E ainda dizem que vivemos numa democracia. Que o pais está caminhando para a igualdade social e outras baboseiras mentirosas.
A verdade é outra, nada mudou de 82 para cá, apenas os ditadores modernos que encontraram novas formas de se impor.
Fonte: Blog do Biquini Cavadão
O show tinha de ser curto. Tinha hora para acabar. Para o palco do virarão voltar ao Arpoador, a prefeitura teve de fazer muitos acordos com a vizinhança. Organizamos um show enxuto. Não sei exatamente a que horas entramos, mas buscamos não nos alongar muito em papos entre canções, nada disso. Foi entrar e cantar o máximo possível, para deleite de quem estava dentro e fora do circo.
No entanto, no meio do show, em Vento Ventania, mal começamos a canção, enquanto pulava no palco, ouvi um “crec” vindo do chão. Mudei pro lado e continuei pulando. Desta vez, o “crec” não aconteceu. Ah, bom!
Mudei pro lado e continuei pulando. Desta vez, o “crec” não aconteceu. Ah, bom! NÃO ACONTECEU PORQUE O CHÃO SE ABRIU E EU CAÍ NUM BURACO NO MEIO DO PALCO, SÓ PARANDO NAS ESTRUTURAS! (...)
(...) Comecei cantando ainda no chão e olhando para a perna. Doía. Levantei a calça e vi o rastro de sangue: era um belo talho. Joguei água fria e segui adiante. Me virei pro produtor e falei: peça a eles mais 5 minutos! Tratamos de seguir como se nada tivesse acontecido.
Pois é, mas se cada show contou com uma certa tolerância, o último, parece que não teve isto. A polícia já estava lá fora para cumprir as ordens do que, aliás, havia sido combinado. Tocamos demais? Não! Tocamos de até de menos, mas não foi o suficiente.
Pedi então para o coordenador de palco, ele mesmo, explicar a notícia ao público, que naturalmente vaiou. Era um anticlimax. Eu achava que pelo menos uma música rolaria, mas nem isso. E assim, o coordenador pediu desculpas ao público e falou no microfone: corte o P.A. (que são as caixas de som que servem a galera).
E aí, aconteceu uma dessas coisas que tornou o show mais bonito do que se tivéssemos feito ele completo, com todo tempo do mundo. Eu simplesmente olhei para todos e com o microfone ainda ligado disse: “Pode cortar o P.A. mas não podem cortar a nossa voz!” E, aos berros, comecei a cantar: Hey hey hey hey, ô ô ô ô, hey hey hey hey… E todos seguiram cantando Chove Chuva comigo, sem banda, sem acompanhamento além de um megafone que veio parar na minha mão! Desci do palco, e ensaiei logo depois um coro de Zé Ninguém emendando com Chove Chuva. Birita voltou a tocar a bateria mas a polícia tinha ordens até para nos tirar do palco, se fosse preciso. Por instantes, me senti em 1982!
Olhei o ferimento. Nada grave, mas dolorido! Meu amigo Bindi fez um curativo rápido no local(obrigadão). Devidamente enfaixado, atendi a todos com fotos e voltei pra casa.
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Como pode, haver tanto desrespeito aos artistas? É de um absurdo sem precedentes! Tratar artistas como criminosos???? não consigo ter palavras para definir tamanha indignação! Infelizmente não fui assistir ao Biquini, mas eu seria uma entre os fãs a cantarem...
Precisamos entender que o atual cenário incita a reflexão de q vivemos uma exponencial ditadura maquiada, universal, INFINITAMENTE pior do que a militar.
Comentário do Blog: Palco que caí, vocalista que se fere sem nem receber auxílio médico. Policia querendo encerrar o show na marra.
A banda Biquni Cavadão deveria é processar a prefeitura e os demais organizadores.
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