Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Ocupações de escola: Maoismo à brasileira


“No fim de maio de 1966, Mao montou um novo organismo, o “Grupo restrito da Revolução cultural”, encarregado de organizar a purga. (...) “Em junho, Mao estendeu o terror ao conjunto da sociedade, fazendo dos jovens que frequentavam escolas e universidades seus instrumentos primeiros. “Os estudantes foram encorajados a atacarem os professores e a todas as pessoas encarregadas de sua educação, com o pretexto de que uns e outros lhes tinham deformado o espírito com suas “idéias burguesas” (...) as primeiras vítimas foram os mestres e o pessoal administrativo dos estabelecimentos escolares porque eram eles que instilavam a cultura... “Em 2 de junho, colegiais de Pequim afixaram um cartaz assinado por um nome impactante: “os guardas vermelhos” ... “A prosa estava salpicada de fórmulas agressivas “A baixo os ‘bons sentimentos’!”, “Nós seremos brutais!”, “Nós vos derrubaremos e vos esmagaremos aos nossos pés!”. Mao tinha semeado o ódio e ia recolher os frutos desencadeando os piores instintos dos adolescentes que constituíam o elemento mais maleável e mais violento da sociedade”. (p. 556-557) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.

O Colégio Pedro II realizou evento em homenagem à revolução cultural Chinesa, com a presença do MST e movimentos sociais de esquerda. Pais que protestaram contra isso foram expulsos do evento.


 "A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é um insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra." (Mao Tse Tung).

Nas ocupações de escola, principalmente no Paraná, jovens menores de idade orientados por professores, sindicalistas e universitários ocupam escolas sem supervisão de um maior de idade e não permitem a entrada dos pais dos alunos nessas escolas. Atas assinadas por esses alunos subvertem a realidade, a ordem e as leis. Transformam essas escolas em território onde a constituição inexiste.

Percebam o denominador comum entre as duas situações e também à sua solução. Família.

Eu fui jovem e posso dizer. jovem só faz merda. A ausência de um pai e uma mãe para dar rédeas aos filhos historicamente sempre causou tragédias.

O que a revolução comunista na China tem a ver com os protestos e ocupações de escola no Brasil? Talvez a pergunta certa seja: O que jovens de 16 a 20 anos cheios de ideais e guiados pela pessoa errada podem fazer?

Adultos, sindicalistas pelegos usando adolescentes para fazer o trabalho sujo de uma greve. Isto meus amigos, nada mais é do que um Maoismo à brasileira.

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