Quase cinco anos após seu lançamento tive a oportunidade de ler a autobiografia do criador e líder do Megadeth, Dave Mustaine, que foi lançado no Brasil pela editora Benvirá em 2013.
De facílima leitura - além de agradável - o livro é certeiro: Mustaine escreve sobre tudo o que o leitor quer saber. Não tem papo furado sobre infância, contos de avós, pais e tios, nada. Foca na música e na personalidade e vida pessoal de Dave de quando começou a se tornar um músico até os dias em que foi escrito.
Apesar de muitas vezes se colocar em uma posição de "o fodão" da história (inúmeros casos em que Dave se coloca como o cara que dá porrada em todo mundo, que era o mais corajoso da turma, que dava pontapé e soco em não sei quem, que viu James Hetfield ser covarde em ocasião que ele - Dave - se ferrou sozinho, etc, etc), ao mesmo tempo o próprio mostra como nunca, até os dias de hoje, aceitou bem sua saída do Metallica e que a maior parte da carreira do Megadeth foi baseada em superar o Metallica. Seja na qualidade da música, na agressividade, velocidade, como em vendas e reconhecimento.
Dave detalha como foi a traumática expulsão que sofreu no Metallica, assim como fala um pouco sobre como foi se encontrar com Lars na gravação do fatídico documentário "Some Kind of Monster", do Metallica. Também passa por suas internações, problemas com membros da banda, problemas pessoais, opiniões sobre política, polêmicas com bandas anticristãs e uma série de fatos que são interessantes para todos os fãs.
De um jovem drogado (e traficantezinho), briguento, que foi expulso da banda de sua vida e teve que encarar uma viagem de 4 dias de volta para casa sem um dólar no bolso a líder de uma das maiores bandas de heavy metal da história, criada pelo puro ódio ao acontecimento anterior, cuja vida foi recheada de polêmicas, das internações em clínicas de reabilitação até o momento de sua conversão ao cristianismo, Dave Mustaine faz de Memórias do Heavy Metal um desabafo sincero e acima de tudo um exemplo de superação.
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