O próprio cantor brinca que o "disco é uma mistura de Cannibal Corpse, Roupa Nova, Iron Maiden e Death" e que, tirando o Roupa Nova, a gente ouve de tudo um pouco realmente.
Antes de mais nada é preciso dizer que muita gente torce o nariz para o Sutter pelo fato de ele ser humorista e ter satirizado o próprio heavy metal com o Massacration e o personagem Detonator; porém, Bruno não é só realmente um grande fã como também é um excelente vocalista.
Bruno inclusive brinca com o lance de sempre vencer as enquetes do Whiplash! como melhor vocalista e compôs a sensacional The Best Singer in the World, uma das melhores do disco com um refrão memorável e belas frases de guitarra.
Falando nisso, o cara cantou, tocou guitarra (exceto a maioria dos solos que ficaram a cargo de diversos convidados como o conceituado Michel Leme) e baixo; a bateria ficou por conta de Bruno Valverde (Angra).
Esse disco mostra como o vocalista é um excelente compositor; a maioria das canções tem melodias memoráveis e estrofes e refrãos marcantes; pegue por exemplo My Boss Is a Corpse, GrAttitude, Troll e Stalker.
Na faixa Haters Gonna Hate é onde ouvimos mais claramente como até o metal extremo influenciou na composição do álbum; a faixa é uma porrada e tem direito até a guturais.
Outras porradas merecem destaque como Facing Temptation, Rebuilding Destruction, Provoke Yourself e a genial versão de Galopeira para encerrar.
A única coisa que senti falta foi de uma banda de suporte; se por um lado é admirável ouvir aquilo e saber que o cara gravou a maioria dos instrumentos, por outro torna-se algo mais dinâmico e fica mais com cara de banda.
Mas o disco foi feito graças a um crowdfunding (onde os fãs contribuem com um valor estipulado para ajudar o artista a realizar sua obra) e montar uma banda custaria muito mais grana.
A produção ficou a cargo do próprio Bruno, além de Renato Tribuzy e Wagner Bernardes.
Muita gente vai ter que dar o braço a torcer: o cara realmente lançou um puta disco e canta muito.
8.0
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