Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

sábado, 16 de maio de 2015

Pensamentos aleatórios sobre a greve de professores

Pensamentos de dois colaboradores do Shogunidades em seus perfis do Facebook chamaram a atenção do editor do Shogunidades (aquele ditador miserável), pois eles complementam o recente post em que tratamos da greve dos professores em Curitiba e Goiânia, e demonstram uma aparente bipolaridade das pessoas desse meio, a verdade é que como já foi dito (aquiaqui e aqui por três de nossos colaboradores) neste mesmo blog. As universidades não formam educadores, formam doutrinados que serão doutrinadores, robotizados com conceitos pré-moldados de que a carreira na educação pública lhes trará segurança, mas a verdade do dia-a-dia se mostra outra, ai temos as intermináveis greves cujo os maiores prejudicados são os filhos de quem não pode pagar escola particular.


Esses não são alunos, são professores recém saídos de universidade.

Pensamentos aleatórios sobre a greve de professores:

Por Rafael Andreazza Daros (Colaborador do Blog)

É incrível a facilidade com que o público em geral se sensibiliza e fica do lado dos professores que reivindicam melhores salários. Sem querer menosprezar a categoria, muitos não são sequer dignos do cargo que ocupam.

Não vou negar que a classe em geral é mal remunerada e não é valorizada como deveria. Mas essa galera se aproveita dessa retórica para transformar os professores em uma casta de heróis incriticáveis, quando muitos sequer merecem o salário que ganham. O fato deles ganharem pouco de maneira alguma deveria isentar-lhes do dever de demonstrar resultados antes de reivindicar melhores salários. Em minha humilde opinião, professores que enchem nossos alunos de proselitismo político e ensinam que quem fala que é errado dizer "nóis pega o peche" tem preconceito linguístico deveriam estar no olho da rua procurando emprego ou pedindo esmolas, não fazendo greve e muito menos dentro de uma sala de aula. Estes, se tivessem um mínimo de dignidade, deveriam ter vergonha de mostrar o próprio rosto por formar analfabetos funcionais e ainda terem a cara de pau de pedirem aumento. Aumento de salário deveria ser consequência de um trabalho bem feito, e não o contrário.


Eu sempre acreditei e segui aquilo que fez sentido pra mim. Não consigo ver coisas que não pareçam minimamente lógicas, por exemplo: Vários professores me falam que a melhor opção pra carreira, a mais segura, é fazer algum concurso público e ser professor da rede pública. Até aí, beleza. Mas, os mesmos que endeusam o Estado como o mais benévolente dos patrões são os que frequentemente reclamam de suas exigências, condições que oferecem, enfim, de tudo relacionado ao ensino público. E o mais curioso, são os que mais defendem e aderem a greves da categoria. Ora, se é a melhor opção, por que não demonstram o mínimo de satisfação? E se mesmo depois de perceberem que não é bem aquilo que escolheram, porque sim, escolheram voluntária e conscientemente serem funcionários públicos, por que simplesmente não mudam de carreira? (Kleryston Negreiros - Professor)
Enquanto os idiotas de plantão se enchem de compaixão pelos "pobres professores injustiçados", a educação brasileira vai pro brejo e se afunda ainda mais num mar de lama que parece não ter mais fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Recomenda-se ao comentarista que submeta seu texto a um corretor ortográfico.

Pede-se o uso de parágrafo, acrescentando-se um espaço entre uma linha e outra.

O blog deletará texto só com letras MAIÚSCULAS.


"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)