mas oficialmente a escolha da maioria foi essa. Algo que me chamou a atenção nesse pleito foi a mobilização das pessoas em discutir política, mas será que esse debate foi construtivo, ou pautado por paixões exacerbadas? E esses debatedores já leram ou estudaram as ideologias que defendem? Bem, como educador levo meus alunos a isso e como cidadão procuro fazer o dever de casa, e o livro da semana é para aqueles que querem conhecer a fundo propostas diferentes do que fomos levados a acreditar no nosso país. Vamos a ele.
Escrito em 1944 por Friedrich Hayek, economista austríaco ganhador do Nobel de economia em 1974 e que foi nome de grande importância na educação, política, psicologia e Direito, é uma das principais obras do liberalismo. Nele, o autor mostra os caminhos adotados pelos governos coletivistas e de discurso progressista e socialista para o controle do Estado e total domínio sobre a sociedade. Através de uma comparação do livre mercado adotado na Inglaterra e as políticas socialistas adotadas na Itália e Alemanha no fim do século XIX até a ascensão do Nazi-Fascismo, Hayek faz uma linha temporal e concordante, mostrando como essas ideias de cunho social tendem, inevitavelmente, a um regime totalitário e ditatorial.
Com uma linguagem de fácil compreensão, a obra pode ser lida tanto por alguém ligado a Economia quanto ao leitor comum interessado em saber todos os pontos de vista sobre o assunto. Obra relevante para mostrar como agem os governos através de suas reais intenções e como as nações devem agir para garantir o crescimento do país e enriquecimento do seu povo, O Caminho da Servidão deve ser leitura obrigatória em todas as esferas sociais.
Infelizmente o livro é pouco conhecido fora dos meios acadêmicos e mesmo nos cursos de formação dos principais formadores de opinião, os professores, é completamente ignorado. E a razão disso tudo é o fato de que ser de esquerda no Brasil sempre foi glamourizado, outorgava sempre um ar de intelectualidade e ainda é comum ver, apesar de todos os desastres causados por essa variante política nos últimos noventa anos, pessoas ditas cultas ostentando seus Manifestos Comunistas e obras afins.
Mas, acredito eu, que a única maneira de se conhecer e discutir política e impedir que coisas como o que ocorre na Argentina e Venezuela aconteçam aqui é disseminar cada vez mais livros com ideias novas e relevantes e todos fazerem o dever de casa que é conhecer as reais intenções dos que estão e não querem largar o poder. Então esta é a dica (mais um desabafo) da semana, O Caminho da Servidão, até a próxima e que venham os próximos quatro anos. Que Deus nos proteja.
Kajotha Negreiros, é professor, blogueiro e um apaixonado por livros
Millor Fernandes:
Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Recomenda-se ao comentarista que submeta seu texto a um corretor ortográfico.
Pede-se o uso de parágrafo, acrescentando-se um espaço entre uma linha e outra.
O blog deletará texto só com letras MAIÚSCULAS.