A educação brasileira alcançou esses dias um novo nível de mediocridade. Como diz o velho ditado, nada é tão ruim que não possa piorar.
E por quê? Por isto: “Professores do Pedro II adotam termo 'alunxs' para se referir a estudantes sem definir gênero”. Já faz
algum tempo que feministas e outros histéricos de plantão vêm defendendo a
abolição da designação de gênero na escrita. Sendo assim, “alunos” passariam a
ser escrito como “alunxs”, “amigos” como “amigxs” e por aí vai, sob a desculpa
estapafúrdia de que colocar o “x” no lugar do “o” e do “a” seria “gênero neutro”,
já que a nossa língua é “machista”.
Fosse isso uma prática comum só a poucos
histéricos e bitolados seria uma coisa. Mas quando se vê esse tipo de prática
invadindo as escolas, é a certeza de que o abismo educacional não tem fundo
mesmo. Já estamos na rabeira em todos os rankings de educação e, ao invés de
discutir como melhorar isto, agora nossos supostos educadores preferem ficar
envolvidos com picuinhas mesquinhas como ideologia de gênero e implicar até com
um mero artigo ortográfico. Nem mesmo a língua portuguesa escapa das garras dos
nossos “reformadores sociais” que, como diria Bastiat, já fariam uma grande
ajuda reformando a si mesmos antes de tentar reformar qualquer outra coisa.
Não que tal atitude me cause surpresa, muito
pelo contrário. Como já disse o professor José Monir Nasser neste vídeo,
educação não é a mesma coisa que ensino. De acordo com ele, o ensino nada mais
é do que um método de distribuição de encargos sociais. Para isto, basta ver a
quantidade de vagas de emprego e de concursos públicos que exigem, por exemplo,
segundo grau completo, mesmo quando as competências necessárias para tal cargo
vão apenas um pouco além de saber ler e escrever. Afinal, qual outro sentido
haveria em exigir diploma de segundo grau para prestar concurso para policial
de trânsito, bombeiro ou similares?
Desta maneira, dado os incentivos do processo
educacional, não me admira nada que o ensino brasileiro há tempos tenha deixado
de se importar com o real aprendizado dos alunos e tenha virado uma pura briga
de egos. O que é inadmissível é o nível de mesquinharia que isto chegou. Agora,
os professores nem sequer precisam fingir que ensinam, mas têm tempo de sobra
para perder com suas taras teóricas e ainda passa-las aos alunos. Pior: tudo
isso bancado com o dinheiro de nossos impostos.
Depois desta, começo a pensar que o corte de
verbas para a “educação” talvez tenha sido a decisão mais sensata de nossa
presidente durante todo o seu mandato.
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