Millor Fernandes:


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terça-feira, 4 de junho de 2013

Senador quer criar brecha na Lei "Ficha Limpa" que pode beneficiar pessoas condenadas pelo TCU



Um projeto de lei que está em debate na Câmara dos Deputados pode, segundo especialistas, abrir uma brecha na Lei da Ficha Limpa. Trata-se da proposta que permitirá pessoas condenadas pelo Tribunal de Contas da União a disputar eleições.

Segundo o projeto, um candidato político só será proibido de disputar as eleições após a condenação do TCU for confirmada por uma sentença judicial de última instância, que dependendo da lentidão da Justiça pode levar anos.

PLP 14-2011 - Permitirá gestores públicos condenados pelo Tribunal de Contas da União a disputar eleições. Proposto pelo senador Silvio Costa do PTB

Diz o texto do projeto: Este projeto de lei exigirá decisão judicial, sem chances de recursos, para que um político seja considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa, de forma que a decisão dos Tribunais de Contas sobre suas contas não seja suficiente.

O projeto fará com que as decisões de Tribunais de Contas sobre as contas apresentadas por políticos não impeçam mais que o político se eleja. Com as alterações, a inelegibilidade do político por contas barradas só poderá ser feita depois de decisão judicial transitada em julgado, ou seja, que não caibam mais recursos.

De acordo com o autor do projeto, as casas legislativas e os tribunais de contas não são órgãos do poder judiciário, portanto não podem ter o direito de impedir um ocupante de cargo público de exercer suas funções.


Comentário: Há muita gente boa que é contra a lei da "Ficha Limpa" por ser inconstitucional, já que ela impediria alguém de se candidatar a um cargo politico sem ter sido condenada em última instância.

Eu sou a favor dessa lei, por se tratar de uma rara tentativa de parte da sociedade de mudar algo e impedir que a maioria incapaz de pensar duas vezes, acabe elegendo um bandido.

Sobre ser inconstitucional, nossos políticos não pensam duas vezes antes de rasgar a constituição na nossa cara quando interessa a eles. Um exemplo disso é o laicismo do estado solenemente ignorado, onde religiões impõem seus dogmas à sociedade civil e se beneficiam até de ajuda pública ($$$) para realizar seus eventos e continuar sua lavagem cerebral.

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