(com informações da Agência Estado)
O Congresso do Uruguai aprovou imposto sobre os latifúndios, no final de dezembro. Com essa medida, os parlamentares e o presidente Pepe Mujica pretendem conter a concentração de terras agrícolas nas mãos de poucos proprietários.
Donos de 2 mil a 5 mil hectares (4.942 a 12.355 acres) de áreas produtivas terão que pagar perto de US$ 8 por hectare cada um ao ano.
Aqueles que detêm entre 5 mil e 10 mil hectares desembolsarão US$ 12 por hectare, e os que possuem mais de 10 mil hectares arcarão com cerca de US$ 16 por hectare.
De acordo com o site oficial da presidência, aproximadamente 1.500 dos 50 mil agricultores do país terão que pagar esses tributos.
Ainda segundo o governo, 10% dos maiores proprietários de terras do país controlam 64% da área agrícola total do Uruguai.
O valor das terras agrícolas do Uruguai saltou nos últimos anos com o boom das commodities agrícolas e o investimento especulativo em áreas da América do Sul.
Os preços aumentaram uma média de 25% ao ano nos últimos cinco anos, de acordo com o texto. O projeto de lei visa a levantar cerca de US$ 60 milhões em nova receita, que serão gastos com estradas e rodovias.
Os latifundiários uruguaios foram rápidos em criticar a proposta.
A votação surge uma semana depois que a Argentina aprovou uma lei que restringe quantidade de terras que estrangeiros ou companhias podem deter a 1 mil hectares (2.470 acres).
Além disso, agora não mais que 15% da área agrícola de todo o país pode estar em mãos estrangeiras, e apenas 30% desta pode pertencer a pessoas ou empresas de uma mesma nação.
Comentário: Enquanto isso no Brasil o governo federal e o estadual do RJ perdoam grandes dívidas de instituições privadas, concede isenções milionárias de impostos a bilionários em troca de carona de jatinho. Já o cidadão é quem fica com o ônus sustentando toda a máquina pública, os projetos assistencialistas, os benefícios aos amigos, movimentos sociais remunerados, oferece regalias a grupos religiosos e cabos eleitorais do governo federal.
Millor Fernandes:
Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.
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