Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sábado, 23 de julho de 2011

Choque de ordem ameaça roda de Choro na Praça General Glicério


Mais uma do prefeitinho Peaspalho e seu choque de desordem.


A tradicional feira cultural da General Glicério, em Laranjeiras com artesanato e roda de choro, vem sofrendo ameaças da Prefeitura do Rio. Não é a primeira vez que o poder público tenta acabar com o democrático espaço de encontro e de celebração da cultura carioca. Desde o início dos anos 2000, quando o grupo “Choro na Feira” se formou na praça e brindou os moradores com boa música nas manhãs de sábado, o local deixou de ser apenas uma feira livre para se tornar um pólo cultural, que atrai cariocas de toda parte, além dos turistas.

No último sábado (16/07), os feirantes receberam uma notificação assinada pela Secretaria de Ordem Pública – SEOP. O documento proibia a montagem das barracas, a partir do sábado seguinte (23/07), estando os “infratores” sujeitos a apreensão de mercadorias e equipamentos. Durante a semana, informações cruzadas e incertezas dominaram os feirantes. Por vezes as reportagens da mídia anunciavam o fim da roda de choro e da feira e, em outras notas afirmavam que apenas proibiriam a amplificação e a venda de bebidas. Estes dois pontos demonstram um total descaso e desconhecimento do prefeito Eduardo Paes e do secretário de Ordem Pública Alex Costa sobre o local. A amplificação do som, na verdade apenas algumas pequenas caixas ligando instrumentos como cavaquinho e violão, nunca incomodou os moradores e freqüentadores do local. Já a proibição da venda de bebidas não faz nenhum sentido, já que os próprios comerciantes, como Luizinho dos Drinks, viraram símbolos da feira.

Na última terça-feira, assim que soube da movimentação da Prefeitura, o vereador Eliomar Coelho do PSOL ligou para o secretário de Ordem Pública, Alex Costa, porém não foi atendido e não obteve sequer retorno. Este fato demonstra a falta de comprometimento e de diálogo das autoridades municipais

Esses têm sido os hábitos do atual alcaide Eduardo Paes: agir sem dar explicações para promover o projeto de uma cidade em que uma suposta "ordem" impera e a rua deixa de ser ocupada pelo povo.

A Prefeitura, nesses mais de dez anos de cultura na Praça, nunca se preocupou em ajudar por exemplo na organização do trânsito e na colocação de banheiros químicos para freqüentadores e comerciantes.

Se alguma coisa que podia ser melhorada, que seja com dialogo e respeito à tradição do local, aos comerciantes e ao grupo de músicos que utiliza a praça para tocar de graça e por puro prazer o Choro, gênero musical mais carioca da nossa cidade, tão pouco valorizado pelo poder publico.

Comentário: Realmente o poder público não valoriza a cultura carioca. Suas atenções estão voltadas à aquilo que pode lhe garantir votos. Seu apoio é somente direcionado aos produtores e artistas de sub-cultura como o Funk Carioca.

Recomendo ao pessoal da Praça a fazer uma roda de pancadão-neurótico-boladão de Funk. Garanto até que o Governador irá aparecer, para dançar o créu na cultura carioca.

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