Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estatuto do Nascituro é a prolongação de uma violência por toda a vida da mulher


Raramente eu posto a coluna da "Hora do Rancor" duas vezes na mesma semana, mas nossos políticos tem se esforçado em me tirar do sério.




Fonte Uol e Votenaweb

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou hoje (5) substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 478/2007 que estabelece o Estatuto do Nascituro e prevê, entre outros pontos, o direito ao pagamento de pensão alimentícia, equivalente a um salário mínimo, às crianças concebidas de violência sexual. A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Vale lembrar que hoje é aceito, quando da vontade da mãe, o aborto de gravidez que causar à mãe risco de vida, ou que tenha sido fruto de estupro, sendo este caso tratado de forma especial mais adiante.

A proposta que será votada, já com alterações da Comissão de Seguridade Social e Família, afirma que nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido. Assim, desde que o espermatozoide tenha fecundado o óvulo, aí já existe vida e ela é protegida pelo projeto, mesmo que não tenha sequer sido colocada no útero da mãe.

Então, desde a concepção, o feto terá reconhecidos todos os direitos do nascituro, em especial o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento e à integridade física e os demais direitos da personalidade.

A proposta estabelece também que o nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido, e inclusive "os seres humanos concebido in vitro, os produzidos por meio de clonagem ou por outro meio científico e eticamente aceito. O texto diz ainda que o nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua natureza humana será reconhecida desde a concepção.

Comentário: Se vocês notaram a lei irá invalidar o aborto em qualquer circunstancia. Foi aprovada a perpetuação de um estupro por ainda mais 9 meses, e quem sabe, pela vida inteira da violentada.

Como se já não bastasse toda a pressão religiosa para violentada ter a criança e se possível criar o fruto dessa violência, e passar o resto da vida tentando amar este ser. Agora oferecem um suborno, uma compensação financeira pela incapacidade do estado em proteger as mulheres - ou permitir que se protejam - e punir adequadamente estupradores reincidentes de repetirem seus crimes após serem soltos por boa conduta e outros diversos tipos de benefícios  Tudo isso patrocinado com o meu e o seu dinheiro. O Brasil está legitimando o estupro como um ato divino para gerar vidas.


Agora se discute quanto deve ser pago pela chamada "Bolsa Estupro". Mas, quanto vale um estupro? Qual o valor que se deve pagar até a maioridade deste feto?

Um desses cretinos mais cínico poderá dizer após cometer o crime que "Comeu, mas ela será recompensada por isso". Como se a vitima de um estupro fosse uma prostituta que deve ser paga pelo serviço prestado. Pois é exatamente isso que estão fazendo. (Na minha opinião a única compensação lógica seria a morte do estuprador, mas num pais de bananas isso é utopia).

Parabéns brasileiros, estamos sendo jogados na idade média. Qual será o próximo passo, obrigar a violentada a se casar com seu violentador?

PS: Antes de formar minha opinião em definitivo sobre aborto eu tive uma conversa franca com minha esposa. Algo que sugiro a todos os homens que o façam com suas respectivas esposas/namoradas antes de opinarem.

E tenham em mente a seguinte pergunta. Se fosse sua esposa, namorada, filha. O que você faria? Eu achei a minha resposta.

Mais >>>>>>>>>> Com a palavra uma "ex-nascituro": “Sou fruto de estupro e a favor do aborto”
http://revistaforum.com.br/blog/2013/06/sou-fruto-de-estupro-e-a-favor-do-aborto/



"Não dê atenção ao ridículo absurdo de se afirmar que um embrião tem "direito à vida." Um pedaço de protoplasma não tem direitos - e nenhuma vida no sentido humano do termo. Pode-se discutir sobre os últimos estágios da gravidez, mas a questão essencial diz respeito apenas aos três primeiros meses. Igualar algo potencial com o real, é terrível; defender o sacrifício do último pelo primeiro, é indizível. . .  Observe que ao atribuir direitos ao não-nascido, i.e., ao não-vivo, os antiabortistas esquecem-se dos direitos dos vivos: o direito dos jovens de estabelecer o rumo de suas próprias vidas. A tarefa de criar um filho é uma responsabilidade tremenda, que dura uma vida, que ninguém deve realizar de forma involuntária ou não desejada. A procriação não é um dever: os seres humanos não são animais reprodutores de rebanho. Para as pessoas de consciência, uma gravidez indesejada é um desastre, opor-se ao seu término é defender o sacrifício, não em prol de outra pessoa, mas em prol da miséria enquanto miséria, em prol de proibir a felicidade e a realização de seres humanos vivos." 

 (“A Last Survey”, The Ayn Rand Letter, IV, 2, 3) Tradução de Breno Barreto.

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