Esses dias, escrevi em minha TL como os defensores de ideias "progressistas" usam a metonímia a seu favor. Disse que tomam a parte pelo todo (metonímia) e a transformam nesse todo descontextualizando do pensamento original e o deturpando.
Pois bem, o caso do vídeo do aluno furacão de Macaé é um bom exemplo disso. Não importa o que o garoto fez ou a sensação de mãos atadas dos professores (falarei de seu vitimismo em outro momento), todos estão relativizando o que foi feito e condenando os profissionais porque eles... filmaram a cena. Tudo é perdoado e passam a mão na cabeça do menino simplesmente porque o vídeo foi divulgado.
Pensem, qual o maior erro na filmagem? Qual o maior mal aí? A conduta do garoto e a impotência dos docentes (quem trabalha com educação e não é hipócrita ou cínico sabe que temos as mão atadas muitas vezes sim) ou a filmagem em si, divulgada como um apelo pra algo ser feito? Isso é que é tomar a parte (filmagem) pelo todo (a cena em si), tudo pra justificar chororô e discursos militantes.
E com essa distorção, muitos são levados a interpretar erroneamente o caso ou por perder a capacidade de olhar o panorama mais completo, haja vista que a prática é constante e torna-se um hábito pensar apenas na parte exposta, ou por leviandade daqueles que tiram proveito das distorções pra promover uma agenda destruidora de valores e princípio em nome de algo maior e mais nefasto.
Millor Fernandes:
Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.
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"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)
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